A Petrobras e a Eletrobras têm dia agitado nesta sexta-feira, 14, por conta da greve geral - movimento convocado pelas centrais dos trabalhadores para protestar contra a reforma da Previdência e os cortes do orçamento para a pasta da Educação.
A diretoria da Eletrobras não conseguiu evitar que 80% do seu quadro administrativo aderisse à paralisação, no Rio de Janeiro, onde está a sede da companhia. Segundo a assessoria da companhia, o prédio principal da em presa está quase vazio, mas o abastecimento de energia elétrica do País não será afetado por conta disso. Trabalham no local cerca de 650 pessoas.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP), por outro lado, informou que 14 unidades da estatal foram atingidas pelo movimento, localizadas em 12 Estados, sendo 10 refinarias. "Com a adesão nesta manhã dos petroleiros da Refinaria de Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), já são 10 as unidades de refino sem trocas de turnos", disse.
Além de mudanças na Previdência e cortes na Educação, os petroleiros protestam contra o que classificam de desmonte da Petrobras, referindo-se ao Plano de Desinvestimentos da companhia que foi liberado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a entidade, os petroleiro não entraram para trabalhar no turno da zero hora no Terminal Aquaviário de Suape, em Pernambuco, na Termelétrica Aureliano Chaves, em Minas Gerais, na SIX (unidade de processamento de xisto, no Paraná), e na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia.
Na bacia de Campos, a categoria está desde as primeiras horas do dia realizando Operação Padrão nas plataformas, com a execução de todos os procedimentos com o máximo de rigor e critério possível.
Pela manhã, a greve ganhou o reforço dos trabalhadores da Transpetro e das demais unidades do Sistema Petrobras. A categoria também participará dos atos unificados desta sexta, convocados pelas centrais sindicais, nas principais cidades e capitais do País.
Outro lado
Procurada, a Petrobras confirmou que algumas unidades operacionais da empresa no País não tiveram troca de turnos dos empregados, devido aos protestos. Sem dar números, a estatal explicou que já tomou todas as medidas para manter o funcionamento das suas operações.
"A companhia tomou todas as medidas para garantir a continuidade da produção de petróleo e gás, o processamento em suas refinarias, bem como o abastecimento do mercado de derivados e as condições de segurança dos trabalhadores e das instalações", disse em nota.