Por que está na hora de você pensar em ESG na hora de investir
O caminho da longevidade para as empresas em um mundo superconectado requer uma postura mais engajada socialmente, e eu garanto que isso não faz mal à ninguém

“O mundo muda muito depressa.” Você já deve ter escutado essa frase saindo da boca de algum parente maravilhado com a tecnologia de última geração do iPhone recém lançado, ou excitado pelos avanços da computação em nuvem da Microsoft.
Tenho que concordar: algumas coisas realmente mudam depressa.
Mas, ao mesmo tempo que vemos tecnologias inimagináveis há dez anos transformando o nosso dia a dia, também vivenciamos ainda em 2020 episódios como o assassinato do norte-americano George Floyd, algo que nem no século XVII deveria ser aceitável.
Algumas coisas não mudam nada depressa.
Lucros e mais lucros
Durante décadas (talvez séculos), praticamente todas empresas pareciam se importar unicamente com os lucros dos acionistas.
"Foda-se se os funcionários ganham uma mixaria e estão desmotivados. Foda-se se os clientes acharam o produto uma merda e se estamos jogando os resíduos no rio Tietê para reduzir despesas. O que importam são os meus dividendos".
Leia Também
As empresas pareciam ter de fazer uma escolha entre ética ou bons resultados. Não havia possibilidade de se conseguir as duas concomitantemente.
Ética só fazia parte do vocabulário das empresas dispostas a ficar para trás – qualquer semelhança com as empreiteiras brasileiras afogadas em processos de corrupção evidenciados pela Lava-Jato não é mera coincidência.
Felizmente, algumas coisas estão mudando no mundo corporativo, e o caso Floyd acabou deixando isso mais claro. Dizem que há males que vem para o bem.
Puro marketing?
Além de uma série de protestos populares contra o racismo nos Estados Unidos nos últimos meses, o episódio acabou provocando manifestação das maiores empresas do mundo contra essa e diversas outras formas de discriminação.
Na época, tivemos até anúncios públicos de apoio aos movimentos e boicotes bilionários à postura complacente do Facebook com relação aos comentários de ódio em sua plataforma.
É claro que essas grandes corporações não estão apoiando a causa por uma simples crítica social. Não tenho dúvidas de que existe uma uma boa pitada de marketing – todos temos boletos a pagar e bocas para alimentar.
Ainda assim, o episódio mostrou uma alteração relevante naquilo que as empresas consideram a "sua missão".
De "máquinas de gerar lucro aos seus acionistas" sem se importar com os meios para atingir o objetivo, as grandes companhias têm começado a entender que lucros a qualquer custo não são mais sustentáveis.
Seja por virtude ou por necessidade, as companhias estão entendendo que a quantidade de informação disponível atualmente é absurda e potencialmente danosa.
Um produto de merda gera milhares de protestos e visualizações no "Reclame Aqui".
O vídeo de um tratamento preconceituoso em uma loja se torna viral e destrói em cinco minutos uma reputação construída em décadas.
Uma empresa que se omite ou, pior, incentiva o preconceito (seja por causa da etnia ou sexualidade) ou não promove a igualdade de gênero, além de ficar manchada no "Great Place to Work", fatalmente perderá ótimos talentos para a concorrência.
E tudo isso gera impacto negativo nos próprios resultados da companhia. É isso mesmo, no final da história quem perde é o próprio acionista.
Nesse sentido, vale a pena mencionar o estudo da consultoria McKinsey realizada recentemente sobre o impacto da diversidade no ambiente de trabalho e no desempenho financeiro de uma empresa. O resultado é surpreendente.
As empresas que se encontram no quartil superior em termos de diversidade de gênero e etnia têm 12% mais chances de superar seus pares em termos de lucros, enquanto as que que se encontram no quartil inferior têm 27% de probabilidade de ficar para trás.
Todo mundo ganha
Que fique claro mais uma vez: a discussão aqui não é se as empresas fazem isso porque acham certo ou porque não querem arriscar a sua reputação perante a opinião pública.
Eu desconfio que nunca teremos a verdadeira resposta.
O fato é que o caminho da longevidade para essas empresas em um mundo superconectado requer uma postura mais engajada socialmente, e eu garanto que isso não faz mal à ninguém.
Produtos de qualidade para os clientes, respeito ao meio ambiente, funcionários mais contentes e – como a McKinsey fez questão de nos lembrar – dividendos maiores para os acionistas no longo prazo.
Oportunidades com a mudança de paradigmas
Não é à toa que o tema ESG (traduzindo do inglês, governança ambiental, social e corporativa) tem ganhado cada vez mais destaque no mundo dos investimentos.
Assim como funciona no caso das empresas, não temos como saber se esses investidores querem mudar o mundo ou só estão de olho nos maiores dividendos de longo prazo projetados pela McKinsey.
Fato é que essa mudança de paradigma tende a ajudar as ações de algumas das companhias que já adotam as diretrizes pregadas pelo ESG.
Com base nessa nova demanda, o Max Bohm identificou uma companhia que tem muito potencial para agradar consumidores, ambientalistas e investidores – afinal de contas, queremos ajudar o mundo mas também temos contas a pagar, não é mesmo?
Deixo aqui o convite caso você se interesse em conhecer essa oportunidade em primeira mão.
Um grande abraço e a até a próxima!
