A reprovação do presidente Jair Bolsonaro continua avançando. Segundo pesquisa nacional realizada pelo Instituto Datafolha e divulgada nesta segunda-feira (02), a reprovação do presidente atingiu a marca dos 38%. Dois meses atrás, no início de julho, a reprovação representava 33% dos entrevistados.
Durante a pesquisa realizada no dia 29 e 30 de agosto, 2.878 pessoas com mais de 16 anos em 175 municípios foram consultadas.
Não foi só a reprovação que cresceu. O índice que mede a aprovação do governo Bolsonaro apresentou queda, dentro do limite da margem de erro de dois pontos percentuais. A aprovação foi de 33% para 29%.
As críticas de Bolsonaro aos governadores da região Nordeste contribuíram para o índice de rejeição do governo na região. Tradicionalmente um reduto antibolsonarista, a rejeição ao presidente saltou de 41% para 52% entre as pesquisas.
A rejeição de Bolsonaro é a maior entre os presidentes eleitos de primeiro mandato em agosto: em 1995, Fernando Henrique Cardoso era reprovado por 15%; Lula, em 2003, por 10%; e Dilma, em 2011, por 11%.
O apoio ao presidente também diminuiu tanto entre os mais ricos, com renda mensal acima de 10 salário mínimos, com queda de 52% em julho para 37% em agosto, como entre os mais pobres, com renda de até 2 salários mínimos. Nesta faixa, a aprovação do presidente ficou em 22%
Ainda segundo a pesquisa, a avaliação do governo como regular permaneceu estável, indo de 31% para 30%. 38% classificam o governo como ruim ou péssimo e 29% como ótimo ou bom.