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Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Pausa no rali

Mudando a rotina: Ibovespa opera em queda após sete altas seguidas e dólar sobe

O Ibovespa chegou a cair mais de 2% nesta terça-feira, cedendo a um movimento de cautela e realização de lucro antes da reunião do Fed, mas já reduziu o ritmo de baixa. O dólar também fica na defensiva e sobe

Victor Aguiar
Victor Aguiar
9 de junho de 2020
10:33 - atualizado às 16:33
Selo Mercados AGORA Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Após acumular ganhos de mais de 11% desde o começo do mês — e, vale lembrar, junho mal começou —, o Ibovespa finalmente cede a um movimento de realização de lucro nesta terça-feira. O índice brasileiro chegou a cair mais de 2% logo depois da abertura, acompanhando o tom mais cauteloso visto no exterior, mas agora reduziu as perdas.

Essa mudança de ares, no entanto, não se deve a alguma notícia que abalou a confiança dos investidores. Ocorre que, após um rali tão intenso, os agentes financeiros optam por assumir uma postura ligeiramente mais defensiva antes da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Nesse cenário, o Ibovespa recuava 0,72% por volta de 16h30, aos 96.947,41 pontos — uma perda que nem de longe zera os ganhos de junho. Lá fora, as principais praças da Europa caíram mais de 1%, enquanto o Dow Jones (-0,62%) e o S&P 500 (-0,34%) operam em baixa nos EUA.

  • Eu gravei um vídeo para explicar a dinâmica por trás dos mercados nesta terça-feira. Veja abaixo:

Esse tom mais prudente também é visto no mercado de câmbio: no mesmo horário, o dólar à vista subia 0,50%, a R$ 4,8788. Lá fora, o dia é marcado pela valorização da moeda americana em relação às divisas de países emergentes.

A decisão de juros do Fed será divulgada no meio da tarde de quarta-feira (10). Por mais que a expectativa do mercado seja a de manutenção das taxas no patamar atual, entre 0% e 0,25% ao ano — o presidente da instituição, Jerome Powell, disse repetidas vezes que não considera adequada a adoção de juros negativos —, o mercado tem muitos fatores a observar na reunião.

Em primeiro lugar, há as eventuais sinalizações quanto ao futuro: a visão do Fed para a economia americana sempre tem o poder de mexer com o rumo das negociações. Assim, a entrevista coletiva de Powell após a decisão será acompanhada de perto, com o mercado atento a eventuais novos pacotes de estímulos.

Além disso, a reunião de junho também traz uma atualização nas projeções econômicas da autoridade monetária — e, caso as expectativas do Fed mostrem-se pessimistas em relação ao curto e ao médio prazo, um tom mais defensivo poderá ser adotado pelos investidores.

Considerando esse importante evento no horizonte, é natural que as bolsas globais entrem num modo de correção e realização dos lucros recentes — nos EUA, a recuperação do S&P 500 e do Nasdaq foi tão intensa que os dois índices já zeraram as perdas no ano, cravando novas máximas.

Ainda assim, essa postura mais cautelosa não se traduz em perdas mais expressivas ao Ibovespa e as bolsas globais: por mais que a baixa de mais de 2% vista na abertura não seja exatamente desprezível, ela certamente é moderada perto dos enormes ganhos recentes.

IPCA e BC no radar

Por aqui, declarações do diretor de política econômica do Banco Central (BC), Fábio Kanczuk, provocaram um alívio no mercado de juros futuros: os DIs, que abriram o dia em alta, se afastaram das máximas após ele dar a entender que a queda na projeção inflacionária impacta diretamente na modelagem da inflação.

A fala ganha ainda mais peso porque será divulgado amanhã o IPCA de maio, e a expectativa é a de que indicador mostre uma baixíssima pressão inflacionária — se não negativa. Veja abaixo como estão as curvas mais líquidas neste momento:

  • Janeiro/2021: de 2,20% para 2,18%;
  • Janeiro/2022: estável em 3,13%;
  • Janeiro/2023: de 4,21% para 4,22%;
  • Janeiro/2025: de 5,75% para 5,80%.

Top 5

Veja abaixo as cinco ações do Ibovespa com melhor desempenho nesta terça-feira:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
IRBR3IRB ON12,62 +7,40%
MULT3Multiplan ON23,56 +3,11%
CIEL3Cielo ON4,77 +2,80%
IGTA3Iguatemi ON37,80 +2,16%
BRML3BR Malls ON11,67 +2,01%

Confira também as cinco maiores quedas do indicador:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
CSNA3CSN ON11,81 -5,14%
GOLL4Gol PN22,98 -4,21%
EMBR3Embraer ON10,25 -4,21%
AZUL4Azul PN26,28 -3,91%
ECOR3Ecorodovias ON13,89 -3,61%

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