🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Estadão Conteúdo

no radar dos mercados

Saída de Guedes é o maior temor do mercado financeiro

Segundo levantamento, mais uma onda da covid-19 (34,7%) e a falência das empresas brasileiras (14,9%) também estão entre as preocupações dos investidores

Estadão Conteúdo
18 de maio de 2020
8:28 - atualizado às 17:45
O ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, concede entrevista coletiva.
O ex-ministro da Economia, Paulo Guedes - Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O pedido de demissão de Nelson Teich do cargo de ministro da Saúde, na manhã da última sexta-feira, 15, não chegou a ser uma surpresa. Ele não se mostrou disposto a ceder à pressão do presidente Jair Bolsonaro em dois aspectos importantes envolvendo a pandemia do coronavírus: o uso da cloroquina no tratamento de pacientes com a covid-19 e o relaxamento das medidas de isolamento social, que tentam conter a disseminação do vírus.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"O mercado financeiro já tomou isso como dado: o próximo ministro da Saúde será alinhado à visão de Bolsonaro, que ignora completamente a ciência", afirma Solange Srour, economista-chefe da ARX Investimentos. "E isso vem no pior momento da pandemia no País, com expectativa de que o número de mortos suba muito nos próximos dias."

Na opinião de Rafael Panonko, chefe de análises da Toro Investimentos, a instabilidade política é ainda mais preocupante para o mercado do que a posição adotada pelo próximo ministro da Saúde. Ele critica a falta de alinhamento e comunicação do presidente com seus ministros, o Legislativo, os Estados e municípios. "Isso atrasa a recuperação, as coisas ficam para o ano que vem. E isso tem um custo. O crescimento torna-se pífio, muito abaixo do esperado", comenta ele.

Como consequência, o investidor reage com desconfiança - sendo que o estrangeiro passa a preferir direcionar o seu dinheiro para outros países - e a Bolsa entra no que Panonko chama de "zona de congestão".

A saída de Teich marca a nona baixa de um ministro no governo Bolsonaro e a terceira após o início da pandemia do coronavírus. Antes dele, Luiz Henrique Mandetta, que também ocupava a cadeira da Saúde, e Sérgio Moro, que estava no Ministério da Justiça e da Segurança Pública, divergiram do presidente e deixaram o cargo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Agora, o que continua preocupando os principais agentes do mercado financeiro é o futuro de Paulo Guedes, ministro da Economia.

Leia Também

"Não existe hoje outra pessoa ou entidade que possa fazer o trabalho dele: alguém do Congresso mais alinhado com o presidente, ou um cara forte no Senado que puxasse votos para a aprovação das reformas. Quem pode manter as reformas em pauta é apenas o Paulo Guedes", diz Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo. "Sem ele, Bolsonaro pode querer dar uma guinada populista para tentar se reeleger."

Fernando Borges, gestor de ações da Garde Investimentos, compartilha a mesma opinião. "Bolsonaro está vivendo aquele 'momento Dilma', quando ela se viu obrigada a mudar o rumo do governo para permanecer no poder", compara ele. "Que ele faça um ajuste em menor escala, então. Mas não vá em direção à expansão fiscal."

Na cabeça do gestor

Para sentir os temores dos principais gestores do País, o Bradesco BBI tem feito periódicas consultas neste período de pandemia. Durante os dias 4 e 5 de maio, 101 representantes das principais casas de gestão de recursos do Brasil avaliaram as perspectivas para os mercados e a economia do País. Esse foi o terceiro levantamento da instituição desde que a pandemia começou. Os anteriores foram feitos em março e abril.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nesta nova pesquisa, o Bradesco BBI verificou que a saída de Paulo Guedes do governo é o principal risco que o País corre, na visão dos agentes do mercado financeiro. Além disso, houve uma nítida piora na avaliação sobre o tempo necessário para a volta à normalidade e, consequentemente, sobre o desempenho esperado da economia.

A reportagem listou as principais conclusões que o Bradesco BBI fez com base nas respostas das gestoras:

Principal risco

Segundo o levantamento, o principal risco que os gestores enxergam para o País no momento é o ministro da Economia sair do governo (40,6%). Em seguida, estão a segunda onda da covid-19 (34,7%) e a falência das empresas brasileiras (14,9%). Sobre a probabilidade de Guedes deixar o cargo, 41,6% acreditam que há entre 10% e 30% de chances. Outros 24,8% responderam que essa possibilidade está entre 30% e 50%, enquanto 14,9% apontaram entre 50% e 70%.

Demora na retomada

Há também uma nova avaliação sobre a retomada da economia. No levantamento feito há um mês, 16% dos consultados acreditavam que as atividades voltariam ao normal até o fim de maio e 56% somente de julho em diante. Agora, ninguém espera que isso ocorra até o fim de maio: 68% creem que ocorra no terceiro trimestre do ano e 24% somente depois de setembro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Dólar alto

Na primeira enquete, 30,7% dos gestores acreditavam que o valor da moeda americana no final do ano seria entre R$ 4,91 e R$ 5,10 ou acima de R$ 5,10. Agora, 40% deles acreditam que a cotação será acima de R$ 5,30 no final deste ano, 27% entre R$ 5,10 e R$ 5,30 e 23% entre R$ 4,91 e R$ 5,10. Há um mês, o valor esperado para a moeda americana era de R$ 5 no final de 2020. A cotação atual é de R$ 5,86.

Varejo em alta

Segundo dados da enquete de abril, o top 3 de setores que os gestores comprariam para adicionar ao seu portfólio seriam o elétrico (20,2%), o de bancos (20,2%) e o do varejo (16%). Na pesquisa do mês de maio, o top 3 continua o mesmo, mas em ordem diferente. Segundo os dados, agora os gestores têm preferência para adicionar ao seus portfólios ações de empresas do setor de varejo (20,2%), bancos (18,2%) e elétrico (15,2%).

Fugindo do risco

Os dados do segundo levantamento mostraram que 65,3% dos gestores responderam "não" quando perguntados se pretendiam aumentar o beta (maior risco para buscar mais retorno) do seu portfólio nos próximos dez dias. Já no terceiro, 80,08% responderam que "não" têm a intenção de aumentar o beta do seu portfólio nos próximos 30 dias.

Ofertas secundárias

Perguntados na pesquisa do Bradesco BBI se teriam interesse em participar de ofertas secundárias de ações e de quais setores, 40% dos gestores responderam que estão de portas abertas para a área da saúde. Na sequência, 37,9% indicaram preferência pelo varejo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
NOVIDADE NA APOSENTADORIA

A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo

15 de outubro de 2025 - 10:19

O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo

SD ENTREVISTA

De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente

15 de outubro de 2025 - 6:07

Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq

14 de outubro de 2025 - 17:55

A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)

CORTANDO CAMINHO

IPO reverso tem sido atalho das empresas para estrear na bolsa durante seca de IPOs; entenda do que se trata e quais os riscos para o investidor

14 de outubro de 2025 - 6:03

Velocidade do processo é uma vantagem, mas o fato de a estreante não precisar passar pelo crivo da CVM levanta questões sobre a governança e a transparência de sua atuação

NÃO PARAM DE SUBIR

Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas

13 de outubro de 2025 - 18:25

Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata

CARTA MENSAL

Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno

13 de outubro de 2025 - 17:15

Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda

MEDINDO A TEMPERATURA

Bolsa ainda está barata, mas nem tanto — e gringos se animam sem pôr a ‘mão no fogo’: a visão dos gestores sobre o mercado brasileiro

13 de outubro de 2025 - 13:20

Pesquisa da Empiricus mostra que o otimismo dos gestores com a bolsa brasileira segue firme, mas perdeu força — e o investidor estrangeiro ainda não vem em peso

CRIPTOMOEDAS HOJE

Bitcoin (BTC) recupera os US$ 114 mil após ‘flash crash’ do mercado com Donald Trump. O que mexe com as criptomoedas hoje?

13 de outubro de 2025 - 10:15

A maior criptomoeda do mundo voltou a subir nesta manhã, impulsionando a performance de outros ativos digitais; entenda a movimentação

MERCADOS

Bolsa fecha terceira semana no vermelho, com perdas de 2,44%; veja os papéis que mais caíram e os que mais subiram

11 de outubro de 2025 - 14:14

Para Bruna Sene, analista de renda variável na Rico, “a tão esperada correção do Ibovespa chegou” após uma sequência de recordes históricos

FUGA PARA AS MONTANHAS

Dólar avança mais de 3% na semana e volta ao patamar de R$ 5,50, em meio a aversão ao risco

11 de outubro de 2025 - 13:15

A preocupação com uma escalada populista do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez o real apresentar de longe o pior desempenho entre divisas emergentes e de países exportadores de commodities

EM ALTA

Dólar destoa do movimento externo, sobe mais de 2% e fecha em R$ 5,50; entenda o que está por trás

10 de outubro de 2025 - 14:00

Na máxima do dia, divisa chegou a encostar nos R$ 5,52, mas se desvalorizou ante outras moedas fortes

EM NOVA ROTA

FII RBVA11 avança na diversificação e troca Santander por nova locatária; entenda a movimentação

10 de outubro de 2025 - 12:36

O FII nasceu como um fundo imobiliário 100% de agências bancárias, mas vem focando na sua nova meta de diversificação

ENTUSIASMO EXAGERADO?

O mercado de ações dos EUA vive uma bolha especulativa? CEO do banco JP Morgan diz que sim

9 de outubro de 2025 - 19:32

Jamie Dimon afirma que muitas pessoas perderão dinheiro investindo no setor de inteligência artificial

DESTAQUES DA BOLSA

O que fez a Ambipar (AMBP3) saltar mais de 30% hoje — e por que você não deveria se animar tanto com isso

9 de outubro de 2025 - 12:41

As ações AMBP3 protagonizam a lista de maiores altas da B3 desde o início do pregão, mas o motivo não é tão inspirador assim

TEM ESPAÇO PARA MAIS?

Ação do Assaí (ASAI3) ainda está barata mesmo após pernada em 2025? BB-BI revela se é hora de comprar

9 de outubro de 2025 - 11:34

Os analistas do banco decidiram elevar o preço-alvo das ações ASAI3 para R$ 14 por ação; saiba o que fazer com os papéis

MERCADO FINANCEIRO

O que esperar dos mercados em 2026: juros, eleições e outros pilares vão mexer com o bolso do investidor nos próximos meses, aponta economista-chefe da Lifetime

8 de outubro de 2025 - 17:49

Enquanto o cenário global se estabiliza em ritmo lento, o país surge como refúgio — mas só se esses dois fatores não saírem do trilho

TOUROS E URSOS #242

Tempestade à vista para a Bolsa e o dólar: entenda o risco eleitoral que o mercado ignora

8 de outubro de 2025 - 12:59

Os meses finais do ano devem marcar uma virada no tempo nos mercados, segundo Ricardo Campos, CEO e CIO da Reach Capital

COLAPSO EM CASCATA

FII BMLC11 leva calote da Ambipar (AMBP3) — e investidores vão sentir os impactos no bolso; cotas caem na B3

8 de outubro de 2025 - 12:12

A Ambipar enfrenta uma onda de desconfiança no mercado, e a crise atinge em cheio os dividendos do FII

NOVO MARCO

Ouro ultrapassa o nível de US$ 4 mil pela primeira vez por causa de incertezas no cenário global; o metal vai conseguir subir mais?

7 de outubro de 2025 - 18:48

Shutdown nos EUA e crise na França levam ouro a bater recorde histórico de preço

RISCO-RETORNO

Fundos de ações e multimercados entregam 21% de retorno no ano, mas investidores ficam nos 11% da renda fixa, diz Anbima

7 de outubro de 2025 - 13:35

Mesmo com rentabilidade inferior, segurança da renda fixa mantém investidores estagnados, com saídas ainda bilionárias das estratégias de risco

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar