🔴 É AMANHÃ: ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE – VEJA COMO PARTICIPAR GRATUITAMENTE

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Alívio na bolsa

Ibovespa fecha em alta; disparada do petróleo se sobrepõe à cautela com o coronavírus

O Ibovespa subiu mais de 1%, sustentado pelo bom desempenho das ações da Petrobras em meio à forte valorização das cotações do petróleo. O dólar à vista fechou em leve alta e cravou mais um recorde nominal

Petróleo mercados Ibovespa dólar
Alta do petróleo coloca em risco a atual política de preços da Petrobras - Imagem: Shutterstock

Quem olha apenas para o fechamento do Ibovespa — alta de 1,81%, aos 72.253,46 pontos — pode imaginar que a sessão desta quinta-feira (2) foi relativamente tranquila. Afinal, é cada vez mais raro ver uma oscilação inferior a 2%, para cima ou para baixo, considerando a forte volatilidade vista nas bolsas desde o início do surto de coronavírus.

Mas essa variação 'comportada' não reflete o que foi o pregão de hoje. Desde o início do dia, tivemos um noticiário intenso, com novos elementos nos fronts da pandemia, da agenda econômica e da geopolítica — o que desencadeou reações fortes nos mercados acionários.

O aumento expressivo no número de casos de Covid-19 no mundo, a disparada nos preços do petróleo e o novo aumento expressivo no desemprego nos Estados Unidos: tudo se misturou e culminou numa sessão agitada, em que os fatores positivos se sobrepuseram aos negativos.

  • Eu gravei um vídeo para explicar a dinâmica por trás dos mercados acionários nesta quinta-feira. Veja abaixo:

O ponto-chave foi o comportamento do petróleo: a commodity abriu o dia em alta de cerca de 10% e, ainda durante a manhã, ganhou mais força, chegando a disparar mais de 30%. Ao fim do dia, o WTI para maio teve valorização de 24,67%, a US$ 25,32 o barril, enquanto o Brent para junho subiu 21,02%, a US$ 29,94.

E é claro que, num cenário desses, as ações da Petrobras assumiram o protagonismo da bolsa brasileira: os papéis ON (PETR3) fecharam em forte alta de 8,59% e os PNs (PETR4) avançaram 8,46%.

No exterior, o dia também foi de ganhos nas bolsas: em Wall Street, o Dow Jones subiu 2,24%, o S&P 500 teve alta de 2,28% e o Nasdaq avançou 1,72%; na Europa, as principais praças também terminaram a sessão no campo positivo.

Leia Também

O mercado de câmbio teve um dia relativamente tranquilo: o dólar à vista fechou em leve alta de 0,06%, a R$ 5,2662 — um desempenho pouco expressivo, mas que, ainda assim, representa uma nova máxima nominal de encerramento para a moeda americana.

Trégua no petróleo?

Os investidores já mostravam animação no mercado de commodities desde a noite de ontem, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse acreditar que Arábia Saudita e Rússia estavam perto de chegar a um acordo sobre a guerra de preços do petróleo "em um futuro não muito distante".

As cotações da commodity começaram a colapsar em março, quando sauditas e russos se desentenderam dentro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Enquanto o governo de Riad queria cortar a produção, adequando-se à menor demanda por causa do surto de coronavírus, Moscou queria manter o ritmo inalterado.

Nesse âmbito, a Arábia Saudita optou por uma estratégia pouco usual: decidiu vender seu próprio petróleo com enormes descontos, de modo a derrubar artificialmente a cotação da commodity e pressionar as finanças da Rússia, obrigando-a a negociar.

Essa estratégia fez o preço do barril de petróleo despencar para níveis inferiores a US$ 20, criando mais um enorme foco de estresse aos mercados em meio à crise do coronavírus.

Assim, as declarações de Trump serviram para injetar ânimo nos investidores — e essa animação aumentou ainda mais por volta de 11h30, quando o presidente americano foi ao Twitter para dar mais detalhes a respeito dessa possível trégua entre sauditas e russos:

"Acabei de falar com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, que conversou com o presidente Putin, da Rússia, e eu espero e acredito que eles vão cortar [a produção de petróleo] em cerca de 10 milhões de barris, talvez muito mais", escreveu Trump. "Se isso acontecer, será ótimo para a indústria de petróleo e gás".

Essa nova declaração fez o petróleo disparar ainda mais, chegando a superar os 30% de valorização — ao longo do dia, perdeu parte da força, mas ainda fechou a sessão com altas expressivas, de mais de 20%.

Apesar de o salto da commodity ter sido expressivo, vale ressaltar que os níveis de preço ainda estão relativamente baixos, na faixa entre US$ 25 e US$ 30 o barril — em abril do ano passado, o petróleo era negociado na faixa entre US$ 60 e US$ 70 o barril.

De qualquer maneira, trata-se de um estímulo importante e um alívio bem vindo num dos focos de tensão dos investidores nos últimos dias — e que ajudou a Petrobras a recuperar parte do terreno perdido recentemente.

Cautela com o coronavírus

Apesar da injeção de ânimo no mercado de commodities, fato é que os investidores continuam bastante receosos quanto aos desdobramentos do surto de coronavírus para a economia global.

Segundo levantamento da universidade americana Johns Hopkins, o número total de infectados pela doença no mundo superou hoje a marca de 1 milhão de pessoas — as mortes já ultrapassam a barreira de 50 mil. No Brasil, já são 7.910 contaminados, com 299 óbitos.

Somou-se a esse quadro preocupante os novos dados desanimadores do mercado de trabalho nos EUA, evidenciando o impacto da pandemia sobre o nível de atividade do país e redobrando a cautela dos agentes financeiros.

Os novos pedidos de auxílio-desemprego na semana encerrada em 28 de março dispararam para 6,648 milhões, quase o dobro dos 3,341 milhões registrados na semana anterior. É um novo recorde histórico e um número muito acima das projeções do Wall Street Journal, de 3,1 milhões.

Juros em baixa

No mercado de juros futuros, o dia foi ajustes negativos na ponta mais curta. Com mais um sinal de que a economia global será fortemente afetada pelo surto de coronavírus, os investidores aumentaram as apostas em um novo corte na Selic e na manutenção das taxas em patamares mais baixos por um período prolongado:

  • Janeiro/2021: de 3,24% para 3,17%;
  • Janeiro/2022: de 4,21% para 4,00%;
  • Janeiro/2023: de 5,39% para 5,37%;
  • Janeiro/2025: de 6,97% para 6,93%.

Top 5

Além da Petrobras, outros papéis de empresas exportadoras, como Suzano ON (SUZB3) e as units da Klabin (KLBN11), também apareceram na ponta positiva do Ibovespa, beneficiados pelo patamar mais elevado do dólar à vista.

As ações de companhias aéreas, como Gol PN (GOLL4) e Azul PN (AZUL4), recuperaram parte das perdas expressivas de ontem. Veja abaixo as maiores altas do índice nesta quinta-feira:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
RENT3Localiza ON26,14+10,30%
CVCB3CVC ON10,25+9,04%
CRFB3Carrefour Brasil ON21,47+8,87%
PETR3Petrobras ON15,43+8,59%
HYPE3Hypera ON29,52+8,49%

Confira também as maiores quedas do Ibovespa:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
VVAR3Via Varejo ON4,38-5,81%
COGN3Cogna ON3,66-5,43%
YDUQ3Yduqs ON20,62-4,98%
MGLU3Magazine Luiza ON35,89-4,24%
JBSS3JBSON20,90-4,00%

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
RECICLANDO PORTFÓLIO

FII Guardian Real Estate (GARE11) negocia venda de 10 lojas por mais de R$ 460 milhões; veja quanto os cotistas ganham se a operação sair do papel

27 de junho de 2025 - 11:32

Todos os imóveis estão ocupados atualmente e são locados por grandes varejistas: o Grupo Mateus e o Grupo Pão de Açúcar

DINÂMICA E EFICIÊNCIA

ETFs ganham força com a busca por diversificação em mercados desafiadores como a China

26 de junho de 2025 - 18:18

A avaliação foi feita por Brendan Ahern, CIO da Krane Funds Advisors, durante o Global Managers Conference 2025, promovido pelo BTG Pactual Asset Management

COLHENDO OS FRUTOS

Pátria Escritórios (HGRE11) na carteira: BTG Pactual vê ainda mais dividendos no radar do FII

26 de junho de 2025 - 18:01

Não são apenas os dividendos do fundo imobiliários que vêm chamando a atenção do banco; entenda a tese positiva

RENDA VARIÁVEL

Fim da era do “dinheiro livre”: em quais ações os grandes gestores estão colocando as fichas agora?

26 de junho de 2025 - 17:39

Com a virada da economia global e juros nas alturas, a diversificação de investimentos ganha destaque. Saiba onde os grandes investidores estão alocando recursos atualmente

GLOBAL MANAGERS CONFERENCE

Excepcionalismo da bolsa brasileira? Não é o que pensa André Esteves. Por que o Brasil entrou no radar dos gringos e o que esperar agora

26 de junho de 2025 - 16:48

Para o sócio do BTG Pactual, a chave do sucesso do mercado brasileiro está no crescente apetite dos investidores estrangeiros por mercados além dos EUA

MERCADOS HOJE

Bolsa em alta: investidor renova apetite por risco, S&P 500 beira recorde e Ibovespa acompanha

26 de junho de 2025 - 15:58

Aposta em cortes de juros, avanço das ações de tecnologia e otimismo global impulsionaram Wall Street; no Brasil, Vale, Brasília e IPCA-15 ajudaram a B3

