Ibovespa perde força e dólar vira para alta, descolando da calmaria no exterior
Apesar do tom mais otimista visto lá fora por causa da surpresa com os dados de emprego nos EUA, o Ibovespa apenas oscila ao redor da estabilidade e o dólar à vista opera em alta, mostrando um comportamento mais cauteloso após o alívio de ontem
![Selo Mercados AGORA Ibovespa dólar](https://media.seudinheiro.com/uploads/2019/11/Selo-Mercados-AGORA-715x402.jpg)
As comemorações pelo dia da Independência dos EUA começaram mais cedo em Wall Street: em meio a mais uma rodada de dados surpreendentemente fortes do mercado de trabalho americano, as bolsas do país operam em alta firme desde a abertura. O Ibovespa até acompanhou esse ritmo durante a manhã, mas perdeu força na segunda metade do pregão.
Por volta de 16h10, o Ibovespa avançava apenas 0,07%, aos 96.270,03 pontos, após tocar os 97.864,16 pontos (+1,73%) na máxima desta quinta-feira (2). Lá fora, contudo, o ritmo segue acelerado: nos EUA, o Dow Jones (+0,87%), o S&P 500 (+0,89%) e o Nasdaq (+0,94%) sustentam-se em alta; na Europa, as principais praças subiram mais de 1%.
Esse movimento de maior cautela por aqui também contaminou o câmbio: o dólar à vista agora sobe 0,81%, a R$ 5,3612, depois de cair 0,96% logo após a abertura, a R$ 5,2669.
- Eu gravei um vídeo para falar um pouco mais sobre a dinâmica por trás dos mercados nesta quinta-feira. Veja abaixo:
Grande parte do otimismo externo se deve ao relatório do mercado de trabalho nos EUA em junho: foram criados 4,77 milhões de empregos no país — as estimativas dos analistas eram mais modestas, apostando numa abertura de 3,5 milhões a 4 milhões de novos postos.
É o segundo mês consecutivo em que o mercado de trabalho americano surpreende o mercado: em maio, quando boa parte dos agentes financeiros acreditava que seriam fechadas milhões de vagas no país, foram abertos 2,5 milhões de novos postos.
Com isso, ganha força a leitura de que uma recuperação econômica está em curso nos EUA, o que, em última instância, pode dar força à atividade global e permitir uma retomada já no segundo semestre de 2020. E tal interpretação se sobrepõe à cautela gerada pelo aumento nos casos de coronavírus, ao menos para os mercados financeiros.
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Do lado da taxa de desemprego, também há uma tendência de melhora: o indicador caiu de 13,3% em maio para 11,1% em junho — nível ainda elevado, mas que indica uma trajetória favorável.
Além dos dados do mercado de trabalho, os investidores mostram otimismo em relação aos avanços no tratamento para a Covid-19: a Pfizer, em parceria com a BioNTech, anunciou resultados positivos com a sua versão da vacina para a doença.
Apesar disso tudo, o fato de as bolsas americanas estarem fechadas amanhã, em comemoração ao feriado do dia da Independência dos EUA, aumenta a prudência dos investidores.
É comum que, às vésperas de uma parada prolongada, muitos agentes financeiros optem por diminuir a exposição ao risco, receosos quanto a algum acontecimento inesperado durante os dias de mercado parado.
Declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, também contribuíram para elevar a prudência por aqui: há pouco, ele citou que os riscos aos países emergentes aumentaram durante a crise do coronavírus — o que pode atrasar o processo de recuperação desse grupo e contribui para a saída de investidores.
Indústria se recupera
No Brasil, destaque para o crescimento de 7% reportado na produção industrial em maio, dado que também serve para animar as operações. Naturalmente, esse crescimento vem após uma queda brusca em abril e março, mas, ao menos, ele mostra uma interrupção na tendência de desaquecimento do setor.
Apesar de todo o noticiário mais favorável aos mercados nesta quinta-feira, as curvas de juros futuros continua mostrando uma tendência de estabilidade, sem grandes oscilações em ambas as pontas:
- Janeiro/2021: de 2,06% para 2,07%;
- Janeiro/2022: de 2,88% para 2,91%;
- Janeiro/2023: de 3,96% para 4,01%;
- Janeiro/2025: de 5,60% para 5,65%.
Top 5
Veja abaixo as cinco ações de melhor desempenho do Ibovespa nesta quinta-feira:
CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
CSNA3 | CSN ON | 10,94 | +3,31% |
BPAC11 | BTG Pactual units | 78,76 | +2,95% |
GGBR4 | Gerdau PN | 15,82 | +2,20% |
GOAU4 | Metalúrgica Gerdau PN | 7,22 | +2,12% |
PETR4 | Petrobras PN | 22,13 | +1,93% |
Confira também as maiores baixas do índice:
CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
IRBR3 | IRB ON | 9,08 | -11,07% |
BTOW3 | B2W ON | 107,45 | -4,08% |
GNDI3 | Intermédica ON | 65,65 | -3,85% |
HAPV3 | Hapvida ON | 60,59 | -3,81% |
LAME4 | Lojas Americanas PN | 31,41 | -3,62% |
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