🔴 [EVENTO GRATUITO] MACRO SUMMIT 2024 – FAÇA A SUA INSCRIÇÃO

Cotações por TradingView
Ricardo Gozzi
Mercados hoje

Ibovespa segue na contramão e cai forte com bancos e pandemia

Dólar perde espaço com impasse em Washington e ouro registra recorde de fechamento

Selo Mercados FECHAMENTO Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

O mercado brasileiro de ações parece ter tirado a semana para andar na contramão dos demais ativos de risco em um momento de liquidez abundante nos mercados internacionais.

Enquanto o dólar perde força tanto diante de moedas fortes quanto das emergentes - real incluído -, o Ibovespa começa agosto patinando em uma semana repleta de balanços, indicadores econômicos importantes e decisão de juro pelo Banco Central.

Mais uma vez alheio à alta em Wall Street, o Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira em queda de 1,57%, aos 101.215,87 pontos.

O índice foi arrastado pelo recuo de mais de 5% das ações ON do Itaú Unibanco (ITUB4), o que azedou o humor do setor financeiro como um todo. A instituição financeira reportou queda de mais de 40% no lucro do segundo trimestre.

Tentativa de limitar juro de cheque especial e cartão de crédito pesa

As ações dos bancos também reagiram negativamente à notícia de que um projeto de lei para limitar os juros do cheque especial e do cartão de crédito durante a pandemia ao ano será votado pelo Senado na quinta-feira.

Ainda que precise passar por Senado, Câmara e sanção presidencial antes de entrar em vigor, a possibilidade de um alívio aos devedores retroativo à chegada da pandemia ao Brasil espantou os investidores dos papéis de instituições financeiras.

O movimento de queda acentuou-se a partir do início da tarde em meio a temores relacionados com o avanço da covid-19 pela América do Sul. A piora no principal índice brasileiro de ações coincidiu com comentários da diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Carissa Etienne.

Segundo ela, há uma crescente tendência de avanço da pandemia no Brasil e na região andina. Logo depois dessas declarações, todos os papéis listados no Ibovespa entraram no vermelho.

Questões fiscais no Brasil e nos Estados Unidos ainda preocupam. Enquanto democratas e republicanos se debatem em relação a um pacote de ajuda à economia norte-americana, por aqui as discussões giram em torno da intenção do governo de criar um novo imposto para aumentar a arrecadação. Mas isto ficou em segundo plano hoje.

BNDES começa a abrir mão de participações

O leilão estendido das ações ON da Vale (VALE3) também pesou sobre o Ibovespa desde o início da sessão, mas os papéis da mineradora acabaram encerrando a sessão como a maior alta do Ibovespa apesar da intensa volatilidade observada durante todo o pregão.

Entretanto, este parece ser apenas o início de uma novela com muitos capítulos e reviravoltas pela frente. "Isto não deve afetar apenas a Vale, mas outras companhias nas quais o BNDES mantém grandes participações, como a Petrobras e a JBS", advertia Pedro Galdi, analista da Mirae Asset, ainda antes da confirmação do leilão.

Confira a seguir quais foram as maiores altas e as maiores quedas do Ibovespa nesta terça-feira.

MAIORES ALTAS

  • Vale ON (VALE3) +0,73%
  • MRV ON (MRVE3) +0,65%
  • Hypera ON (HYPE3) +0,58%
  • Totvs ON (TOTS3) +0,43%
  • SulAmérica Unit (SULA11) +0,38%

MAIORES BAIXAS

  • Itaú Unibanco PN (ITUB4) -5,83%
  • Cogna ON (COGN3) -5,73%
  • CVC ON (CVCB3) -5,40%
  • Cielo ON (CIEL3) -5,00%
  • Itaú SA PN (ITUB4) -4,58%

Dólar e juro

Apesar da aversão local ao risco, a tendência recentemente observada de enfraquecimento do dólar nos mercados internacionais fez o real ganhar terreno mais uma vez nesta terça-feira.

Depois de abrir em alta e mostrar volatilidade ao longo do dia, o dólar firmou-se em queda no fim da sessão até fechar nas mínimas do dia, cotado a R$ 5,2857% (-0,53%).

A moeda norte-americana vem perdendo terreno em relação a outras divisas mundo a fora em meio ao impasse político em Washington e à valorização do ouro, que hoje registrou seu recorde histórico de fechamento nos mercados internacionais.

Pela primeira vez na história, o metal precioso encerrou a sessão acima da marca de US$ 2.000. A recente escalada do ouro tem relação com a liquidez despejada por governos e bancos centrais de todo o mundo para fazer frente à pandemia.

Os contratos de juros futuros, por sua vez, fecharam em alta, especialmente nos vencimentos mais longos. Nos vencimentos mais curtos, o ímpeto foi contido pela expectativa em torno de um novo corte na taxa Selic ao término da reunião de política monetária do Banco Central do Brasil, amanhã.

Confira os principais vencimentos:

  • Janeiro/2021: de 1,893% para 1,915%;
  • Janeiro/2022: de 2,670% para 2,730%;
  • Janeiro/2023: de 3,650% para 3,760%;
  • Janeiro/2025: de 5,183% para 5,310%.

Compartilhe

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Casas Bahia (BHIA3) disparam 10% e registram maior alta do Ibovespa; ‘bancão’ americano aumentou participação na varejista

28 de março de 2024 - 12:23

O JP Morgan agora é dono de mais de 5,57 milhões de papéis da companhia e deve entrar oficialmente para a lista de maiores acionistas

MERCADOS HOJE

Bolsas hoje: Ibovespa recupera os 128 mil pontos com Petrobras em alta e dólar volta aos R$ 5; Marfrig (MRFG3) dispara 13% após balanço

28 de março de 2024 - 6:58

RESUMO DO DIA: O Ibovespa iniciou a sessão desta quinta-feira (28) com dificuldade para manter o fôlego. Porém, com alta do petróleo impulsionando as ações da Petrobras, o principal índice da B3 firmou-se em território positivo e recuperou os 128 mil pontos. O dólar à vista também opera no azul e testa os R$ 5. […]

ENTREVISTA COM O GESTOR

Fundo imobiliário GARE11 anuncia novo aumento de dividendos; confira os planos do gestor para manter os proventos em alta

27 de março de 2024 - 19:01

De acordo com Gustavo Asdourian, o plano é buscar novas oportunidades para vender ativos da carteira do FII comprados a preços mais baixos com lucro

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Wall Street e bancos dão ‘empurrão’ e Ibovespa fecha em alta; dólar cai

27 de março de 2024 - 6:55

RESUMO DO DIA: Na véspera do último pregão de março e do fim do primeiro trimestre do ano, a bolsa brasileira voltou a acompanhar o tom positivo dos mercados internacionais, em dia de agenda cheia de indicadores locais. O Ibovespa encerrou o pregão com alta de 0,65%, aos 127.690 pontos. Já o dólar fechou a […]

QUEM É ELA?

Por que essa ação que disparou mais de 50% em minutos na bolsa de Nova York

26 de março de 2024 - 20:00

A euforia dos investidores com o papel foi tamanha que forçou a interrupção das negociações em meio ao aumento da volatilidade

EM BUSCA DE SOLUÇÃO

Ação do ex-dono do Grupo Pão de Açúcar desaba quase 50% na bolsa francesa em um único dia e vira “penny stock”

26 de março de 2024 - 16:28

A companhia atravessa um longo processo de reestruturação das dívidas e hoje vale apenas milhões na Bolsa de Paris

RESCISÃO ANTECIPADA E INADIMPLÊNCIA

Fundo imobiliário XP Log (XPLG11) é a nova ‘vítima’ da recuperação judicial do Dia, que quer devolver galpão e não pagou o aluguel ao FII

26 de março de 2024 - 14:58

O Grupo já havia rescindido antecipadamente outro contrato de locação com o fundo, mas não pagou a parcela de verbas rescisórias deste mês

FOI A REESTRUTURAÇÃO?

Prejuízo bilionário: Por que a Casas Bahia (BHIA3) emplacou sexto trimestre seguido no vermelho — e o que o mercado achou

26 de março de 2024 - 10:22

Ação da Casas Bahia abriu em forte queda no pregão de hoje; quantidade de itens não recorrentes no balanço chamou a atenção dos analistas

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa é arrastado pela baixa de NY e pela prévia de inflação e fecha no vermelho; dólar sobe

26 de março de 2024 - 7:14

RESUMO DO DIA: Na reta final de março, o Ibovespa até tentou retomar os 127 mil pontos. Mas novos indicadores locais, a queda das commodities e o tom negativo de Wall Street foram os verdadeiros obstáculos para o tom positivo. O Ibovespa fechou em queda de 0,05%, aos 126.863 pontos. Já o dólar subiu 0,19% […]

MEGA AQUISIÇÃO

Fundo imobiliário GARE11 compra ‘pacotão’ de R$ 843 milhões em ativos, com lojas do Pão de Açúcar e Grupo Mateus

25 de março de 2024 - 20:22

A carteira, que totaliza 140 mil metros quadrados em Área Bruta Locável (ABL), é composta por 20 imóveis de renda urbana e um do segmento logístico

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies