Acordo do Planalto para recriar pastas incomoda líderes
Na tentativa de evitar mais desgastes, o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que a intenção do Planalto é manter o atual ministro do Desenvolvimento, Gustavo Canuto, na Integração

A negociação do Planalto com a cúpula do Congresso para a indicação de políticos que possam ocupar os novos ministérios das Cidades e da Integração Nacional provocou um racha no MDB e dividiu ainda mais potenciais aliados do governo. Embora o presidente Jair Bolsonaro tenha cedido aos apelos para recriar as duas pastas e extinguir o Ministério do Desenvolvimento Regional, líderes de partidos do Centrão não gostaram de saber que os nomes dos titulares serão escolhidos pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (AP), ambos do DEM.
O governo deu sinais de que prefere um nome do MDB para Integração. Desde então, Alcolumbre foi procurado por vários parlamentares e há uma acirrada disputa no partido pela vaga. Uma ala quer emplacar o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que é relator da medida provisória sobre a reforma administrativa. Líder do governo no Senado, Bezerra Coelho já comandou a pasta no primeiro mandato da então presidente Dilma Rousseff, de 2011 a 2013.
Na outra ponta há um grupo que articula a indicação da senadora Simone Tebet (MS). Ela renunciou à candidatura para apoiar Alcolumbre na eleição do comando da Casa contra Renan Calheiros (AL). O gesto foi visto com simpatia pelo Planalto.
"O MDB não está pleiteando nem vai indicar ninguém", disse o ex-senador Romero Jucá (RR), presidente do partido. "Não participaremos dessa discussão, que é conduzida pelo Davi."
O próprio Jucá, porém, enfrenta "fogo amigo" nas fileiras do partido. Em conversas reservadas, seus colegas dizem que ele "trabalha" para ser ministro, com o objetivo de obter foro privilegiado, uma vez que é alvo da Lava Jato. "Eu quero distância de ministério", reagiu o ex-senador. "Isso não existe."
A reportagem apurou que Maia avalizou Alexandre Baldy (PP), atual secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, para Cidades, ministério que o ex-deputado já comandou no governo Temer. Pressionado por seus pares, Alcolumbre afirmou, à noite, que não indicará o titular da Integração. "O que nós dissemos é que esse novo modelo estava travando muitas coisas, como o Minha Casa Minha Vida. Em virtude dessa sobreposição, Câmara e Senado sinalizaram a possibilidade de retomar o modelo antigo", argumentou ele.
Leia Também
Na tentativa de evitar mais desgastes, o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que a intenção do Planalto é manter o atual ministro do Desenvolvimento, Gustavo Canuto, na Integração. Canuto é um técnico, sem filiação partidária. O Ministério da Economia informou que o impacto da recriação das pastas de Cidades e da Integração será compensado pela extinção de 17 cargos do grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS), que estão vagos.
Redesenho
A polêmica ocorre no rastro da discussão da Medida Provisória 870, que trata da reforma administrativa, com a redução de 29 para 22 ministérios. A votação foi adiada para esta quinta-feira, 9, depois que a sessão da comissão mista do Congresso para analisar o tema foi suspensa, escancarando a resistência dos parlamentares com o novo desenho da Esplanada.
Além disso, o Centrão se juntou à oposição e quer devolver o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) à equipe econômica, retirando poderes do ministro da Justiça, Sérgio Moro. "Quer dizer que, se o Moro deixar de ser ministro, vai acabar o combate à corrupção no Brasil?", provocou o líder do PP, deputado Arthur Lira (AL). Se a MP não for aprovada até 3 de junho, a configuração da Esplanada volta a ser como era na gestão Temer.
Baldy e o ex-ministro Gilberto Kassab são os nomes preferidos da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) para assumir Cidades. Representantes dos prefeitos fizeram os nomes chegarem a Maia, responsável por negociar com o governo. O Minha Casa Minha Vida, considerado vitrine em gestões petistas, deve retornar para Cidades. "Lá atrás, tentamos explicar para o governo a complexidade dos assuntos que estavam se fundindo", disse o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), presidente da FNP. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Com Lula ou Bolsonaro na Presidência, o próximo Congresso será de centro-direita e reformista, diz Arthur Lira
Em evento em Nova York, presidente da Câmara volta a defender a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro e as reformas no país
Alívio no bolso vem aí? Conheça a PEC que pode zerar impostos sobre combustíveis e gás
A matéria dispensa o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que exige que o governo compense a perda de arrecadação ao cortar impostos com a elevação de outros
Fundo eleitoral, emendas do relator e reajuste dos servidores: 3 pontos do Orçamento para 2022 que mexem com a bolsa esta semana
Entre emendas parlamentares superavitárias e reajuste dos policiais federais, o Orçamento deve ser publicado no Diário Oficial na segunda-feira (24)
Tesouro pode perder até R$ 240 bilhões com PEC dos Combustíveis e inflação pode ir para 1% — mas gasolina ficará só R$ 0,20 mais barata; confira análise
Se todos os estados aderirem à desoneração, a perda seria de cifras bilionárias aos cofres públicos, de acordo com a XP Investimentos
Além do furo no teto: como a PEC dos precatórios afeta os credores, mas abre uma grande oportunidade de investimento
Com a regra fiscal ameaçada, o motivo inicial para a criação da emenda acabou sendo relegado a segundo plano, mas seus desdobramentos podem beneficiar os investimentos alternativos
Por precaução, presidente da Câmara adia votação em 2º turno da PEC dos Precatórios
Depois da aprovação em 1º turno, ontem à noite, governistas temiam falta de quorum; Lira deixou votação para hoje
Câmara resiste a mudanças propostas pelo Senado na PEC dos precatórios; entenda o impasse
Parte da PEC já foi promulgada na semana passada, incluindo a alteração no cálculo da regra que atrela o crescimento das despesas à inflação
Projeto de lei pode conter alta dos combustíveis, mas precisa ser aprovado ainda este ano, defende relator
A medida, que cria um programa de estabilização do valor do petróleo e derivados, foi a forma encontrada para amenizar a alta dos preços sem interferir na política da Petrobras
Se Arthur Lira quiser, PEC dos Precatórios será aprovada ainda este ano, diz líder do Novo
Deputado Paulo Ganime defende que PEC tramite como novo texto, mas presidente da Câmara sinalizou que vai fatiar proposta
Reforma administrativa não sai antes das eleições, admite relator da proposta na Câmara
O deputado Arthur Maia afirmou que faltou empenho do executivo para garantir que o texto fosse aprovado no Congresso
4 fatos que mexem com o Ibovespa na próxima semana — incluindo Copom e IPO do Nubank
O principal índice acionário brasileiro terá um calendário cheio de eventos e dados econômicos para digerir ao longo dos próximos dias
Governo quer esperar, mas presidente do Senado estuda votar PEC dos precatórios ainda hoje
O governo acredita já ter os votos necessários para aprovar a proposta, mas esperava garantir uma margem maior antes da votação
Ano novo, impostos velhos! Reforma do IR fica para 2022, confirma presidente do Senado
O governo Bolsonaro pressionava pela aprovação da proposta para financiar o Auxílio Brasil, mas não conseguiu apoio na Casa
PEC dos precatórios tornará Auxílio Brasil permanente; Bolsonaro espera que o Senado aprove o texto na próxima semana
O governo ainda busca votos para aprovar o texto sem mexer em dois pontos centrais: o limite para pagamento de precatórios e a mudança no cálculo do teto de gastos
Bolsonaro prometeu, mas Lira diz que não há espaço para reajuste a servidores com PEC dos Precatórios
A PEC abre um espaço de R$ 90 bilhões no Orçamento, mas cálculos da Economia apontam outras despesas como destinatárias da folga
Projeções para a economia são revisadas para pior e falas de Jair Bolsonaro desagradam senadores que negociam PEC dos Precatórios: veja o que movimenta Brasília hoje
A PEC dos precatórios pode abrir espaço no Orçamento de 2022, mas o risco fiscal gerado pelos debates em torno da proposta fizeram o governo reajustar as projeções
Com remanejamento no Orçamento, Congresso garante verba R$ 9,36 bilhões para Auxílio Brasil
O montante, originalmente previsto para o finado Bolsa Família, garantirá um reajuste de quase de 18% no novo programa social
PDT pula do barco, mas PEC dos Precatórios passa em 2º turno na Câmara mesmo assim
Apesar da mudança de posição pedetista, governo conseguiu 11 votos a mais do que no primeiro turno para passar a PEC com a qual pretende viabilizar o Auxílio Brasil
Plenário mantém mudança no teto de gastos, mas derruba alteração na regra de ouro; confira outros destaques da PEC dos precatórios
O próprio presidente da Câmara, Arthur Lira, que tem a prerrogativa do cargo de não ser obrigado a votar, pressionou o ‘sim’ para ajudar o governo na mudança
Privatização dos Correios estacionou? Relator altera parecer, mas votação em comissão do Senado é adiada
A versão mais recente do texto aumenta a garantia contra o fechamento de agências em áreas remotas da Amazônia Legal