🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Dia cheio

Trump trouxe alívio aos mercados, mas o Ibovespa não conseguiu sair do campo negativo

O Ibovespa se afastou das mínimas e os índices acionários de Nova York ganharam força após Donald Trump assumir um tom mais ameno em seu primeiro discurso após os ataques do Irã, evitando entrar numa escalada militar no Oriente Médio

Victor Aguiar
Victor Aguiar
8 de janeiro de 2020
18:41 - atualizado às 19:00
Selo Mercados FECHAMENTO Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Se você está dando os primeiros passos no mercado financeiro, saiba que a incerteza é a pior inimiga dos investidores: sem ter clareza do que pode acontecer no futuro, a cautela toma conta das negociações e freia qualquer ímpeto de alta do Ibovespa e das bolsas globais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Pois, se você se é iniciante, saiba que a sessão desta quarta-feira (8) foi uma aula de como os agentes financeiros tomam decisões num ambiente nebuloso — no caso, as tensões entre Estados Unidos e Irã.

A história do pregão começa ainda na noite anterior, quando o exército iraniano lançou mísseis contra bases americanas no Iraque — uma represália após a morte do general Qassim Suleimani, principal líder militar do país.

Eu estava atento ao noticiário no momento em que os ataques começaram e logo chequei o comportamento das bolsas da Ásia, que já estavam abertas naquele horário. E o tom era de pânico do outro lado do mundo.

Sem saber exatamente a extensão dos danos causados pelo ataque, os índices acionários do Japão e da Coreia do Sul caíam mais de 2%. Entre as commodities, o petróleo disparava e o ouro tinha ganhos firmes.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"O pregão de amanhã vai ser bem negativo", pensei eu, errando completamente: o Ibovespa, afinal, fechou o dia em leve baixa de 0,36%, aos 116.247,03 pontos — nos Estados Unidos, o Dow Jones (+0,56%), o S&P 500 (+0,49%) e o Nasdaq (+0,67%) fecharam em alta.

Leia Também

Como todos sabem, Estados Unidos e Irã não firmaram um acordo de paz durante a noite. Sendo assim, por que os mercados mudaram tanto de humor ao longo do tempo?

Ocorre que, após um primeiro momento de incerteza após os ataques do Irã, informações mais precisas começaram a aparecer. Pouco a pouco, foi ficando claro que a ofensiva de Teerã não causou danos expressivos às instalações americanas — nenhum soldado foi morto na ação.

Além disso, as próprias autoridades iranianas optaram por assumir um discurso não tão agressivo, por mais contraditório que isso pareça. Via Twitter, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, disse que o país não desejava uma escalada na guerra:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"O Irã tomou medidas proporcionais de auto-defesa", disse Zarif, citando tratados da ONU para conflitos internacionais — ele ainda afirmou que o país iria se defender contra novas agressões.

Essa sinalização contribuiu para trazer algum alívio aos mercados — e, logo depois, uma manifestação do presidente americano, Donald Trump, contribuiu para diminuir ainda mais a tensão.

Também via Twitter, Trump disse "estar tudo bem", evitando assumir uma postura mais bélica no calor do momento:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Assim, depois do pico de estresse, o mercad conseguiu colocar os nervos no lugar e amanheceu menos tenso. A ordem do dia era aguardar o pronunciamento oficial de Trump.

Paradoxalmente, a consumação do ataque do Irã contribuiu para aliviar a agonia e tirar da mesa a incerteza em relação ao que o governo de Teerã faria para vingar a morte de Suleimani.

Resposta americana

No início da tarde, Trump finalmente veio a público para dar as primeiras declarações oficiais após os ataques. E ele tratou de colocar panos quentes na tensão, afastando a possibilidade de ações militares imediatas contra o Irã.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O chefe da Casa Branca assumiu uma postura dura ao falar do governo de Teerã, acusando-o de fomentar a violência no Oriente Médio e se comprometendo a impedir que os iranianos obtenham armas militares. Trump ainda disse que os EUA irão adotar novas sanções econômicas contra o país.

No entanto, não foi mencionada a hipótese de um contra-ataque bélico ao Irã, afastando os temores de uma escalada militar no Oriente Médio. Essa postura "pacífica" trouxe ainda mais alívio aos mercados.

Até o pronunciamento de Trump, o Ibovespa operava em queda e as bolsas americanas ficavam perto do zero a zero. Mas, com o tom conciliador de Trump, os mercados acionários ganharam força, com o índice brasileiro se afastando das mínimas.

Ao fim do dia, o Ibovespa não conseguiu sair do vermelho, engatando a quarta queda consecutiva. Mas as perdas de 0,36% soam quase como uma boa notícia, considerando o pânico visto na noite anterior.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

É claro que a situação no Oriente Médio está longe de uma resolução — novos ataques e focos de estresse não estão descartados daqui para frente. Mas tudo é relativo: perto do caos que se desenhava a menos de 24 horas, o quadro atual parece até benéfico.

Alívio no petróleo

O mercado de commodities também refletiu o tom mais ameno assumido por Trump. Logo após a fala do presidente americano, o petróleo passou a cair forte e o ouro perdeu força.

O WTI fechou a sessão em baixa de 4,93%, enquanto o Brent desvalorizou 4,15%, em meio à percepção de alívio nas tensões no Oriente Médio. O ouro, ativo usado como reserva de segurança pelos mercados, recua 1,25%.

As baixas do petróleo pressionaram as ações da Petrobras: os papéis PN (PETR4) caíram 0,62% e os ONs (PETR3) tiveram perda de 1,63%, contribuindo para frear a recuperação do Ibovespa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Dólar e juros

O mercado de câmbio também respirou aliviado após a fala de Trump: por aqui, o dólar à vista fechou em baixa de 0,31%, a R$ 4,0518.

A postura amena do presidente americano fez a moeda do país se desvaloriza em relação às divisas emergentes, como o peso mexicano, o rublo russo, o peso colombiano, o rand sul-africano e o peso chileno — e o real acompanhou os pares.

O tom de calmaria no câmbio abriu espaço para ajustes negativos na curva de juros, devolvendo parte dos ganhos recentes. Veja abaixo como ficaram os principais DIs nesta quarta-feira:

  • Janeiro/2021: de 4,48% para 4,45%;
  • Janeiro/2023: de 5,78% para 5,72%;
  • Janeiro/2025: de 6,44% para 6,40%;
  • Janeiro/2027: de 6,79% para 6,76%.

Top 5

Confira as cinco maiores altas do Ibovespa nesta quarta-feira:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • Braskem PNA (BKRM5): +5,01%
  • Suzano ON (SUZB3): +4,99%
  • Gol PN (GOLL4): +3,95%
  • BRF ON (BRFS3): +3,84%
  • Magazine Luiza ON (MGLU3): +3,07%

Veja também as cinco maiores baixas do índice:

  • Weg ON (WEGE3): -3,78%
  • Cyrela ON (CYRE3): -3,10%
  • BR Malls ON (BRML3): -2,93%
  • Cia Hering ON (HGTX3): -2,33%
  • Cielo ON (CIEL3): -2,25%

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FIM DO TREINO?

Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes

12 de novembro de 2025 - 8:35

Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.

MERCADOS

Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima

11 de novembro de 2025 - 12:57

Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos

NÃO TÃO VACA LEITEIRA

Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas

11 de novembro de 2025 - 6:03

Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções

O QUE FAZER COM AS AÇÕES?

Esfarelando na bolsa: por que a M.Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?

10 de novembro de 2025 - 15:05

O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade

NÃO TEM MAIS COMO CONTINUAR

Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa

10 de novembro de 2025 - 12:30

Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores

AO INFINITO E ALÉM

Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073

10 de novembro de 2025 - 12:17

O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços

DE CARA NOVA

Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje

10 de novembro de 2025 - 9:51

Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa

A BOLSA NAS ELEIÇÕES

A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda

9 de novembro de 2025 - 15:31

O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa

A SEMANA DOS MERCADOS

Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?

9 de novembro de 2025 - 10:30

Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção

DISNEY GARANTIDA?

Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo

8 de novembro de 2025 - 16:43

A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025

A SEMANA NA BOLSA

Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa e Minerva (BEEF3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações

8 de novembro de 2025 - 11:31

O principal índice da bolsa brasileira acumulou valorização de 3,02% nos últimos cinco pregões e encerrou a última sessão da semana no nível inédito dos 154 mil pontos

HORA DE COMPRAR?

Maior queda do Ibovespa: por que as ações da Cogna (COGN3) desabaram mesmo depois de um “trimestre limpo”?

7 de novembro de 2025 - 18:11

As ações passaram boa parte do dia na lanterna do Ibovespa depois do balanço do terceiro trimestre, mas analistas consideraram o resultado como positivo

REAÇÃO AO BALANÇO

Fred Trajano ‘banca’ decisão que desacelerou vendas: “Magalu nunca foi de crescer dando prejuízo, não tem quem nos salve se der errado”

7 de novembro de 2025 - 12:25

A companhia divulgou os resultados do segundo trimestre ontem (6), com queda nas vendas puxada pela desaceleração intencional das vendas no marketplace; entenda a estratégia do CEO do Magazine Luiza

FOME DE CRESCER

Fome no atacado: Fundo TRXF11 compra sete imóveis do Atacadão (CAFR31) por R$ 297 milhões e mantém apetite por crescimento

7 de novembro de 2025 - 10:17

Com patrimônio de R$ 3,2 bilhões, o fundo imobiliário TRXF11 saltou de 56 para 74 imóveis em apenas dois meses, e agora abocanhou mais sete

FECHAMENTO DOS MERCADOS

A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489

6 de novembro de 2025 - 18:58

O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.

TOUROS E URSOS #246

A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário

6 de novembro de 2025 - 13:00

Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário

CARTA DA ATMOS

As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa

6 de novembro de 2025 - 10:55

Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora

DE SÃO PAULO A WALL STREET

Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?

5 de novembro de 2025 - 19:03

Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614

5 de novembro de 2025 - 18:14

Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe

REAÇÃO AO BALANÇO

Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?

5 de novembro de 2025 - 9:28

Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar