Justiça manda leiloar Lamborghini de Eike Batista e lancha de Sérgio Cabral
Bem mais caro colocado em leilão por Bretas, que ocorre no próximo dia 4, é a lancha Intermarine 680, também de Eike

Alguns símbolos da riqueza dos acusados de corrupção no Rio, como a Lamborghini branca que ficava estacionada na sala da casa do empresário Eike Batista e a lancha Manhattan Rio, atribuída ao ex-governador Sérgio Cabral (MDB) e à ex-primeira-dama Adriana Anselmo, irão a leilão no próximo dia 4. A decisão é do juiz federal Marcelo Bretas, que cuida dos processos relacionados ao braço fluminense da Operação Lava Jato.
O bem mais caro colocado em leilão por Bretas no próximo dia 4 é a lancha Intermarine 680, também de Eike, batizada como "Spirit of Brazil" e avaliada em R$ 3,5 milhões. A famosa Lamborghini Aventador branca, ano 2011, foi avaliada em R$ 2,240 milhões.
No total, o leilão autorizado por Bretas inclui cinco bens do ex-bilionário, avaliados num total de R$ 5,9 milhões - além da lancha e do carro, fazem parte da lista dois jet skis e mais uma lancha. O edital do leilão registra que a Lamborghini tem uma dívida acumulada de R$ 135.849,92 de IPVA.
Esses bens de Eike já haviam sido incluídos numa decisão de sequestro de bens em fevereiro de 2015. Mais tarde, em 2017, a defesa do empresário pediu autorização judicial para vender os bens e, assim, juntar dinheiro para pagar uma fiança de R$ 52 milhões, acertado em maio daquele ano com o juiz Bretas. Além da 7.ª Vara Federal Criminal, de Bretas, Eike teve bens bloqueados em processos na 3.ª Vara Federal Criminal.
Em julho, Eike foi condenado por Bretas a 30 anos de prisão e ao pagamento de multa de R$ 53 milhões pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, acusado de pagar propina de US$ 16,5 milhões (cerca de R$ 60 milhões) ao ex-governador Cabral. Em dezembro do ano passado, o empresário já teve um iate de luxo - com capacidade para 21 passageiros e com quatro quartos, sendo duas suítes com sauna e closet - leiloado por R$ 14,4 milhões.
Já a lancha Manhattan Rio, atribuída a Cabral, está avaliada em R$ 2,950 milhões. Conforme descrição do edital do leilão marcado para o próximo dia 4, a embarcação, fabricada em 1997, tem 23,98 metros, capacidade para um tripulante e 23 passageiros, ar condicionado central, forno elétrico, geladeira, cinco TVs de LCD, quatro quartos (duas suítes com camas de casal, uma com banheira, mais duas suítes com duas camas de solteiro cada), sala de estar e sala de jantar.
Leia Também
Cabral está preso desde novembro de 2016 e já foi condenado a quase 200 anos de prisão, acusado de comandar um esquema de propinas no governo do Estado do Rio.
O leilão judicial autorizado pelo juiz Bretas inclui ainda uma fazenda, de propriedade de Carlos Miranda, apontado como um dos operadores de Cabral no esquema. A Fazenda Três Irmãos, localizada em Paraíba do Sul, na divisa do Rio com Minas Gerais, está avaliada em R$ 3 milhões.
Conforme o edital do leilão, a propriedade tem 21,2 alqueires (1 milhão de metros quadrados, pela medida usada em Minas, ou 513 mil metros quadrados, pela medida usada em São Paulo) e inclui três casas (uma principal, uma de hóspedes e uma do administrador), piscina, sauna com vista panorâmica, churrasqueira, curral, capril, bodário, um alambique de cachaça e um galpão. A fazenda não inclui animais e está depredada, alvo de furtos - a sauna está sem equipamentos e o deck de madeira da piscina foi levado, diz o edital.
Todos os bens colocado em leilão por Bretas terão um primeiro pregão pelo preço igual ou superior ao valor de avaliação. Caso não sejam arrematados no próximo dia 4, passarão por um segundo leilão, no dia 18, no qual os lances mínimos partirão de 75% do valor de avaliação.
Defesa
A defesa de Carlos Miranda, por meio de seus advogados Daniel Raizman e Fernanda Freixinho, esclarece que a antiga fazenda do colaborador será leiloada, pois, em decorrência do acordo de colaboração premiada firmado com o MPF e homologado pelo STF, a fazenda e todos os seus acessórios passaram a integrar o patrimônio da União.
*Com Estadão Conteúdo.