DE OLHO NO BRASIL

Ibovespa calibrado: BlackRock lançará dois ETFs para investir em ações brasileiras de um jeito novo

26 de junho de 2025 - 13:59

Fundos EWBZ11 e CAPE11 serão listados no dia 30 de junho e fazem parte da estratégia da gestora global para conquistar mais espaço nas carteiras domésticas

NOVAS PREFERÊNCIAS

Todo mundo quer comprar Bradesco: Safra eleva recomendação para ações BBDC4 e elege novos favoritos entre os bancões

25 de junho de 2025 - 17:24

Segundo o Safra, a mudança de preferência no setor bancário reflete a busca por “jogadores” com potencial para surpreender de forma positiva

FOME DE AQUISIÇÃO

Apetite do TRXF11 não tem fim: FII compra imóvel ocupado pelo Assaí após adicionar 13 novos ativos na carteira

25 de junho de 2025 - 16:19

Segundo a gestora, o ativo está alinhado à estratégia do fundo de investir em imóveis bem localizados e que beneficia os cotistas

BANCOS NA CARTEIRA

Até os gringos estão com medo de investir no Banco do Brasil (BBAS3) agora. Quais as novas apostas dos EUA entre os bancos brasileiros?

25 de junho de 2025 - 11:50

Com o Banco do Brasil em baixa entre os investidores estrangeiros, saiba em quais ações de bancos brasileiros os investidores dos EUA estão apostando agora

GUIA DOS FUNDOS

FIIs de papel são os preferidos do Santander para estratégia de renda passiva; confira a carteira completa de recomendação

24 de junho de 2025 - 18:57

Fundos listados pelo banco tem estimativas de rendimento com dividendos de até 14,7% em 12 meses

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Mesmo com petroleiras ‘feridas’, Ibovespa sobe ao lado das bolsas globais; dólar avança a R$ 5,5189

24 de junho de 2025 - 17:51

Cessar-fogo entre Israel e Irã fez com que os preços da commodity recuassem 6% nesta terça-feira (24), arrastando as empresas do setor para o vermelho

JOGADA TÁTICA

Não é hora de comprar Minerva (BEEF3): BTG corta preço-alvo das ações, mas revela uma oportunidade ainda mais suculenta

24 de junho de 2025 - 17:25

Os analistas mantiveram recomendação neutra para as ações BEEF3, mas apontaram uma oportunidade intrigante que pode mexer com o jogo da Minerva

TURISMO NA LIDERANÇA

CVC (CVCB3) decola na B3: dólar ajuda, mas otimismo do mercado leva ação ao topo do Ibovespa

24 de junho de 2025 - 15:33

A recuperação do apetite ao risco, o fim das altas da Selic e os sinais de trégua no Oriente Médio renovam o fôlego das ações ligadas ao consumo

ROADSHOW NOS EUA

É hora do Brasil: investidores estrangeiros estão interessados em ações brasileiras — e estes 4 nomes entraram no radar

24 de junho de 2025 - 13:41

Vale ficou para trás nos debates, mas uma outra empresa que tem brilhado na bolsa brasileira mereceu uma menção honrosa

REAÇÃO AO RESULTADO

Ações da São Martinho (SMTO3) ficam entre as maiores quedas do Ibovespa após resultado fraco e guidance. É hora de pular fora?

24 de junho de 2025 - 12:40

Do lado do balanço, o lucro líquido da companhia encolheu 83,3% no quarto trimestre da safra 2024/2025 (4T25); veja o que dizem os analistas

PREPARA O BOLSO

Porto Seguro (PSSA3) e Grupo Mateus (GMAT3) vão distribuir mais de R$ 450 milhões em JCP; confira os detalhes

23 de junho de 2025 - 19:04

A seguradora ainda não tem data para o pagamento, já o Grupo Mateus deposita os proventos ainda neste ano, mas vai demorar

TENSÃO NAS ALTURAS

Retaliação: Irã lança mísseis contra bases dos EUA, e petróleo desaba no exterior; Petrobras (PETR4) cai na B3

23 de junho de 2025 - 14:32

Após a entrada dos EUA no conflito, o Irã lançou mísseis contra a base aérea norte-americana no Catar, segundo agências de notícias

ACIMA DA MÉDIA

Comprado em Brasil: UBS eleva recomendação para ações e vê país como segundo mercado mais atraente entre os emergentes; veja o porquê

23 de junho de 2025 - 13:29

Banco suíço considera as ações do Brasil “baratas” e vê gatilhos para recuperação dos múltiplos de avaliação à frente

SEM SURTO

Por que o mercado não se apavorou com o envolvimento dos EUA no conflito entre Irã e Israel? Veja como está a repercussão

23 de junho de 2025 - 10:40

Mesmo com envolvimento norte-americano no conflito e ameaça de fechamento do estreito de Ormuz, os mercados estão calmos. O que explica?

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar