2020 tá difícil? Então prepare-se para os próximos 5 anos
A pandemia de coronavírus e suas consequências econômicas já renderam a 2020 muitas comparações às mais famosas distopias da literatura e do cinema, fora os memes e piadinhas sobre como no futuro as coisas podem ficar ainda piores. Eu sempre me lembro do tuíte do @marcurelio:“
‘Na época do corona…’
[pausa longa]
[olhar perdido]
‘Ê, época boa! Se eu soubesse o que ia vir depois, teria aproveitado mais…’
[mastiga a barata, pensativo]”
Brincadeiras cínicas à parte, se antes já era difícil tentar prever o futuro - com o mundo em franca desaceleração econômica, a ascensão de líderes populistas e uma nova realidade de juros e inflação extremamente baixos - agora a visão ficou ainda mais embaralhada.
A gestora global Pimco - uma das maiores do mundo, com quase US$ 2 trilhões sob gestão - aceitou o desafio e publicou, nesta quarta, seu relatório “Secular Outlook”, em que projeta o cenário para investimentos nos próximos três a cinco anos.
A visão da gestora não é a das mais otimistas. Eu poderia comparar o mundo projetado pela Pimco a uma das já citadas distopias, mas fazer isso a essa altura do campeonato seria um pouco cafona.
Basta dizer que, para a Pimco, os próximos anos não devem ser muito melhores do que 2020 do ponto de vista do desafio em torno dos investimentos.
Leia Também
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
Os riscos ligados a fatores climáticos, populismo, protecionismo, nacionalismos e avanços tecnológicos devem ser exacerbados, e o investidor talvez precise baixar um pouco as expectativas quanto à rentabilidade dos ativos: os retornos serão mais baixos mesmo, e se lançar ao risco de peito aberto pode ser pior.
O Ivan Ryngelblum explica a tese da Pimco nesta matéria. Recomendo muito a leitura!
MERCADOS
• A volatilidade deu o tom das negociações hoje. O Ibovespa começou o dia seguindo o bom humor externo, mas o temor com as contas públicas fez o índice se descolar das bolsas americanas, fechando em leve queda. O dólar subiu 0,5%, a R$ 5,62.
• As ações da resseguradora IRB Brasil tiveram mais um dia de queda intensa na B3, depois da baixa de mais de 17% ontem. O movimento começou por causa da decisão do UBS BB de rebaixar a recomendação para os papéis da companhia de compra para venda.
• A Sequoia, companhia de logística, e-commerce e tecnologia, estreou em baixa de pouco mais de 1% na B3. A empresa já havia precificado os papéis abaixo da faixa indicativa no IPO.
INVESTIMENTOS
• O ano de 2020 até que não está tão ruim para o mercado de capitais. O volume captado em ofertas de ações até setembro de 2020 supera em 20,5% a cifra do mesmo período do ano passado. Já o número de IPOs realizados e previstos é o maior desde o ano recorde de 2007.
•O Brasil não tem espaço para financiar um programa de renda básica com mais gastos, diz a Verde. Na sua última carta aos investidores, a gestora de Luis Stuhlberger publicou um estudo detalhado sobre os impactos do auxílio emergencial na economia e nas contas do governo.
EMPRESAS
• A Smiles apresentou sinais de retomada. A empresa informou que o faturamento total aumentou em 24 pontos percentuais (p.p.) entre o segundo e o terceiro trimestre. A companhia não revelou valores.
• A Oi inaugurou hoje sua primeira operação comercial de internet móvel de quinta geração (5G), no Plano Piloto de Brasília. A empresa se junta às rivais Claro, Vivo e TIM, que estão começando a ativar a rede em outras cidades do país.
ECONOMIA
• O Parlamento Europeu manifestou reprovação à ratificação do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul por preocupações com a política ambiental do governo de Jair Bolsonaro.
COLUNISTAS
• A magnitude e a frequência dos erros e acertos no mercado - dos ganhos e das perdas - fazem diferença para o investidor. O caminho percorrido pelos fundos de investimento é tão importante quanto o resultado final que o gestor obtém. Na sua coluna de hoje, o Bruno Merola narra três situações que comprovam isso.
Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje
Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento
Rodolfo Amstalden: As ações da Ambipar (AMBP3) e as ambivalências de uma participação cruzada
A ambição não funciona bem quando o assunto é ação, e o caso da Ambipar ensina muito sobre o momento de comprar e o de vender um ativo na bolsa
Caça ao Tesouro amaldiçoado? Saiba se Tesouro IPCA+ com taxa de 8% vale a pena e o que mais mexe com seu bolso hoje
Entenda os riscos de investir no título público cuja remuneração está nas máximas históricas e saiba quando rendem R$ 10 mil aplicados nesses papéis e levados ao vencimento
Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem
O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.
A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje
Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana
CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas
Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas
Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD
A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais
O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje
Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)
Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos
Projeto aprovado na Câmara permite divórcio após a morte de um dos cônjuges, com mudança na divisão da herança
Processos iniciados antes do falecimento poderão ter prosseguimento a pedido dos herdeiros, deixando cônjuge sobrevivente de fora da herança
A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje
Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais
Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?
Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas
A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)
A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA
Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje
Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump
100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China
O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim
Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo
Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem
Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?
Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano
ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho
Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office
