O fim de semana chegou com uma notícia bastante esperada pelos investidores: a volta do Ibovespa ao patamar de 100 mil pontos.
O principal índice da B3 foi impulsionado esta semana por dois acontecimentos. O primeiro deles foi o alívio das preocupações em torno do risco fiscal brasileiro, com políticos e governo demonstrando compromisso com a manutenção do teto de gastos.
Outro tema foi a esperança de aprovação de um pacote de estímulos fiscais nos Estados Unidos. A semana começou com a esperança de que um acordo seria fechado, mas com o passar do tempo começou-se a perceber que não seria tão simples assim, diante da proximidade das eleições presidenciais, marcadas para dia 3 de novembro.
O pleito americano foi assunto da coluna desta semana de Matheus Spiess. Ele responde como a disputa pela Casa Branca pode afetar seus investimentos.
Nossa seleção de notícias traz ainda a alta do preço do bitcoin, indicações de BDRs para investir e uma análise sobre o futuro dos shopping centers. Espero que goste!
PS: A Julia Wiltgen e o Vinicius Pinheiros falaram sobre a volta do Ibovespa aos 100 mil pontos no nosso podcast. Eles buscaram responder se é algo sustentável ou não. Você pode assistir no Youtube ou ouvir no Spotify.
1. Trump ou Biden?
Estamos a duas semanas das eleições presidenciais nos Estados Unidos e os investidores estão atentos a qualquer indício sobre qual rumo a maior economia do mundo tomará nos próximos quatro anos.
O democrata Joe Biden aparece à frente de Donald Trump nas pesquisas, mas nas eleições nos Estados Unidos o que importa não é o voto popular. O atual presidente era tido como mais pró-mercado, mas os investidores passaram a ver com bons olhos uma vitória do candidato democrata, de olho no pacote de estímulos fiscais que ele está propondo.
Mas, e aí? Quem é melhor para os seus investimentos? Nosso colunista Matheus Spiess responde aqui.
2. Virando sócio de empresa gringa
A semana também foi marcada por uma excelente notícia para quem sempre quis investir em empresas estrangeiras. Desde quinta-feira (22) qualquer um pode comprar os chamados BDRs, recibos de ações negociadas em bolsas estrangeiras que funcionam como representantes dessas ações na bolsa brasileira.
Eles dão ao investidor os mesmos direitos das ações originais, inclusive de receber dividendos.
Existem BDRs de 670 ações estrangeiras disponíveis hoje na B3, número muito maior que o total de companhias listadas na bolsa brasileira. Para te dar uma mãozinha na hora de escolher a melhor opção, a XP Investimentos e o Banco Inter apresentaram sua seleção de melhores nomes.
3. A bolsa barata e o risco fiscal
Saber quando entrar ou sair da bolsa é uma dúvida que acomete todos os investidores, sejam eles pessoa física ou institucionais, com anos de experiência ou novatos. A tarefa fica ainda mais difícil quando Brasília não colabora, emitindo sinais mistos a respeito das contas públicas.
Para Luiz Felipe Constantino, sócio e gestor do Opportunity, se o País superar o risco fiscal, as ações têm bastante espaço para subir, ao ver a bolsa em patamares baratos. Ele conversou com Vinícius Pinheiro sobre o atual momento e compartilhou conosco sua atual estratégia.
4. Novo rali do bitcoin?
Uma das mais novas, e interessante, opção de investimento que existe no mercado, o bitcoin viu a demanda crescer nesta semana. Após dois meses longe das máximas do ano, a criptomoeda voltou a ser negociada na casa dos US$ 12 mil na terça-feira (20). E, no dia seguinte, ela alcançou também uma importante marca em reais, superando o topo histórico anteriormente alcançado em 2017.
E agora, o que vai acontecer com a principal moeda digital do mercado? A Jasmine Olga buscou responder a essa dúvida.
5. O fim dos shoppings centers?
Um dos programas preferidos de muita gente é ir bater pernas nos shopping centers. Mas a pandemia forçou o fechamento deles, acabando com o passeio de fim de semana.
E com o e-commerce caindo nas graças dos consumidores, fica a dúvida: vale a pena investir em ações de operadoras de shopping centers? Os dias deste tipo de empreendimento estão contados, assim como ocorreu nos Estados Unidos?
Para o nosso colunista Ruy Hungria, nossa paixão por ir ao shopping não morre tão cedo.