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Cotações por TradingView
Felipe Saturnino
Felipe Saturnino
Graduado em Jornalismo pela USP, passou pelas redações de Bloomberg e Estadão.
forte queda

Dólar tomba 2,5% e volta a níveis de setembro com Biden perto da vitória

Na semana, a moeda acumulou queda de 6%, embora suba ainda 35% no ano; maior leveza do cenário político local também contribui com fraqueza do dólar

Felipe Saturnino
Felipe Saturnino
6 de novembro de 2020
16:45 - atualizado às 17:39
Dólar fraco queda
Imagem: Shutterstock

É um dia raro em 2020: tombo do dólar. A moeda americana cai 2,5% por volta das 16h30, sendo cotada aos R$ 5,40, no nível mais baixo desde 22 de setembro, quando era negociada a R$ 5,39.

A explicação principal é simples: um novo presidente americano com uma retórica — e ação — provavelmente menos protecionista, Joe Biden, favorecerá moedas de países emergentes, o que enfraquece o dólar globalmente.

E os investidores parecem ter se lembrado, repentinamente, de que o real existe.

"É importante só observar que o real estava bem fora do radar dos gringos há algum tempo", diz Italo Abucater, gerente de câmbio da Tullett Prebon, citando que a venda global de dólar faz investidores comprarem outras moedas, como a brasileira. "É 100% efeito Biden hoje."

Em 2020, o dólar subiu, até o momento, incríveis 35% frente ao real, atingindo os maiores níveis históricos frente à moeda brasileira.

Nunca é o bastante lembrar que este ano foi atípico, já que tivemos a maior pandemia em um século, o que estressou os investidores e exigiu a ida para ativos mais seguros, entre os quais está a moeda americana.

O movimento de alívio na taxa de câmbio também vem na esteira de sinalizações mais leves provenientes do cenário político brasileiro.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que tem a intenção de retomar a agenda de reformas econômicas parada na Casa após o primeiro turno das eleições — ou seja, a partir do dia 16.

Nesta semana, a disposição do Congresso em votar os vetos do presidente Jair Bolsonaro — como o veto ao prolongamento da desoneração da folha de pagamentos, que foi derrubado — e a aprovação no Senado do projeto de autonomia do Banco Central também contribuíram para o tombo do dólar.

Com tantos ventos positivos, na semana, a moeda acumulou queda de 6%.

"Hoje é dia de otimismo, o fator que guia os negócios sem dúvida é externo", diz Paulo Nepomuceno, analista de renda fixa da Terra Investimentos. "Mas o Maia dar essa sinalização ajuda muito."

Nepomuceno menciona que os mercados de câmbio e juros estão se reajustando após reações exageradas. Nessa mesma linha, o ministro da Economia Paulo Guedes disse há pouco que a taxa de câmbio já teve o seu "overshooting" — isto é, uma reação desproporcional de um ativo.

Ainda assim, a situação brasileira não é fácil, com a conjuntura doméstica trazendo fatores que podem limitar uma queda prolongada do dólar.

"Na minha opinião, dólar abaixo de R$ 5,50 é uma grande farsa", diz Abucater, da Tullett Prebon. "Por toda nossa conjuntura: fiscal comprometido e, sem taxas de juros atrativa, não tem entrada de grana."

Enquanto isso, o Ibovespa opera perto da estabilidade. Acompanhe a cobertura completa de mercados do Seu Dinheiro.

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