A polêmica em torno dos balanços da resseguradora IRB ganhou novos capítulos nesta segunda-feira. Há exatamente uma semana, uma carta da gestora carioca Squadra abalou a até então tranquila trajetória de alta do preço das ações da ex-estatal, cujo valor havia praticamente quadruplicado desde sua estreia na bolsa em 2017.
A Squadra justificava sua posição vendida nas ações do IRB - uma aposta na queda do preço do papel - alegando que o balanço da empresa havia sido turbinado por eventos que não iriam se repetir e que, portanto, aquela trajetória de valorização era insustentável. A réplica do IRB veio na forma de conferências com os analistas das suas ações.
A tréplica da Squadra, porém, não tardou, e veio hoje na forma de uma nova carta em que a gestora reitera sua posição. Em seguida, a corretora XP Investimentos decidiu tirar a recomendação de compra para os papéis da resseguradora para revisar sua indicação.
Esse duelo meio Davi versus Golias tem suscitado intenso debate no mercado financeiro, e hoje cobrou novamente seu preço na bolsa. As ações do IRB despencaram, o que levou a empresa a se manifestar de novo, desta vez por meio de teleconferência com investidores.
Ainda não sabemos se Davi vai levar a melhor, mas fato é que a fala dos principais executivos do IRB na tarde de hoje não foi o suficiente para segurar a desvalorização de mais de 16% nos papéis da companhia. Confira todos os detalhes dessa história na matéria do Vinícius Pinheiro.
Da goleada ao zero a zero
E não foram apenas as ações do IRB que apanharam na bolsa hoje. O Ibovespa teve um dia bastante negativo em meio ao clima tenso no exterior por conta do coronavírus. E o noticiário doméstico também não ajudou. No fechamento do dia, o principal índice da B3 perdeu 1,05%. Já o dólar encerrou o dia praticamente estável, mas bateu novo recorde de alta, como mostra o Victor Aguiar.
De corte em corte
O mercado financeiro reduziu pela sexta vez seguida a sua estimativa para a inflação em 2019. De acordo com o Boletim Focus de hoje, o IPCA deve fechar o ano em 3,25%, abaixo da meta estabelecida pelo Banco Central. Além disso, os analistas também fizeram projeções para o PIB, o dólar e a Selic, que na semana passada pode ter sofrido seu último corte no curto prazo.
E por falar em Selic…
A queda na taxa básica de juros teve efeitos benéficos na dívida pública brasileira. No ano passado, o governo conseguiu economizar R$ 68,9 bilhões em juros. A cifra é superior a todo o investimento feito pelo governo federal em 2019. Saiba mais.
Será?
Muitos dizem que o ano só começa mesmo depois do Carnaval. Mas parece que essa máxima não serve mais para o Congresso. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, quer votar ainda neste mês dois projetos importantes para a economia: a autonomia do Banco Central e a nova lei cambial.
O favorito
Eleger o melhor fundo de investimentos do mundo não é tarefa fácil, se é que é possível. Como bem lembra Felipe Miranda na sua coluna de hoje, os fundos que ocupam o pódio dos rankings de investimentos também contam com uma boa dose de sorte. Mas se ele tivesse que escolher o seu preferido, já sabe qual seria. E o melhor de tudo, em breve o investidor brasileiro terá acesso a esse fundo. Quer saber qual é? Dica: o gestor é bem famoso. Confira lá no Seu Dinheiro.