Após aumento de custos e queda nos lucros, Credit Suisse corta preço-alvo para ações da Cielo
Entre os pontos de atenção citados pelos analistas no relatório está a queda de margens, que alcançaram os menores níveis já vistos

Depois de apresentar mais um trimestre complicado, com crescimento de custos e encolhimento recorde das margens, o Credit Suisse decidiu cortar hoje (28) o preço-alvo em 12 meses para as ações da gigante de maquininhas de cartão, Cielo (CIEL3). Anteriormente, o preço era de R$ 7, agora é de R$ 6, o que representa uma queda de 14,3% em relação ao fechamento da ontem (27).
Por conta dos resultados, os analistas Tito Labarta, Gustavo Schroden, Jonathan Uriel Schajnovetz, Ashok Sivamohan optaram por manter a recomendação de venda para os papéis em relatório divulgado a clientes.
Hoje, as ações da Cielo terminaram o dia com forte alta de 3,57%, cotadas em R$ 7,25. Mas, nos últimos 12 meses, o desconto das ações da companhia é um dos reflexos dos problemas que a empresa vem passando para se manter na liderança no setor de adquirência, com uma desvalorização de mais de 29%.
Entre os pontos de atenção citados pelos analistas no relatório está a queda de margens. Os quatro destacaram que houve recuo especificamente na margem líquida, que terminou em 8,1% (-17,0 ponto percentual), e na margem Ebitda, que fechou o período em 22,9% (-13,5 ponto percentual). Com isso, ambas alcançaram os menores níveis já vistos.
Eles também afirmaram que a contração nos lucros e no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) foi influenciada principalmente pelo crescimento de custos relacionados às vendas de maquininhas de Stelo e Cielo.
Os resultados do quarto trimestre mostram que a Cielo registrou uma queda 49,7% no lucro líquido de 2019. No quarto trimestre, o lucro líquido também despencou 68% e somou R$ 242,4 milhões.
A empresa reportou ainda um aumento de custos relacionados à venda de maquininhas da ordem de 22% na comparação com o mesmo período do ano passado. Também houve expansão de 9% desse custo na comparação com o trimestre anterior.
Além disso, os especialistas pontuaram que as despesas operacionais cresceram 12% na comparação com o mesmo período do ano passado e 14% na comparação com o trimestre anterior. Entre as razões estão o aumento de gastos com marketing e campanhas para defender a liderança no mercado.
Outro ponto de atenção para eles foi a expansão das despesas financeiras, por conta do aumento de provisões trabalhistas e perdas de maquininhas.
Diante de tal cenário, os quatro disseram que "os resultados não seriam bem recebidos pelo mercado, porque não parece existir um ponto de inflexão no horizonte".
Um olho nas vendas, outro na receita
Apesar dos pontos negativos, os analistas disseram que o volume de vendas realizadas nas maquininhas da Cielo demonstrou um crescimento acelerado de 12,6%, para R$ 190 bilhões.
Mas fizeram algumas ressalvas. Entre elas está o fato de que a receita líquida caiu 1,2%, para R$ 2,975 bilhões e que o "yield", - que representa o percentual das vendas realizadas nas maquininhas que se transforma em receita -, continuou a recuar.
Na ocasião, o yield passou de 0,75% no terceiro trimestre para 0,70% nos meses de outubro a dezembro. No quarto trimestre de 2018, o indicador estava em 0,97%.
Segundo os analistas, o resultado é reflexo do aumento da competição e entrada de players cada vez maiores no setor.
Felipe Miranda: Haddad tem sido bom ministro; Paulo Guedes é melhor economista, mas tenho dúvidas se foi bem no governo
Em edição especial de 5 anos do SD, o podcast Touros e Ursos recebeu o fundador e estrategista-chefe da Empiricus, que avaliou o governo Lula, falou sobre o que tira seu sono nos mercados e indicou suas ações preferidas para os próximos cinco anos
O telefone tocou novamente: Itaú BBA vê potencial de alta de quase 30% para ações da Vivo (VIVT3) — sem contar os dividendos
Analistas do banco retomaram a cobertura das ações da Telefônica Brasil, dona da Vivo (VIVT3), com recomendação outperform (equivalente a compra)
HCTR11 despenca 31% em setembro e anota maior queda do IFIX; fundo imobiliário sofreu com calotes e cortou dividendos — relembre
O desempenho do FII é afetado pelo mesmo fator desde março deste ano: a inadimplência de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) do portfólio
‘Vaca leiteira’ alemã: Banco anuncia 3 bilhões de euros em dividendos e ação dispara quase 15%
Com uma mudança na política de retorno de capital, o segundo maior banco da Alemanha decidiu aumentar o pagamento aos acionistas
Bolsa hoje: Dólar volta aos R$ 5 após subir mais de 1% em setembro; Ibovespa avança aos 116 mil pontos
RESUMO DO DIA: No último pregão de setembro, o Ibovespa operou em alta na esteira das commodities metálicas, enquanto as bolsas internacionais terminaram o dia sem direção única. Os mercados de ações da Europa fecharam em alta diante da desaceleração maior que a esperada da inflação ao consumidor da Zona do Euro — o que […]
Dólar de volta aos R$5: o que está por trás da alta da moeda norte-americana e o que esperar daqui para frente
Na última quarta-feira (27), o dólar voltou a operar na casa dos R$ 5,00 em meio à cautela externa e de olho em movimentações domésticas. Por volta das 14h15 (horário de Brasília), a moeda americana atingiu a máxima intradiária cotada a R$ 5,0605, com alta de 1,46%. Hoje, apesar de ter registrado queda de 0,16%, o […]
Lojas Renner (LREN3), Casas Bahia (BHIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) em alta: Por que as ações de varejo sobem hoje na B3
O setor surfa na onda positiva do Ibovespa hoje na reta final de setembro
Fundo imobiliário RZTR11 estima lucro de mais de R$ 73 milhões após venda de fazenda e deve pagar dividendos maiores; confira o valor por cota
O FII assinou um contrato para vender a Fazenda Roma, uma propriedade com área total de 13,7 mil hectares localizada no Tocantins, por R$ 112 milhões
Bolsa hoje: Ibovespa sobe 1% e dólar recua a R$ 5,03 com apetite ao risco no exterior e commodities metálicas
RESUMO DO DIA: Com a agenda cheia no exterior e mercados mais voláteis, o Ibovespa operou instável na maior parte do pregão e encerrou o dia em tom positivo. Lá fora, os investidores reagiram à leitura final do PIB dos EUA no segundo trimestre. Em ritmo anualizado, a economia norte-americana cresceu 2,1% entre abril e […]
Petrobras (PETR4) foi uma das melhores ações dos últimos 5 anos, mas campeã foi outra petroleira, com alta de mais de 2.000%; veja ranking
Nesses primeiros cinco anos de Seu Dinheiro, bitcoin teve o melhor desempenho, e dólar teve o pior; veja o balanço completo dos melhores e piores investimentos, ações e fundos imobiliários no período
Leia Também
-
O telefone tocou novamente: Itaú BBA vê potencial de alta de quase 30% para ações da Vivo (VIVT3) — sem contar os dividendos
-
HCTR11 despenca 31% em setembro e anota maior queda do IFIX; fundo imobiliário sofreu com calotes e cortou dividendos — relembre
-
‘Vaca leiteira’ alemã: Banco anuncia 3 bilhões de euros em dividendos e ação dispara quase 15%
Mais lidas
-
1
Haja café com leite! Lotofácil tem ganhadores em SP e MG, mas só um deles ficou milionário; Quina e Mega-Sena acumulam de novo
-
2
Casa própria vai sair de graça no Minha Casa Minha Vida: governo anuncia isenção nas prestações do programa; veja quem terá direito
-
3
Filme ‘Som da Liberdade’ lidera bilheterias no Brasil e produtora libera ingressos gratuitos