CVM condena irmão de Eike e mais sete por uso de informação privilegiada
Lars Batista foi multado em R$ 44.755,80, duas vezes os ganhos obtidos com as operações; segundo o inquérito, ele teria apresentado fundamentações contraditórias para a realização da operação day-trade
Justiça do Rio confirma falência da MMX, de Eike Batista, e ações despencam 30%
A empresa ainda pode recorrer da decisão, que foi tomada em segunda instância e marca sua segunda falência apenas neste mês
CVM vai julgar Eike Batista por ‘inconsistência’ em informações sobre currículo
Fundador do Grupo X se apresentava com diferentes credenciais para cada uma delas e, consequentemente, aos acionistas, já que os dados eram divulgados ao mercado
CVM multa Eike Batista em R$ 150 mil por conflito de interesse
Empresário votou em decisão que aprovou, em 2015, a quebra de um contrato de fornecimento de energia elétrica firmado com a MPX Energia, empresa irmã da MMX
Eike Batista é condenado a 11 anos de prisão por crimes contra mercado
Justiça também condenou o empresário a pagar multa de R$ 871 milhões por uso de informação privilegiada e manipulação de mercado
Empresa de ex-executivo de Eike e da XP capta US$ 200 milhões em IPO na Nasdaq
A Itiquira foi criada com o propósito específico de adquirir uma ou mais companhias no mercado brasileiro usando o dinheiro captado dos investidores no IPO
OSX, de Eike Batista, fecha acordo com acionista e ações sobem
Acerto permite convocação de assembleia para eleger nova administração para companhia de logística portuária
OSX, de Eike Batista, deixa recuperação judicial após seis anos
Fundada em 2009, empresa de equipamentos para exploração de petróleo no mar chegou a realizar um dos maiores IPOs da história da bolsa brasileira
Eike Batista sofre revés na Justiça em tentativa de mudar conselho da OSX
2ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro suspendeu a assembleia da companhia marcada para 14 de outubro; ação da empresa disparou na semana
MMX, de Eike Batista, vira alvo de especulação com busca por ativos na Justiça
Papéis dispararam mais de 200% nesta quarta-feira com a empresa buscando reaver o ativo Mina Emma; companhia promoveu no último mês mudanças no conselho
Eike Batista é condenado a 8 anos de prisão por manipulação do mercado financeiro
Segundo a decisão judicial, as informações ao mercado financeiro tinham como propósito elevar as cotações das participações acionárias e outros ativos vinculados à OGX
Ministra Rosa Weber rejeita acordo de delação premiada de Eike Batista e determina reajuste
Caso está no Supremo porque o empresário citou pessoas com foro privilegiado na Corte
CVM aceita acordo com Morgan Stanley para encerrar processo envolvendo manipulações de ações da OGX, de Eike Batista
No total, o banco norte-americano se comprometeu a pagar a quantia de R$ 13,2 milhões
CVM absolve ex-conselheiros que liberaram Eike Batista da ‘put’ de US$ 1 bilhão na OGX
Adriano Salvi, Jorge Rojas e Roberto Paulino foram acusados pela área técnica da CVM de violarem seu dever de diligência
Justiça condena Eike Batista a oito anos de prisão e multa de R$ 82,8 milhões
Em ação na Justiça Federal do Rio, empresário foi acusado pelo Ministério Público de usar informações privilegiadas e de manipular o mercado nas negociações com ativos da OSX
O caminho do dinheiro de Eike no exterior
Processo que bloqueou R$ 778 milhões de Thor Batista, filho de Eike Batista, tenta traçar o caminho dos recursos que o ex-megaempresário enviou para o exterior
Prisão temporária de Eike Batista é revogada por desembargadora do TRF-2 no Rio
A prisão havia sido decretada, dentre outros motivos, para impedir que o acusado combinasse estratégia com outros indiciados a respeito do teor dos depoimentos que ainda terão que dar
Eike Batista é preso pela PF na Operação Lava Jato
Batista foi criador do MMX, de exploração de petróleo, entre outras empresas do “Grupo X”. Nesta semana, esteve na CPI do BNDES onde se disse injustiçado e usado para tirar o foco da real caixa-preta do BNDES
Eike Batista: Me usaram para tirar atenção da real caixa-preta do BNDES
Batista foi a mais uma CPI do BNDES para falar que seu grupo quitou todos os empréstimos que teve com o BNDES. Ele também disse que não foi coagido a fazer doações eleitorais: não teve revólver na minha cabeça
Tribunal de Minas confirma bloqueio de R$ 778 milhões de Thor Batista
Processo contra filho de Eike é movido por Bernardo Bicalho, administrador judicial da MMX – mineradora do grupo do empresário que tem sede em Minas e que está em recuperação judicial