🔴 ESTA FERRAMENTA PODE MULTIPLICAR SEU INVESTIMENTO EM ATÉ 285% – SAIBA MAIS

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances O Roteirista, Abandonado e Os Jogadores
Gestão na crise

Com BR Distribuidora, Via Varejo e Vale nos fundos, Opportunity vê bolsa barata se país superar risco fiscal

Ações têm espaço para subir se o governo encontrar uma solução para encaixar o Renda Cidadã no orçamento sem “chutar o balde”, diz Luiz Felipe Constantino, sócio e gestor do Opportunity

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
21 de outubro de 2020
6:02 - atualizado às 20:12
Luiz Constantino, sócio e gestor do Opportunity
Luiz Constantino, sócio e gestor do Opportunity - Imagem: Reprodução

O risco de se investir na bolsa diante da enorme incerteza fiscal não é desprezível. Mas as ações estão baratas e têm espaço para subir se o governo encontrar uma solução para encaixar o Renda Cidadã no orçamento sem “chutar o balde”. A análise é de Luiz Felipe Constantino, sócio e gestor do Opportunity.

Ele está otimista com o desempenho da bolsa, e um termômetro desse sentimento é a posição do fundo “long bias” do Opportunity, que pode aumentar ou reduzir a exposição à renda variável dependendo da visão de mercado.

Leia também:

“Decidimos aumentar a posição recentemente de 70% para perto de 80% depois que o governo procurou ajustar o discurso fiscal”, me disse Constantino, em uma entrevista por videoconferência.

A maioria das pessoas ainda relaciona o nome do Opportunity ao banqueiro Daniel Dantas e suas polêmicas disputas com fundos de pensão. Mas no mercado a instituição também é reconhecida como uma das mais competentes em matéria de gestão de fundos, com quase R$ 75 bilhões em patrimônio, sendo mais da metade em ações.

O Opportunity tem como estratégia comprar e manter posições na bolsa por longos períodos e após um trabalho extenso de pesquisa — o chamado “buy and hold”. Para dar apenas um exemplo, os fundos possuem participação na Equatorial Energia há sete anos.

A empresa de distribuição de energia ainda representa uma das maiores posições dos fundos sob a alçada direta de Constantino, que somam R$ 4,3 bilhões em patrimônio.

Na ordem, hoje as principais apostas da Constantino e sua equipe estão nas ações da BR Distribuidora (BRDT3), Vale (VALE3), Via Varejo (VVAR3), Equatorial (EQTL3) e Energisa (ENGI11). A seguir você confere a visão do sócio do Opportunity para cada uma delas:

BR Distribuidora (BRDR3)

“A BR Distribuidora vem passando por várias mudanças importantes. A primeira foi na diretoria, com pessoas que a gente julga bastante capazes. Junto com isso, os minoritários conseguiram eleger um conselho de administração que consideramos um dos melhores na bolsa.

A BR Distribuidora também tem uma marca líder no setor de combustíveis, em que escala é importante. A gente enxerga a empresa com melhores processos e reduzindo a diferença de rentabilidade entre os principais concorrentes — Ultra (Ipiranga) e Raízen (Shell) —, que era mais de 30% na relação entre o Ebitda por volume em m3 distribuído.

A BR vinha perdendo participação de mercado consistentemente para os concorrentes, mas voltou a ter uma dinâmica mais favorável. Já houve uma evolução fantástica dos resultados e a gente acha que a empresa inclusive está entrando na fase de ver que existe um potencial maior do que o que está sendo atingido.”

Vale (VALE3)

“Após a tragédia de Brumadinho, a Vale entrou em modo de reparação de danos — como deveria ter ficado mesmo. Mas desde então abriu-se um desconto muito grande entre ela e os pares. O mercado chegou a colocar um desconto de 4 a 5 vezes em relação ao valor efetivo que vai ser a reparação, e muito por essa visão mais negativa em relação às questões ESG [sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança].

