O mercado em 140 caracteres
Tuíte de Donald Trump causou turbulências nos mercados financeiros. No Brasil, Maia faz um apelo a Bolsonaro e seus aliados em prol da reforma da Previdência
Durante muitos anos eu trabalhei em serviços de notícias em tempo real voltadas ao mercado financeiro. As reportagens e análises que eu escrevia iam parar naquelas telas cheias de gráficos com as quais os profissionais de corretoras e bancos trabalham.
Era curioso publicar uma notícia ou uma mera manchete no terminal e assistir em questão de segundos à ação da empresa citada subir ou cair.
Por isso foi marcante para mim quando um colega me apresentou a um fenômeno novo. As ações do setor de energia reagiam naquele dia não a uma notícia nossa ou de um concorrente, mas por uma publicação de um dirigente da agência reguladora em uma rede social.
Sei que não é uma exclusividade do jornalismo, mas a minha profissão passa por uma verdadeira revolução com o avanço das mídias digitais.
De lá para cá, passou a ser natural autoridades se manifestarem diretamente em redes sociais. Que o digam Jair Bolsonaro e, principalmente, Donald Trump.
Pode-se dizer que o mercado hoje se movimentou em torno de duas postagens do presidente americano no Twitter. Primeiro, ele anunciou o adiamento do aumento das tarifas sobre produtos chineses, que estava previsto para o dia 1º de março.
O efeito deveria ser positivo para a bolsa brasileira, só que uma outra postagem de Trump, desta vez sobre o petróleo, acabou azedando o humor dos investidores e fez o Ibovespa fechar o dia em queda. Confira mais detalhes na nossa cobertura de mercados.
Conservador, mas afiado
Depois dos grandes bancos de varejo, hoje foi a vez do BTG Pactual divulgar seus resultados. A instituição registrou lucro de R$ 2,741 bilhões, uma redução 7,1% em relação a 2017, e atribuiu a queda à alocação de risco conservadora e às condições “desafiadoras” do mercado. E durante a teleconferência com analistas para comentar os números, o presidente do BTG, Roberto Sallouti, mandou um recado para a XP Investimentos, com quem o banco trava uma disputa feroz pelo mercado de plataformas de investimento.
Ajuda, capitão!
Se quiser realmente levar adiante a proposta de reforma da Previdência, Jair Bolsonaro terá de tomar a linha de frente da “batalha da comunicação”. O aviso foi dado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que tem sido um dos avalistas do projeto. Para ele, Bolsonaro tem de ir “para as redes” para rebater as críticas nem sempre verdadeiras contra a reforma. Hoje, por exemplo, não havia nenhuma postagem do presidente no Twitter sobre o assunto. Recomendo a leitura desta análise do Edu Campos sobre a entrevista de Maia.
Dia 56 de Bolsonaro - O pedido de um aliado
A Venezuela segue em pauta e o vice-presidente, Hamilton Mourão, que representa o Brasil em reunião na Colômbia, ao lado do chanceler Ernesto Araújo, disse que o Brasil quer que o país volte ao “convívio democrático”, sem “medida extrema”. Por aqui, o presidente Jair Bolsonaro usou o... (leia mais)
Na ponta do lápis
O modelo insustentável da atual Previdência exigirá de todos nós uma cota de sacrifício na reforma que está atualmente na Câmara. Eu, por exemplo, terei que trabalhar por mais uns bons anos para ter direito à aposentadoria. O nosso colunista Ivan Sant’Anna também resolveu abrir as contas dele e mostra a importância de poupar recursos para além do benefício quase sempre insuficiente que o INSS nos reserva.
Sejam bem-vindos!
Demorou, mas aos poucos o Tesouro Direto começa a cair nas graças do brasileiro. Em janeiro, o número de investidores em títulos públicos teve um salto recorde, flertando ali com os 59 mil novos acessos. A notícia é para se comemorar (e muito!), já que o TD é uma das melhores alternativas de aplicação de baixo risco em renda fixa. Saiba mais sobre os dados do Tesouro Direto no primeiro mês de 2019 e acesse lá dentro o nosso guia de como investir.
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