Nada de ouro ou renda fixa: Ibovespa foi o melhor investimento do primeiro semestre; confira os outros que completam o pódio
Os primeiros seis meses do ano foram marcados pelo retorno dos estrangeiros à bolsa brasileira — movimento que levou o Ibovespa a se valorizar 15,44% no período
Bolsas nas máximas e dólar na mínima: Ibovespa consegue romper os 139 mil pontos e S&P 500 renova recorde
A esperança de que novos acordos comerciais com os EUA sejam fechados nos próximos dias ajudou a impulsionar os ganhos na última sessão do mês de junho e do semestre
É possível investir nas ações do Banco do Brasil (BBAS3) sem correr tanto risco de perdas estrondosas, diz CIO da Empiricus
Apesar das recomendações de cautela, muitos investidores se veem tentados a investir nas ações BBAS3 — e o especialista explica uma forma de capturar o potencial de alta das ações com menos riscos
Reviravolta na bolsa? S&P 500 e Nasdaq batem recorde patrocinado pela China, mas Ibovespa não pega carona; dólar cai a R$ 5,4829
O governo dos EUA indicou que fechou acordos com a China e outros países — um sinal de que a guerra comercial de Trump pode estar chegando ao fim. Por aqui, as preocupações fiscais ditaram o ritmo das negociações.
Nubank (ROXO34) reconquista o otimismo do BTG Pactual, mas analistas alertam: não há almoço grátis
Após um período de incertezas, BTG Pactual vê sinais de recuperação no Nubank. O que isso significa para as ações do banco digital?
FII Guardian Real Estate (GARE11) negocia venda de 10 lojas por mais de R$ 460 milhões; veja quanto os cotistas ganham se a operação sair do papel
Todos os imóveis estão ocupados atualmente e são locados por grandes varejistas: o Grupo Mateus e o Grupo Pão de Açúcar
ETFs ganham força com a busca por diversificação em mercados desafiadores como a China
A avaliação foi feita por Brendan Ahern, CIO da Krane Funds Advisors, durante o Global Managers Conference 2025, promovido pelo BTG Pactual Asset Management
Pátria Escritórios (HGRE11) na carteira: BTG Pactual vê ainda mais dividendos no radar do FII
Não são apenas os dividendos do fundo imobiliários que vêm chamando a atenção do banco; entenda a tese positiva
Fim da era do “dinheiro livre”: em quais ações os grandes gestores estão colocando as fichas agora?
Com a virada da economia global e juros nas alturas, a diversificação de investimentos ganha destaque. Saiba onde os grandes investidores estão alocando recursos atualmente
Excepcionalismo da bolsa brasileira? Não é o que pensa André Esteves. Por que o Brasil entrou no radar dos gringos e o que esperar agora
Para o sócio do BTG Pactual, a chave do sucesso do mercado brasileiro está no crescente apetite dos investidores estrangeiros por mercados além dos EUA
Bolsa em alta: investidor renova apetite por risco, S&P 500 beira recorde e Ibovespa acompanha
Aposta em cortes de juros, avanço das ações de tecnologia e otimismo global impulsionaram Wall Street; no Brasil, Vale, Brasília e IPCA-15 ajudaram a B3
Ibovespa calibrado: BlackRock lançará dois ETFs para investir em ações brasileiras de um jeito novo
Fundos EWBZ11 e CAPE11 serão listados no dia 30 de junho e fazem parte da estratégia da gestora global para conquistar mais espaço nas carteiras domésticas
Todo mundo quer comprar Bradesco: Safra eleva recomendação para ações BBDC4 e elege novos favoritos entre os bancões
Segundo o Safra, a mudança de preferência no setor bancário reflete a busca por “jogadores” com potencial para surpreender de forma positiva
Apetite do TRXF11 não tem fim: FII compra imóvel ocupado pelo Assaí após adicionar 13 novos ativos na carteira
Segundo a gestora, o ativo está alinhado à estratégia do fundo de investir em imóveis bem localizados e que beneficia os cotistas
Até os gringos estão com medo de investir no Banco do Brasil (BBAS3) agora. Quais as novas apostas dos EUA entre os bancos brasileiros?
Com o Banco do Brasil em baixa entre os investidores estrangeiros, saiba em quais ações de bancos brasileiros os investidores dos EUA estão apostando agora
FIIs de papel são os preferidos do Santander para estratégia de renda passiva; confira a carteira completa de recomendação
Fundos listados pelo banco tem estimativas de rendimento com dividendos de até 14,7% em 12 meses
Mesmo com petroleiras ‘feridas’, Ibovespa sobe ao lado das bolsas globais; dólar avança a R$ 5,5189
Cessar-fogo entre Israel e Irã fez com que os preços da commodity recuassem 6% nesta terça-feira (24), arrastando as empresas do setor para o vermelho
Não é hora de comprar Minerva (BEEF3): BTG corta preço-alvo das ações, mas revela uma oportunidade ainda mais suculenta
Os analistas mantiveram recomendação neutra para as ações BEEF3, mas apontaram uma oportunidade intrigante que pode mexer com o jogo da Minerva
CVC (CVCB3) decola na B3: dólar ajuda, mas otimismo do mercado leva ação ao topo do Ibovespa
A recuperação do apetite ao risco, o fim das altas da Selic e os sinais de trégua no Oriente Médio renovam o fôlego das ações ligadas ao consumo
É hora do Brasil: investidores estrangeiros estão interessados em ações brasileiras — e estes 4 nomes entraram no radar
Vale ficou para trás nos debates, mas uma outra empresa que tem brilhado na bolsa brasileira mereceu uma menção honrosa