Desde então o foco total da Vale tem sido evitar qualquer risco a mais. Acho que a empresa tem endereçado esses problemas e ao longo do tempo vai conseguir passar a mensagem de que os erros do passado estão sendo corrigidos e buscar esse aval da sociedade novamente. Então o desconto ficou muito grande para a ação, ainda mais com o a recuperação do mercado de minério de ferro. A geração de caixa hoje da empresa está brutal.

Claro que o preço do minério hoje está mais alto do que o de equilíbrio, então a gente espera uma queda. Mas a Vale é a produtora de mais baixo custo do mercado, está pouco endividada e tem a capacidade de aguentar qualquer virada no ciclo. Mesmo num nível de minério mais baixo a Vale ainda é muito rentável.

A empresa ainda está muito barata apesar da valorização recente. Parte desse desempenho veio da alta do dólar contra o real. A Vale é uma empresa “dolarizada”, e isso inclusive se encaixa bem no portfólio dos fundos do Opportunity, por ser menos dependente de Brasil e ajudar a diversificar o tipo de risco da nossa carteira.

Via Varejo (VVAR3)

“Passamos por toda a montanha-russa de emoções que viveu a Via Varejo. A gente entrou no leilão da venda da participação do GPA em 2019 junto com a família Klein e outros fundos.

Ao preço de R$ 4,90 da época, nós achávamos que tinha muito ‘mato alto’ na empresa para consertar. Em um setor com margens baixas, só de acertar as relações com os fornecedores e melhorar operação das lojas, a ação valeria razoavalmente mais. Essa era a aposta inicial.

Ao longo do tempo, fomos ganhando mais confiança na Via Varejo mesmo com a ação subindo, mas na época ainda vínhamos um risco muito grande de execução. A chance de dar errado era alta, então nós mantínhamos uma posição pequena, menos da metade da atual.

Quando chegou a crise, a gente achava que a Via Varejo tinha dado azar, porque apesar de ser muito bem tocada e dos avanços ainda não tinha feito a migração para o digital. A nossa aposta era na revisão de processos e melhoria das lojas físicas. Não havia uma expectativa em relação às vendas online.

A Via Varejo estava no início desse processo e a estrutura de capital não estava equilibrada, enquanto os principais concorrentes estavam com caixa. Nosso medo era que a empresa precisasse fazer uma oferta a um preço tão baixo que o acionista seria muito diluído. Por isso nós chegamos a reduzir um pouco a posição no Opportunity começo de março.

Naquele momento da crise, com as lojas físicas fechadas e online muito pequeno, a expectativa era que as vendas caíssem 70%. O que aconteceu, para nossa surpresa, foi que em abril as vendas da Via Varejo caíram só 30%. O online cresceu mais do que qualquer um esperava.

Então ganhamos ainda mais confiança na diretoria e decidimos voltar a comprar. Quando a empresa fez a oferta, aumentamos a nossa posição, que hoje é uma das mais relevantes dos fundos.

A gente acredita que hoje o risco da Via Varejo diminuiu muito. Se antes a empresa estava barata, mas com risco alto, agora com a estrutura de capital balanceada e mais confiança a gente acha que ainda tem muito espaço para a companhia andar.”

Equatorial (EQTL3) e Energisa (ENGI11)

“A natureza do investimento em Equatorial e Energisa é muito parecido. Ambas as empresas têm diretorias muito competentes. O setor não deveria ter sofrido tanto com a crise, e as ações ficaram muito descontadas. Por isso aumentamos recentemente nossas posições nos fundos do Opportunity.

O negócio de distribuição de energia é muito baseado em processos e execução. E elas mostraram ao longo do tempo que conseguem resultados superiores, baseadas nessa cultura de eficiência de custos, redução de perdas de energia e de inadimplência.

A Equatorial está mais acostumada a pegar concessões muito problemáticas. A companhia já tinha feito um processo de virada muito forte na Cemar, que hoje é uma das mais eficientes, e está fazendo a mesma coisa na Celpa. A companhia recentemente comprou da Eletrobras a Cepisa, do Piauí, e a Ceal, de Alagoas, que devem ir na mesma direção.

Já a Energisa consegue ter concessões muito eficientes em empresas que de início não eram muito complicadas, mas que passaram a ter um nível eficiência muito grande na operação.”

Compartilhe

Proventos

Usiminas (USIM5) e Banrisul (BRSR6) anunciam dividendos; veja quanto as empresas vão pagar e quem poderá receber

25 de abril de 2024 - 19:12

Siderúrgica vai pagar R$ 330 milhões, enquanto o banco gaúcho distribuirá R$ 75 milhões aos acionistas

DESTAQUES DA BOLSA

Cogna (COGN3) nota 10? Banco estrangeiro passa a recomendar compra das ações, que lideram altas da B3

25 de abril de 2024 - 13:39

O banco também avalia um preço justo para as ações entre R$ 2,80 e R$ 4,40, o que representa um potencial valorização das ações de até 120%

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Com ‘cabo de guerra’ entre Petrobras (PETR4) e Wall Street, Ibovespa fecha em leve queda; dólar sobe a R$ 5,16

25 de abril de 2024 - 6:56

RESUMO DO DIA: O dia ficou nublado para os mercados acionários com a divulgação de novos dados econômicos nos Estados Unidos e um impasse de meses solucionado na Petrobras (PETR4). Com alguns raios de sol patrocinados pela petroleira, o Ibovespa sustentou os 124 mil pontos, mas ainda assim termino o dia entre nuvens.  O principal […]

CONFIRA O CRONOGRAMA

Magazine Luiza (MGLU3) recebe sinal verde para grupamento de ações e dá prazo para acionistas ajustarem as posições

24 de abril de 2024 - 19:02

A operação será feita na proporção de 10:1. Ou seja, grupos de 10 papéis MGLU3 serão unidos para formar uma única nova ação

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa cai com bancos e NY antes de resultados da Vale (VALE3); dólar sobe a R$ 5,14

24 de abril de 2024 - 6:46

RESUMO DO DIA: O Ibovespa está encarando uma montanha-russa nesta semana, com a temporada de balanços corporativos ganhando tração e Brasília voltando a dividir as atenções dos investidores. Depois de começar o dia em alta, o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão com queda de 0,33%, aos 124.740 pontos. Já o dólar recuperou […]

DESTAQUES DA BOLSA

Exame bem feito: Fleury (FLRY3) acerta o diagnóstico com aquisição milionária e ações sobem 4%

23 de abril de 2024 - 14:04

A aquisição marca a entrada do Grupo Fleury em Santa Catarina com a estratégia B2C, o modelo de negócio direto ao consumidor

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa recua com pressão de Vale (VALE3) na véspera do balanço; dólar cai após dados nos EUA

23 de abril de 2024 - 7:06

RESUMO DO DIA: O Ibovespa até começou a semana com o pé direito, mas hoje faltou impulso para sustentar a continuidade de ganhos da véspera O Ibovespa fechou com queda de 0,34%, aos 125.148 pontos. O dólar à vista segue enfraquecido e terminou o dia a R$ 5,1304, com baixa de 0,74%. Por aqui, o […]

SEM PARAR

A bolsa nunca mais vai fechar? O plano da Bolsa de Valores de Nova York para negociar ações 24 horas por dia, sete dias da semana

22 de abril de 2024 - 17:22

O tema esquentou nos últimos anos por conta da negociação de criptomoedas e também por concorrentes da Nyse, que tentam registro para funcionar sem intervalo

EXCLUSIVO

Gestor do Quasar Agro (QAGR11) acusa Capitânia de “estratégia predatória” em disputa sobre FII com mais de 20 mil cotistas na B3 

22 de abril de 2024 - 13:32

A Capitânia solicitou no mês passado uma assembleia para discutir uma possível troca na gestão do fundo imobiliário

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Com Petrobras (PETR4) e Wall Street, Ibovespa fecha em alta; dólar cai e volta para o nível abaixo de R$ 5,20

22 de abril de 2024 - 6:54

RESUMO DO DIA: A Petrobras (PETR4) deu o tom do pregão mais uma vez e impulsionou o principal índice a bolsa brasileira, mas sem desprezar o apoio de Wall Street. O Ibovespa fechou em alta de 0,36%, aos 125.573 pontos. Já o dólar seguiu a trajetória de queda e fechou a R$ 5,1687, com baixa […]

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar