Para Guedes, atraso da Previdência na CCJ foi um pequeno resvalo
Ministro também fez aceno a governadores falando que pode antecipar de R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões do pré-sal se tiver garantia de que as reformas serão aprovadas

O ministro da Economia, Paulo Guedes, classificou de “pequeno resvalo” o atraso em mais uma semana na tramitação da reformada Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.
“A coisa do ponto de vista político já estava equacionada. Houve um pequeno resvalo na condução dos trabalhos lá e a coisa foi pra terça-feira, mas com a expectativa política de que será aprovada”, disse Guedes.
O ministro foi questionado sobre o assunto ao deixar a residência oficial do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, onde participou de um almoço.
O relator da reforma na CCJ, delegado Marcelo Freitas, anunciou que fará mudanças no seu parecer que até então era favorável integralmente ao texto enviado pelo Executivo. Com isso, a votação prevista para hoje deve ocorrer só na semana que vem.
Guedes disse que o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também esteve no almoço e disse que “a coisa estava quase toda acertada e aí tem esses pequenos ajustes que vem até de uma relativa inexperiência. Tem um grupo chegando e tinha um grupo já estabelecido que conhece mais as práticas regimentais”.
Sobre eventuais mudanças no texto, Guedes disse que não “entra mais nisso”, que a decisão é do Parlamento, mas que foi informado que a CCJ não poderia fazer modificações no mérito, preservando a integridade do projeto e avaliando sua constitucionalidade.
Leia Também
“A hora de fazer política não é dentro da CCJ, ali é análise técnica. Não seria adequado. Mas falo sem conhecimento de causa, não sou político. Parece equivocado mexer no potencial fiscal ou no mérito e fazer movimento político antes da hora, movimento político é na discussão da comissão especial”, disse.
Segundo ministro, a movimento não faria parte de nenhuma estratégia, “temos de fazer o que é certo”.
Reformas por dinheiro aos Estados
Guedes esteve discutindo a revisão do Pacto Federativo e os planos de ajuda emergencial aos Estados com o presidente do Senado.
Segundo o ministro, parte dos recursos que o governo vai obter com os leilões do pré-sal podem ser antecipados aos entes federados, desde que haja certeza de que as reformas estão caminhando.
“Temos uma reforma emergêncial, da Previdência, mas não podemos ficar parados esperando isso, que vai ser votado nos próximos dois, três, quatro meses. Nós temos de continuar deflagrando as reformas”, afirmou.
Guedes disse que o Senado não só apoia como “abraça” essa “segunda grande reforma” que é revisão na distribuição de recursos entre a União, Estados e municípios. “Não podemos ficar esperando, o Brasil tem pressa.”
Para os Estados, o ministro falou que há possibilidade de antecipar de R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões da cessão onerosa “condicionados a vocês fazerem as reformas”.
“Gostaria de compartilhar recursos com Estados, mas só posso fazer esses movimentos se eu tiver garantia de que as reformas serão aprovadas e essa é a engenharia política que está em andamento”, afirmou.
Segundo Guedes, além dessa antecipação também se desenha o “plano Mansueto”, em referência ao secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, que terá linhas de crédito e privatizações. Mansueto, aliás, já disse não gostar do termo "plano Mansueto".
Guedes ponderou que com a União também passa por dificuldades financeiras e que sem reformas, uma ajuda aos Estados seria um “abraço de afogados”.
Ainda sobre a revisão do Pacto Federativo, Guedes voltou a falar que o país pode obter nos próximos 20 a 30 anos, de US$ 500 bilhões a US$ 1 trilhão.
Por isso da “delicadeza” em tratar dos preços dos combustíveis, pois promover baixas artificias de preços “derrubaria o valor dessa riqueza” que está para sair do chão.
Ontem, o ministro enfatizou que a Petrobras tem total liberdade de preços depois de conversa com Jair Bolsonaro, que também disse que não quer interferir na Petrobras.
“Com a aprovação das reformas sabemos que tem horizonte fiscal garantido. Há retomada do crescimento, quando se aprova a reforma clareira o horizonte fiscal para os próximos 10 a 15 anos. Investimentos privados entram. Sabemos que o petróleo vai sair do chão e podemos antecipar inclusive esses recursos.”
Paulo Guedes hermano? Quem é Luis “Toto” Caputo, apontado como favorito pelo presidente eleito Javier Milei como futuro ministro da Economia da Argentina
Um dos nomes mais aguardados do corpo ministerial — obrigatoriamente mais enxuto, segundo o presidente — é sem dúvidas aquele que ocupará o cargo de ministro da Economia
Felipe Miranda: Haddad tem sido bom ministro; Paulo Guedes é melhor economista, mas tenho dúvidas se foi bem no governo
Em edição especial de 5 anos do SD, o podcast Touros e Ursos recebeu o fundador e estrategista-chefe da Empiricus, que avaliou o governo Lula, falou sobre o que tira seu sono nos mercados e indicou suas ações preferidas para os próximos cinco anos
A bala de prata de Lula: há condições para a reforma tributária ser aprovada até o fim deste ano, diz Tebet
A ministra também fez comentários sobre a reunião de quinta-feira (15) no Senado sobre o arcabouço fiscal; confira o que ela falou
Paulo Guedes vai virar ESG? Colunista revela destino do “superministro” de Jair Bolsonaro
Agora longe do centro do poder, Guedes será sócio de gestora que pretende investir em projetos na Amazônia, segundo o colunista Lauro Jardim
Como ganhar um salário de R$ 7.500 na aposentadoria: este investimento pode te garantir essa renda — não é a previdência privada; descubra detalhes
Se aposentar com um salário de R$ 7.507,49 — o teto do INSS atualmente — está cada dia mais difícil, em especial depois da Reforma da Previdência. A verdade é que, se você depender exclusivamente do INSS na hora da sua aposentadoria, é bem provável que você se dê mal. Pensando nisso, existe um novo […]
Ganho ‘real’ do salário mínimo e ausência do imposto sindical: o que o novo ministro do Trabalho guarda para o futuro dos brasileiros
Além disso, Luiz Marinho pretende fortalecer os sindicatos de outra forma e garantiu que o governo não deve voltar com a cobrança do imposto sindical
O Brasil está quebrado? Ministério da Economia rompe o silêncio e nega acusações
Em nota divulgada nesta domingo (11) no site oficial da pasta, seis pontos foram rebatidos, mas deixaram de fora as acusações de que o governo deixou de priorizar áreas essenciais para o funcionamento de instituições e políticas sociais
Um encontro ‘excelente’: o que Haddad e Guedes conversaram hoje em Brasília
O ex-prefeito de São Paulo afirmou que, na reunião com o ministro da Economia de Guedes, tratou de um “plano geral de voo”
Reforma tributária e do Imposto de Renda: tratativas do futuro governo Lula buscam unificar impostos e revisar proposta de Guedes; entenda
Durante a campanha de Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin foi protagonista nas conversas com empresários
Plano Guedes vem aí? Veja o que o ministro da Economia falou sobre as propostas de um novo governo Bolsonaro
Ele afirmou que as alegações de que um novo governo não aumentaria o salário mínimo ou aumentaria o imposto sobre a classe média são fake news
Mordida do Leão? Na boca da eleição, Guedes nega fim da dedução de despesas com saúde e educação do IR
A cinco dias do segundo turno da corrida ao Palácio do Planalto, ele também disse que não mudará as regras para corrigir o salário mínimo
Brasil deve indicar o ex-BC Ilan Goldfajn para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
Goldfajn atualmente é diretor do FMI e também foi economista-chefe do Itaú Unibanco e presidente do conselho do Credit Suisse no Brasil
Bolsonaro promete manter Paulo Guedes no governo em eventual segundo mandato
Defesa de Paulo Guedes por Jair Bolsonaro foi feita durante entrevista gravada à TV Alterosa, de Minas Gerais
Qual o futuro de Paulo Guedes? Bolsonaro já tem planos para o atual ministro da Economia
O presidente Jair Bolsonaro (PL) deu a entender que o ministro da Economia, Paulo Guedes, terá papel num eventual segundo governo
E agora, Campos Neto? Guedes diz que BC errou por não perceber mudança no eixo da economia
Apesar das críticas, o ministro elogiou o presidente do BC e disse que os apontamentos são feitos para a diretoria como um todo
Guedes se alinha a Bolsonaro e sobe tom da campanha — veja as indiretas que o ministro mandou para Lula
Falando para uma plateia de empresários cariocas, ele se comprometeu com o Auxílio Brasil de R$ 600, reivindicou a autoria do Pix e considerou equivocadas as projeções de analistas para a inflação
Em evento do mercado financeiro, Paulo Guedes volta a defender projetos do governo e reforça crescimento do Brasil
Paulo Guedes, ministro da Economia, também aproveitou a ocasião para dizer que permanecerá no cargo em caso de reeleição
Paulo Guedes fala em “ligar o foda-se” para França, maior empregador estrangeiro no Brasil
O país europeu é terceiro que mais investe no Brasil; as exportações para a França vêm crescendo 18% neste ano
No evento dos investidores, Guedes pinta o Brasil com cores escolhidas a dedo
Paulo Guedes falou à plateia de investidores e reclamou dos “mas” que costuma ouvir quando fala de algum dado positivo sobre o atual governo
Guedes sugere congelamento de preços a empresários — conheça os efeitos da prática que já ficou famosa no Brasil
Enquanto o ministro pede que as tabelas de preços sejam atualizadas apenas em 2023, após as eleições, Bolsonaro diz que empresários devem ter o menor lucro possível com a cesta básica