🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Se a Selic subir, o quanto os fundos imobiliários podem sofrer?

Os fundos imobiliários são umbilicalmente ligados aos juros, isso é verdade. Mas é preciso muita calma ao proclamar seu fim caso a Selic volte a subir em breve. Essa é sempre uma questão relativa; entenda.

18 de outubro de 2020
6:39 - atualizado às 13:01
Fundos imobiliários Selic
Imagem: Shutterstock

Olá, seja bem-vindo ao nosso papo de domingo sobre Aposentadoria FIRE® (Financial Independence, Retire Early). 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Selic em 2% está com os dias contados? 

Essa é uma pergunta que se escuta (apesar do distanciamento social) nas mesas de almoço por toda a Faria Lima. 

Existem bons argumentos para os dois lados, mas estou interessado numa segunda derivada dessa discussão: os impactos para os fundos imobiliários. 

Se subir, qual o tamanho da bronca?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Do começo...

2020 é o ano oficial do “impossível” nos mercados financeiros.

Leia Também

Batemos na trave em março, e quase tivemos três circuit-breakers no mesmo dia (salvos pelo Federal Reserve aos 45 minutos do segundo tempo). 

Vimos contratos futuros de petróleo sendo negociados abaixo de zero, com prejuízos de 300% a contar dos níveis anteriores a pandemia. 

Muitos investidores profissionais sequer sabiam que isso era possível. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Agora, temos o Tesouro Selic sendo marcado a mercado com deságio, ou seja, apresentando rentabilidade diária negativa

A última vez que isso aconteceu, como apurou minha colega Ana Westphalen, foi há 18 anos atrás. 

Elaboração: Empiricus 

Esse deságio do Tesouro Selic tem uma razão de ser: com a relação entre dívida e PIB brasileiros batendo 100%, a Selic a 2% ao ano não oferece um retorno adequado aos investidores, dado o alto nível de risco. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por isso, o mercado passou a “exigir” o prêmio, comprando títulos pós-fixados apenas com deságio, dado a insistência do Banco Central em não ofertar títulos mais longos (a taxas mais elevadas). 

E por falar nos títulos mais longos...

Queria entrar nessa discussão pois tenho visto muita desinformação a respeito dos fundos imobiliários. 

Eles são umbilicalmente ligados aos juros, isso é verdade. Mas é preciso muita calma ao proclamar seu fim caso a Selic volte a subir em breve.

Quanto maiores as taxas de juros, menos atrativos serão os rendimentos dos aluguéis dos FIIs (o seu yield).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

É sempre uma questão relativa. 

Mas, a Selic de hoje não é a variável certa para você relativizar esses dois investimentos. 

Isso acontece pelo seguinte: como os fundos imobiliários são ativos reais e sua rentabilidade é oriunda principalmente dos contratos de locação, ele possui um “duration” (sim, entre aspas). 

Em outras palavras: o fundo imobiliário é mais parecido com um título público de médio prazo, acrescido de um prêmio de risco, do que com o Tesouro Selic. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Isso acontece pois - num fundo de lajes, por exemplo - os contratos são indexados à inflação e possuem prazo geralmente de 5 anos. 

Além disso, por mais que a renovação dos contratos de aluguel não seja garantida, não costumamos zerar os fluxos de caixa de um imóvel ao final do contrato; sempre assumimos sua perenidade, a valores médios, uma espécie de nível de vacância “ótimo” em longo prazo. 

Por isso, o que nos interessa quando pensamos na batalha entre Selic e FIIs, são os juros mais longos, com vencimento em 5, ou até mesmo 10 anos, a depender do perfil e do tipo de ativos do fundo imobiliário. 

E como estão se bicando os juros de curto e médio prazo?

Se o Banco Central foi bem sucedido em baixar a Selic a 2% ao ano, nas mínimas históricas, esse mesmo sucesso não se materializou no mesmo grau para os vencimentos mais longos. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No gráfico abaixo, compilo os últimos três anos de histórico dos juros futuros brasileiros, um ano a frente e cinco anos a frente.

Fonte: Koyfin

Hoje, o mercado precifica juros de praticamente 3% ao ano em 12 meses (linha azul), e cerca de 6,36% em 5 anos (linha amarela). 

Perceba também como a distância entre as linhas azul e amarela vem aumentando desde o começo de 2020. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ou seja, enquanto o BC conseguia derrubar os juros de curto prazo, o mercado não aceitou os termos para o médio prazo, receoso da enorme gama de riscos fiscais que temos pela frente. 

Como os juros que interessam quando olhamos os fundos imobiliários são os de médio e longo prazo, me parece que os FIIs apresentam hoje uma relação de risco e retorno muito melhor que títulos prefixados curtos, com vencimento em 2022 e 2023, por exemplo. 

E aqui, falo tanto dos títulos públicos como de suas alternativas no mercado privado, como CDBs dos bancos médios.

Claro que os FIIs sofrerão caso a curva de juros empine, mas esse impacto tende a ser melhor absorvido (leia como “menos sofrimento”) nos vencimentos de médio prazo, que nos de curto prazo. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além disso, caso tenhamos um ajuste fiscal mais forte em 2021 capaz de achatar a diferença entre os juros curtos e de médio prazo, os FIIs tendem a se beneficiar bastante. 

Considero os fundos imobiliários como uma excelente classe de ativos. Uma das peças importantes para conquistar sua aposentadoria antecipada é escolher fontes de geração de renda. Não à toa, fizemos uma seleção de três fundos imobiliários para os membros do Empiricus FIRE®. Deixo aqui o caminho para você liberar sua degustação gratuita por sete dias, sem compromisso. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas

5 de dezembro de 2025 - 8:05

O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro

SEXTOU COM O RUY

Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos

5 de dezembro de 2025 - 6:02

Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje

4 de dezembro de 2025 - 8:29

Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje

3 de dezembro de 2025 - 8:24

Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje

2 de dezembro de 2025 - 8:16

Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros

2 de dezembro de 2025 - 7:08

A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Bolhas não acabam assim

1 de dezembro de 2025 - 19:55

Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso

DÉCIMO ANDAR

As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora

30 de novembro de 2025 - 8:00

Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado

28 de novembro de 2025 - 8:25

Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros

SEXTOU COM O RUY

Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo

28 de novembro de 2025 - 6:01

A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje

27 de novembro de 2025 - 8:23

Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim

27 de novembro de 2025 - 7:49

Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?

26 de novembro de 2025 - 19:30

Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje

26 de novembro de 2025 - 8:36

Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado

25 de novembro de 2025 - 8:20

Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O paradoxo do banqueiro central

24 de novembro de 2025 - 19:59

Se você é explicitamente “o menino de ouro” do presidente da República e próximo ao ministério da Fazenda, é natural desconfiar de sua eventual subserviência ao poder Executivo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Hapvida decepciona mais uma vez, dados da Europa e dos EUA e o que mais move a bolsa hoje

24 de novembro de 2025 - 7:58

Operadora de saúde enfrenta mais uma vez os mesmos problemas que a fizeram despencar na bolsa há mais dois anos; investidores aguardam discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE) e dados da economia dos EUA

BOMBOU NO SD

CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3), o ‘terror dos vendidos’ e mais: as matérias mais lidas do Seu Dinheiro na semana

23 de novembro de 2025 - 17:13

Matéria sobre a exposição da Oncoclínicas aos CDBs do Banco Master foi a mais lida da semana; veja os destaques do SD

MERCADOS HOJE

A debandada da bolsa, pessimismo global e tarifas de Trump: veja o que move os mercados hoje

21 de novembro de 2025 - 9:27

Nos últimos anos, diversas empresas deixaram a B3; veja o que está por trás desse movimento e o que mais pode afetar o seu bolso

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Planejamento, pé no chão e consciência de que a realidade pode ser dura são alguns dos requisitos mais importantes de quem quer ser dono da própria empresa

20 de novembro de 2025 - 8:36

Milhões de brasileiros sonham em abrir um negócio, mas especialistas alertam que a realidade envolve insegurança financeira, mais trabalho e falta de planejamento

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar