Presidente da Petrobras diz que empresa está otimista e “vai para ganhar” no leilão de petróleo
No evento marcado para 6 de novembro, a empresa exercerá o seu direito em apenas dois campos: Búzios e Itapu

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse nesta terça-feira, 29, que está otimista com o resultado do leilão do excedente da cessão onerosa, previsto para 6 de novembro, mas que o limite de capital fez a empresa exercer o seu direito em apenas dois campos: Búzios e Itapu. O executivo ressaltou que Búzios é o maior dos campos que serão ofertados e que este será o "maior leilão da indústria global".
"Estamos otimistas, vamos para ganhar", comentou Castello Branco, durante palestra em seminário do setor na Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Apesar de estar em plena venda de suas refinarias, o presidente da estatal disse não considerar o refino um bom negócio, já que seu retorno é cinco vezes menor do que a produção de petróleo e gás natural. Afirmou, porém, otimista com o processo de venda em andamento e informou que mais de 20 empresas estão disputando as primeiras quatro unidades que serão vendidas.
Segundo o executivo, o processo de venda dos ativos da Petrobras que não fazem parte do seu core business está sendo bem sucedido. Ele citou que uma operação que mostrou sucesso foi da BR Distribuidora, "que, graças a Deus, já é privada", declarou.
Segundo Castello Branco, com a venda de ativos da estatal e a retomada dos leilões a concorrência no Brasil vai aumentar em por volta de 2025. "A indústria do petróleo vai florescer no País."
O programa de desinvestimentos é importante para reduzir o endividamento. O executivo ressalta que a dívida ainda é três vezes seu fluxo de caixa, o que é considerado alto para uma produtora de commodities.
Leia Também
Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom
Produtividade e monopólio
O presidente da Petrobras reforçou sua posição a favor da quebra do monopólio da estatal, principalmente nos segmentos de refino e transporte e distribuição de gás natural. Ele argumenta que o monopólio reduz a produtividade do País. "Monopólio é incompatível com a democracia, isso é coisa de ditadura", afirmou em seu discurso, elogiando os movimentos do atual governo para abrir o setor.
Ele afirmou que a Petrobras quase chegou à falência no passado e não conseguia gerar valor para os seus acionistas justamente por atuar em setores que não fazem parte do seu core business.
A consequência dos investimentos equivocados, segundo Castello Branco, foi uma dívida que em junho era do tamanho da dívida da Argentina. "Nossa dívida era igual à da Argentina (US$ 101 bilhões) em junho, mas nós conseguimos administrar e baixamos para US$ 90 bilhões em setembro", afirmou.
Ele destacou ainda que a atual gestão da Petrobras já conseguiu reduzir o juro da dívida para 6% ao ano, depois de fechar empréstimos com taxas de 5% ao ano.
Argentina
Castello Branco aproveitou a recente eleição presidencial na Argentina para declarar uma preocupação com um possível retrocesso na companhia, que passa no momento por um intenso programa de desinvestimentos para focar na produção de petróleo e gás natural. "Não podemos fazer como Argentina que tirou presidente por não resolver problema e trouxe de volta quem fez o problema", disse, referindo-se à vitória da chapa de oposição encabeçada por Alberto Fernández e Cristina Kichner.
Parque termelétrico
Fora da lista de desinvestimentos da Petrobras, o parque termelétrico da estatal poderá se constituir em uma empresa e abrir o capital em bolsa de valores, informou o presidente da estatal.
A empresa possui uma capacidade instalada de termelétricas da ordem de 6 mil megawatts, sendo um dos maiores geradores de energia elétrica do País.
Segundo o executivo, a Petrobras não está "sendo desmantelada, como muita gente diz por aí", apesar do programa de desinvestimento, "mas sim virando uma outra empresa, mais lucrativa".
"Estamos focando na exploração e produção em águas profundas e vendendo águas rasas e terrestres, porque tem baixíssima produtividade e custo elevado de extração. Vamos vender para outros que fazem melhor do que nós, e beneficia o Estado onde esses campos estão localizados", explicou Castello Branco.
Segundo ele, enquanto o petróleo do pré-sal tem custo em torno de US$ 6 o barril, em águas rasas esses custo é de US$ 32/b, em terra, de US$ 20/b, e no pós-sal, de US$ 12/b.
Novas plataformas
A Petrobras avalia um novo modelo de contratação de plataformas, tanto do ponto de vista financeiro quanto de engenharia. Com isso, espera reduzir riscos e tempo de acesso às unidades, segundo o gerente executivo de Construção e Serviços da estatal, João Henrique Rittershaussen, que participa de palestra na OTC 2019.
Em fevereiro do ano que vem já deve haver uma definição do novo desenho das embarcações. Além disso, do ponto de vista financeiro, avalia construir suas próprias plataformas. Outra opção é o arrendamento mercantil, em que tem a opção de ficar com a unidade ao fim do contrato.
Além disso, quer simplificar a contratação de fornecedores, possivelmente com um número menor de prestadores de serviços e fabricantes de equipamentos.
Ao todo, a Petrobras planeja uma demanda de nove plataformas a partir de 2021 para atender projetos de grande porte, como os campos de pré-sal e o de Marlim, na Bacia de Campos. A projeção é que cada embarcação tenha de 150 mil a 180 mil barris por dia de capacidade de produção de petróleo e de 6 milhões a 7 milhões de m3 por dia de gás.
*Com Estadão Conteúdo.
Prio (PRIO3) sobe mais de 7% após balanço do quarto trimestre e fica entre as maiores altas do dia — mas ainda há espaço para mais
Os resultados animaram os investidores: as ações PRIO3 despontaram entre as maiores altas do Ibovespa durante todo o dia. E não são apenas os acionistas que estão vendo os papéis brilharem na bolsa
Frenetic trading days: Com guerra comercial no radar, Ibovespa tenta manter bom momento em dia de vendas no varejo e resultado fiscal
Bolsa vem de alta de mais de 1% na esteira da recuperação da Petrobras, da Vale, da B3 e dos bancos
Contradições na bolsa: Ibovespa busca reação em dia de indicadores de atividade no Brasil e nos EUA
Investidores também reagem ao andamento da temporada de balanços, com destaque para o resultado da Casas Bahia
Sem exceções: Ibovespa reage à guerra comercial de Trump em dia de dados de inflação no Brasil e nos EUA
Analistas projetam aceleração do IPCA no Brasil e desaceleração da inflação ao consumidor norte-americano em fevereiro
Nem tudo está perdido para a Petrobras (PETR4): este banco vê uma luz no fim túnel após prejuízo de R$ 17 bilhões no 4T24
O Citi considera a ação como uma boa posição de carry (ganhos) em meio ao cenário do mercado brasileiro — saiba se é um bom momento colocar os papéis na carteira agora
Petrobras (PETR4): prejuízo bilionário é foto do momento ou filme sem final feliz? O que os números revelam sobre o futuro da estatal
No episódio da semana do Touros e Ursos, Pedro Rodrigues, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura Energética (CBIE) comenta os resultados da petroleira
Investidores, preparem-se: bolsa brasileira em novo horário — e tudo o que você precisa saber sobre os mercados e o dólar
O horário de verão nos Estados Unidos e no Canadá altera o funcionamento das negociações aqui e lá a partir desta segunda-feira (10); o Seu Dinheiro detalha as mudanças e também faz um resumo da semana mais curta nos mercados por conta do Carnaval
Mudança no imposto sobre herança, a derrocada da Petrobras (PETR4) e a Receita Federal de olho em você — confira o que foi notícia na semana do Carnaval
Ainda que os brasileiros estivessem curtindo o feriado nos blocos ou nos desfiles das escolas de samba, muita notícia importante esteve entre as mais lidas do Seu Dinheiro
Ações da Brava Energia (BRAV3) sobem forte na B3 com recorde de produção em fevereiro
A companhia atingiu a marca de 73.854 barris de óleo equivalente por dia (boe/d) produzidos em fevereiro, aumento de 9,2% na comparação mensal
Onde investir em março? As melhores oportunidades em ações, criptomoedas, dividendos, FIIs e BDRs para este mês
No novo episódio do Onde Investir, analistas da Empiricus Research compartilham suas recomendações de olho na Super Quarta, nos resultados da temporada de balanços e no cenário internacional
Quando você é o técnico: Ibovespa busca motivos para subir em dia decisão de juros do BCE
Além do BCE, os investidores seguem de olho nas consequências da guerra comercial de Donald Trump
Efeito Vale (VALE3): Dividendos globais batem recorde em 2024, mas pagamentos no Brasil caem 9%
No mundo todo, o total de dividendos distribuídos chegou a US$ 1,75 trilhão, um aumento de 6% em relação a 2023
Valor de mercado da Petrobras (PETR4) vai ao menor nível desde junho de 2024 e Brava Energia (BRAV3) cai mais de 7%
Considerando o último pregão, na sexta-feira (28), e hoje (5), a Petrobras perdeu R$ 18 bilhões em valor de mercado; Prio (PRIO3) e PetroReconcavo (RECV3) acompanham derrocada
Prio (PRIO3) promove aumento de capital bilionário para financiar perfuração recém-autorizada pelo Ibama
Ibama autorizou a Prio a iniciar perfuração de poços de óleo e gás no campo de Wahoo, situado na Bacia de Campos
Bombou no SD: Balanço da Petrobras, derrocada cripto e prêmio da Mega-Sena lideram audiência da semana no Seu Dinheiro
O susto dos investidores da Petrobras com o balanço dividiu a atenção com a queda das criptomoedas e com o prêmio da Mega-Sena
Confete e serpentina na bolsa: Véspera de Carnaval inspira cautela no Ibovespa após tombo da Petrobras
Investidores seguem repercutindo balanço da Petrobras e se preparam para feriado prolongado enquanto bolsas seguem abertas mundo afora
Petrobras (PETR4) desabou com dividendos abaixo do esperado. Sinal de alerta ou oportunidade?
Quando o assunto é dividendos, os investimentos de uma companhia têm muita influência sobre o montante distribuído aos acionistas
Petrobras derrete na bolsa: o que a presidente da estatal disse que fez as ações recuarem quase 10% durante apresentação a investidores
Magda Chambriard entrou em cena para explicar o prejuízo no quarto trimestre de 2024 e justificar o estouro dos investimentos da companhia no período
Não é só o prejuízo: o número do balanço da Petrobras (PETR4) que assustou o mercado — e fez as ações despencarem na B3
Os investimentos acima do esperado e o impacto sobre os dividendos ajudam a derrubar as ações da Petrobras na B3
Entre a crise e a oportunidade: Prejuízo trimestral e queda no lucro anual da Petrobras pesam sobre o Ibovespa
Além do balanço da Petrobras, os investidores reagem hoje à revisão do PIB dos EUA e à taxa de desemprego no Brasil