Olhando através da cebola de vidro
Havia tantas teorias sobre significados nas músicas dos Beatles que em 1968 John Lennon decidiu escrever uma música chamada Glass Onion (algo como “Cebola de Vidro”), na qual ele ironiza os que tentam decifrar as supostas mensagens ocultas nas letras.
Se buscar explicações para canções de rock não faz muito sentido, o mesmo se pode dizer para o comportamento dos mercados — pelo menos desde o início da crise do coronavírus.
Para um experiente gestor de fundos com quem conversei hoje, a injeção sem precedentes de dinheiro na economia pelos Bancos Centrais teve um efeito “anestésico” que torna difícil encontrar causa e efeito para o sobe e desce diário dos ativos.
Mas através dessa camada de euforia que tomou conta dos investidores, os fundamentos que movem a bolsa brasileira e o dólar continuam lá. E eles não são nada bons.
Mesmo com a forte alta das últimas semanas, a bolsa brasileira continua com um dos piores desempenhos globais na crise. No frigir dos ovos (ou das cebolas), a percepção é a de que nossa economia permanece vulnerável.
Ainda assim, a combinação de bolsa em alta, juros baixos e dólar nervoso (mas controlado), pode se sustentar, segundo o gestor. Desde que os ventos externos continuem soprando a favor.
Leia Também
De Volta para o Futuro 2026: previsões, apostas e prováveis surpresas na economia, na bolsa e no dólar
Tony Volpon: Uma economia global de opostos
Hoje foi um típico dia em que os mercados não seguiram aquela típica lógica com a qual nos habituamos. A bolsa fechou em queda de mais de 1% apesar da alta em Nova York. Mas o dólar também caiu e voltou a ficar abaixo dos R$ 5,30. Quem traz para você os detalhes das movimentações no pregão de hoje é a Julia Wiltgen.
Quem segura esse PIB (lá embaixo)?
Como esperado, o mês de abril marcou uma forte retração da atividade econômica. Ao menos é o que projeta a Fundação Getulio Vargas. O chamado Monitor do PIB aponta para uma contração de 9,3% em relação a março. O indicador usa dados e métodos semelhantes aos do IBGE, e por isso acaba antecipando o dado oficial. Veja como se comportaram os diferentes setores da economia.
Covid frustra desempregados
O número de brasileiros que estavam desempregados, mas ficaram impedidos de buscar trabalho por problemas pessoais, saltou de 3,3 milhões no trimestre até fevereiro para 4,7 milhões até abril. O levantamento é da FGV, com base na Pnad Contínua. A estatística demonstra os efeitos da covid-19 no grupo de pessoas que procura por emprego. Conheça o perfil desse contingente.
De volta ao jogo
Afastado do Brasil desde a demissão do BNDES, Joaquim Levy está de volta. O ex-ministro da Fazenda será diretor de estratégia econômica e relações com mercados do Banco Safra. Aos 59 anos e com passagens por Bradesco e Banco Mundial, o ‘Chicago boy’ supervisionará a área macroeconômica e responsável por estabelecer relacionamento com o mercado.
O retorno da pauta econômica
O Senado marcou a votação do novo marco legal do saneamento básico para a próxima quarta-feira. O projeto de lei é considerado atrativo para a entrada da iniciativa privada no setor, sendo uma das ferramentas para a recuperação da economia após a crise. Com o PL, a dita agenda econômica volta à pauta do Congresso depois da interrupção pelo coronavírus.
As big techs estão esticadas?
Os papéis de empresas de alta tecnologia estão valorizados demais? Sim. E mesmo assim não param de subir. E como explicar esse desempenho? Bem, de fato, as big techs têm seus méritos e fortes fundamentos (forte geração de caixa, boa administração). Mas não há nada fora desse escopo que justifique essa performance? O Felipe Miranda responde a essa pergunta, com direito a reflexões sobre XP e Itaú. Vale a pena ler!
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite", a newsletter diária do Seu Dinheiro. Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
As vantagens da holding familiar para organizar a herança, a inflação nos EUA e o que mais afeta os mercados hoje
Pagar menos impostos e dividir os bens ainda em vida são algumas vantagens de organizar o patrimônio em uma holding. E não é só para os ricaços: veja os custos, as diferenças e se faz sentido para você
Rodolfo Amstalden: De Flávio Day a Flávio Daily…
Mesmo com a rejeição elevada, muito maior que a dos pares eventuais, a candidatura de Flávio Bolsonaro tem chance concreta de seguir em frente; nem todas as candidaturas são feitas para ganhar as eleições
Veja quanto o seu banco paga de imposto, que indicadores vão mexer com a bolsa e o que mais você precisa saber hoje
Assim como as pessoas físicas, os grandes bancos também têm mecanismos para diminuir a mordida do Leão. Confira na matéria
As lições do Chile para o Brasil, ata do Copom, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje
Chile, assim como a Argentina, vive mudanças políticas que podem servir de sinal para o que está por vir no Brasil. Mercado aguarda ata do Banco Central e dados de emprego nos EUA
Chile vira a página — o Brasil vai ler ou rasgar o livro?
Não por acaso, ganha força a leitura de que o Chile de 2025 antecipa, em diversos aspectos, o Brasil de 2026
Felipe Miranda: Uma visão de Brasil, por Daniel Goldberg
O fundador da Lumina Capital participou de um dos episódios de ‘Hello, Brasil!’ e faz um diagnóstico da realidade brasileira
Dividendos em 2026, empresas encrencadas e agenda da semana: veja tudo que mexe com seu bolso hoje
O Seu Dinheiro traz um levantamento do enorme volume de dividendos pagos pelas empresas neste ano e diz o que esperar para os proventos em 2026
Como enterrar um projeto: você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Talvez você ou sua empresa já tenham sua lista de metas para 2026. Mas você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações
Veja como proteger seu patrimônio com contratos de opções e com escolhas de boas empresas
Flávio Day nos lembra a importância de ter proteção e investir em boas empresas
O evento mostra que ainda não chegou a hora de colocar qualquer ação na carteira. Por enquanto, vamos apenas com aquelas empresas boas, segundo a definição de André Esteves: que vão bem em qualquer cenário
A busca pelo rendimento alto sem risco, os juros no Brasil, e o que mais move os mercados hoje
A janela para buscar retornos de 1% ao mês na renda fixa está acabando; mercado vai reagir à manutenção da Selic e à falta de indicações do Copom sobre cortes futuros de juros
Rodolfo Amstalden: E olha que ele nem estava lá, imagina se estivesse…
Entre choques externos e incertezas eleitorais, o pregão de 5 de dezembro revelou que os preços já carregavam mais política do que os investidores admitiam — e que a Bolsa pode reagir tanto a fatores invisíveis quanto a surpresas ainda por vir
A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje
Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas
O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?
Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade
Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza
A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade
Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje
Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana
É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira
As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?
As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas
O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro
Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos
Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário
