Dólar perde um pouco de força e fecha em R$ 4,13, já Ibovespa mantém 117 mil pontos
Depois de um dia difícil, o principal índice da bolsa terminou o dia no campo positivo, de olho em indicadores divulgados hoje

Um dia após terminar o pregão em forte alta e bastante pressionado, o dólar à vista conseguiu respirar um pouco mais aliviado e terminou a terça-feira (14) em queda de 0,27%, cotado em R$ 4,1307.
O Ibovespa, por sua vez, fechou o pregão no terreno positivo com leve alta de 0,26%, aos 117.632,40 pontos, o que levou a expansão também dos papéis de varejo e infraestrutura de olho em indicadores que foram divulgados hoje. Mas o dia não foi fácil.
A informação de que os Estados Unidos vão manter as tarifas adicionais sobre produtos da China até depois das eleições que ocorrem neste ano no país causou certa indigestão nos mercados estrangeiros durante à tarde e impactou no principal índice da bolsa brasileira.
O Ibovespa chegou a ficar abaixo dos 117 mil pontos, mas se recuperou aos 45 do segundo tempo. Já os principais índices da bolsa americana terminaram o dia com um sentimento misto.
Após o baque da tarde, a informação das tarifas entre Estados Unidos e China foi contrabalanceada pelos balanços positivos divulgados pelos banco JPMorgan e Citi, ambos marcaram o início da temporada de resultados lá fora.
O Dow Jones terminou o dia com leve alta de 0,11%, enquanto o S&P 500 e Nasdaq fecharam o pregão da terça-feira com queda de 0,16% e de 0,24%, respectivamente.
Leia Também
Dados dos Estados Unidos
Mas não foi apenas a notícia sobre a tarifa adicional sobre os produtos chineses que balançou os mercados hoje.
Antes de o pregão abrir, os índices futuros de Nova York reagiaram de maneira positiva ao dado de inflação divulgado nos Estados Unidos mais cedo, reduzindo perdas anteriores mais profundas. Os juros de longo prazo dos títulos do Tesouro americano, por sua vez, recuavam.
O índice de preços ao consumidor americano (CPI, na sigla em inglês) foi de 0,2% em dezembro, ante uma expectativa de 0,3%, segundo as projeções reunidas pelo "Broadcast", serviço de notícias em tempo real do "Estadão".
Olhos atentos ao Brasil
Já no mercado doméstico, os investidores acompanharam com atenção a divulgação das previsões de crescimento e inflação para 2020 feitas pelo Ministério da Economia.
Hoje, o ministério elevou a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano de 2,32%, para 2,40%. A estimativa para a inflação também subiu. Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a projeção do governo é de que feche o ano em 3,62%, ante estimativa anterior de 3,53%.
Os investidores se animaram ainda com a fala do secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, que disse que a equipe econômica está atenta ao equilíbrio das contas da União e de Estados e municípios. Segundo ele, em janeiro, o governo continuará discutindo a PEC do pacto federativo.
Além disso, o IBGE divulgou sua pesquisa para o setor de serviços, que teve retração de 0,1% no mês de novembro, ante outubro, conforme já esperado pelo mercado. Ainda assim, o setor apresenta uma alta de 1,8% em 12 meses, considerado positivo pelo instituto.
DIs seguiram pressionados
Os juros futuros, por sua vez, acompanharam o dólar e também recuaram. Apenas o DI com vencimento em janeiro de 2027 que passou por um leve ajuste positivo.
As taxas voltaram a cair, especialmente por conta da atividade que ainda vacila e pela leve perda de tração do dólar.
Mesmo que o mercado ainda esteja dividido com relação ao nível de juros que deve ser estabelecido na próxima reunião do Copom, ganha força a teoria de que o comitê faça um novo corte 0,25 ponto percentual e não mantenha os juros no patamar atual.
Veja como ficaram os DIs mais líquidos hoje:
- Janeiro/2021: de 4,49% para 4,44%;
- Janeiro/2023: de 5,74% para 5,66%;
- Janeiro/2027: de 6,74% para 6,75%.
Concessionárias e siderúrgicas no radar
No pregão de hoje, a informação de que o governo federal pretende relicitar a BR-040 até o fim do ano que vem e assinar contrato com nova administradora até dezembro de 2021 deu um impulso adicional para os papéis de concessionárias como Ecorodovias e CCR.
De acordo com o "Broadcast", a administradora atual, a Invepar, protocolou o pedido de devolução da concessão em agosto do ano passado e a solicitação foi aprovada pela Agência Nacional de Transportes Terres (ANTT) em novembro.
As siderúrgicas, por sua vez, negociaram de olho no mercado externo, o que gerou certa volatilidade aos papéis. A Metalúrgica Gerdau e a Gerdau foram as maiores baixas do Ibovespa hoje.
Segundo a analista Sabrina Cassiano, analista da Necton Corretora e que consultada pelo Broadcast, os papéis da Metalúrgica Gerdau caíram mais por ela ser menos ligada aos preços do minério de ferro, que subiram 1,15% em Qingdao, na China.
"CSN e Usiminas são mais afetadas pelo preço do minério", afirmou a especialista ao Broadcast, lembrando que as duas empresas produzem a commodity.
Top 5
Veja os cinco papéis de melhor desempenho do Ibovespa nesta terça-feira:
- Via Varejo ON (VVAR3): +5,12%
- Ecorodovias ON (ECOR3): +4,26%
- CCR ON (CCRO3): +3,33%
- Lojas Americanas PN (LAME4): +3,26%
- Cosan ON (CSAN3): +3,19%
Confira também as maiores baixas do índice hoje:
- Metalúrgica Gerdau PN (GOAU4): -2,40%
- Gerdau PN (GGBR4): -1,92%
- Eletrobras ON (ELET3): -1,74%
- Banco BTG Pactual Units (BPAC11): -1,73%
- CSN ON (CSNA3): -1,59%
*Com Estadão Conteúdo
FII BRCO11 aluga imóvel para M. Dias Branco (MDIA3) e reduz vacância
O valor da nova locação representa um aumento de 12% em relação ao contrato anterior; veja quanto vai pingar na conta dos cotistas do BRCO11
TRXF11 vai às compras mais uma vez e adiciona à carteira imóvel locado ao Assaí; confira os detalhes
Esse não é o primeiro ativo alugado à empresa que o FII adiciona à carteira; em junho, o fundo já havia abocanhado um galpão ocupado pelo Assaí
Ouro vs. bitcoin: afinal, qual dos dois ativos é a melhor reserva de valor em momentos de turbulência econômica?
Ambos vêm renovando recordes nos últimos dois anos à medida que as incertezas no cenário econômico internacional crescem e o mercado busca uma maneira de se proteger
Do Japão às small caps dos EUA: BlackRock lança 29 novos ETFs globais para investir em reais
Novos fundos dão acesso a setores, países e estratégias internacionais sem a necessidade de investir diretamente no exterior
Até onde vai o fundo do poço da Braskem (BRKM5), e o que esperar dos mercados nesta semana
Semana começa com prévia do PIB e tem Super Quarta, além de expectativa de reação dos EUA após condenação de Bolsonaro
Rio Bravo: “Momento é de entrada em fundos imobiliários de tijolo, não de saída”
Anita Scal, sócia e diretora de Investimentos Imobiliários da empresa, afirma que a perspectiva de um ciclo de queda da taxa de juros no Brasil deve levar as cotas dos fundos a se valorizarem
TRXF11 abocanha galpão locado pelo Mercado Livre (MELI34) — e quem vai ver o dinheiro cair na conta são os cotistas de um outro FII
Apesar da transação, a estimativa de distribuição de dividendos do TRXF11 até o fim do ano permanece no mesmo patamar
Ação da Cosan (CSAN3) ainda não conseguiu conquistar os tubarões da Faria Lima. O que impede os gestores de apostarem na holding de Rubens Ometto?
Levantamento da Empiricus Research revela que boa parte do mercado ainda permanece cautelosa em relação ao futuro da Cosan; entenda a visão
LinkedIn em polvorosa com Itaú, e o que esperar dos mercados nesta sexta-feira (12)
Após STF decidir condenar Bolsonaro, aumentam os temores de que Donald Trump volte a aplicar sanções contra o país
Ibovespa para uns, Tesouro IPCA+ para outros: por que a Previ vendeu R$ 7 bilhões em ações em ano de rali na bolsa
Fundo de pensão do BB trocou ações de empresas por títulos públicos em nova estratégia para reforço de caixa
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic
Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro
Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas
GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa
Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário
Fundo imobiliário (FII) aposta em projetos residenciais de alto padrão em São Paulo; veja os detalhes
Com as transações, o fundo imobiliário passa a ter, aproximadamente, 63% do capital comprometido em cinco empreendimentos na capital paulista
Fundo imobiliário Iridium Recebíveis (IRIM11) reduz dividendo ao menor nível em um ano; cotas caem
A queda no pagamento de proventos vem em meio a negociações para a fusão do FII ao Iridium Fundo de Investimento Imobiliário (IRIM11)
Ibovespa sobe 0,52% após renovar máxima intradia com IPCA e PPI no radar; dólar cai a R$ 5,4069
Deflação aqui e lá fora em agosto alimentaram a expectativa de juros menores ainda neste ano; confira os dados e o que mais mexeu com a bolsa e o câmbio nesta quarta-feira (10)
Ouro supera US$ 3.700 pela primeira vez e segue como o refúgio preferido em 2025
Ataque de Israel ao Catar e revisão dos dados de emprego nos EUA aumentaram a busca por proteção e levaram o metal precioso a renovar recorde histórico