Você ainda vai assistir isso
A verdade é que, para a maioria dos brasileiros, a ideia de investir no exterior nunca foi tão trivial, como assistir à Netflix
“Você ainda vai assistir Netflix.” Me deparei com esta frase enquanto arrumava a papelada nos armários em casa — tem coisas que só uma quarentena faz por você. Não que eu seja acumuladora; na verdade, aquela capa de revista antiga era parte de um projeto pessoal. Quando meu filho nasceu, resolvi guardar alguns jornais e recortes para que ele pudesse saber, mais tarde, como andava o mundo naquele outubro de 2013. Essas bobagens que as mães fazem...
Passados sete anos, quem diria, o objeto “revista” por si só já é praticamente peça de museu. No meio da papelada, me chamou atenção a capa da finada Info, de tecnologia, que falava sobre a tal Netflix, que viera desafiar a TV com a ousada proposta de permitir que cada um decidisse quando, onde e como assistir a filmes e séries.
Dizem que nos EUA, quando uma criança nasce, é comum que ela ganhe uma carteira de ações de algum parente. Agora imagina se eu tivesse lido aquela matéria lá atrás e decidido comprar ações da Netflix? Não precisa imaginar, eu tenho os números: uma ação da Netflix custava US$ 47 na época. Ontem, fechou a US$ 497.
Ok, não serei tão dura comigo. A verdade é que, para a maioria dos brasileiros, a ideia de investir no exterior nunca foi tão trivial, como assistir à Netflix. Primeiro, porque somos acometidos pelo chamado “home biased”, viés comportamental que nos leva a preferir investir naquilo que conhecemos, que está perto de nós. Depois tem a questão regulatória, que sempre dificultou que nos aventurássemos além das fronteiras.
Mas a boa notícia é que a revolução rumo à internacionalização do seu portfólio está em curso, e deu um importante passo nesta semana. Isso porque a CVM propôs, em audiência pública, a possibilidade de o investidor comum ter acesso a fundos que investem até 100% no exterior, produtos atualmente restritos aos brasileiros com patrimônio financeiro superior a R$ 1 milhão, como os investidores qualificados.
Essa minuta proposta pela CVM faz parte da consolidação de alterações já previstas na Lei da Liberdade Econômica, editada no ano passado. Tem nome melhor do que esse, “Lei da Liberdade Econômica”? Ela está em fase de audiência pública até abril do ano que vem e é bem mais ampla, mas quero focar aqui na questão da internacionalização.
Leia Também
Outro marco recente nesse sentido foi a flexibilização dos BDRs, no fim de outubro. Desde então, o investidor de varejo pode comprar e vender recibos negociados na Bolsa brasileira que representam ações de empresas estrangeiras, como a Netflix.
Ainda que a nova legislação de fundos só entre em vigor no ano que vem, são avanços importantes, que merecem ser comemorados. Principalmente se pensarmos que durante esta crise do coronavírus as carteiras com uma boa parcela voltada a ativos internacionais e, portanto, mais diversificadas, têm navegado muito melhor.
Agora eu me pergunto: no futuro, o que será mais difícil de explicar para o meu filho:
- Que até 2021 os investidores de varejo podiam investir em fundos que tinham só até 20% alocados no exterior.
- Ou que um dia já tivemos que esperar por horas e desmarcar compromissos só para assistir a um filme na TV.
Na verdade, talvez o maior desafio seja mesmo atrair a atenção do menino, que agora está hipnotizado pelo bendito Disney+.
Eleição no Chile confirma a guinada política da América do Sul para a direita; o Brasil será o próximo?
Após a vitória de Javier Milei na Argentina em 2023 e o avanço da direita na Bolívia em 2025, o Chile agora caminha para um segundo turno amplamente favorável ao campo conservador
Os CDBs que pagam acima da média, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje
Quando o retorno é maior que a média, é hora de desconfiar dos riscos; investidores aguardam dados dos EUA para tentar entender qual será o caminho dos juros norte-americanos
Direita ou esquerda? No mundo dos negócios, escolha quem faz ‘jogo duplo’
Apostar no negócio maduro ou investir em inovação? Entenda como resolver esse dilema dos negócios
Esse número pode indicar se é hora de investir na bolsa; Log corta dividendos e o que mais afeta seu bolso hoje
Relação entre preço das ações e lucro está longe do histórico e indica que ainda há espaço para subir mais; veja o que analistas dizem sobre o momento atual da bolsa de valores brasileira
Investir com emoção pode custar caro: o que os recordes do Ibovespa ensinam
Se você quer saber se o Ibovespa tem espaço para continuar subindo mesmo perto das máximas, eu não apenas acredito nisso como entendo que podemos estar diante de uma grande janela de valorização da bolsa brasileira — mas isso não livra o investidor de armadilhas
Seca dos IPOs ainda vai continuar, fim do shutdown e o que mais movimenta a bolsa hoje
Mesmo com Regime Fácil, empresas ainda podem demorar a listar ações na bolsa e devem optar por lançar dívidas corporativas; mercado deve reagir ao fim do maior shutdown da história dos EUA, à espera da divulgação de novos dados
Rodolfo Amstalden: Podemos resumir uma vida em uma imagem?
Poucos dias atrás me deparei com um gráfico absolutamente pavoroso, e quase imediatamente meu cérebro fez a estranha conexão: “ora, mas essa imagem que você julga horripilante à primeira vista nada mais é do que a história da vida da Empiricus”
Shutdown nos EUA e bolsa brasileira estão quebrando recordes diariamente, mas só um pode estar prestes a acabar; veja o que mais mexe com o seu bolso hoje
Temporada de balanços, movimentos internacionais e eleições do ano que vem podem impulsionar ainda mais a bolsa brasileira, que está em rali histórico de valorizações; Isa Energia (ISAE4) quer melhorar eficiência antes de aumentar dividendos
Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?
No acumulado de 2025, o índice avança quase 30% em moeda local — e cerca de 50% em dólar. Esse desempenho é sustentado por três pilares centrais
Felipe Miranda: Como era verde meu vale do silício
Na semana passada, o mitológico investidor Howard Marks escreveu um de seus icônicos memorandos com o título “Baratas na mina de carvão” — uma referência ao alerta recente de Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, sobre o mercado de crédito
Banco do Brasil (BBAS3) precisará provar que superou crise do agro, mercado está otimista com fim do shutdown nos EUA no horizonte, e o que mais você precisa saber sobre a bolsa hoje
Analistas acreditam que o BB não conseguirá retomar a rentabilidade do passado, e que ROE de 20% ficou para trás; ata do Copom e dados de inflação também mexem com os mercados
Promovido, e agora? Por que ser bom no que faz não te prepara para liderar pessoas
Por que seguimos promovendo técnicos brilhantes e esperando que, por mágica, eles virem líderes preparados? Liderar é um ofício — e como todo ofício, exige aprendizado, preparo e prática
Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje
Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde
Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis
Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano
FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR
BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil
É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar
Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro
Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje
Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro
Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação
Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal
Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998
Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.