Bolsonaro pede que incêndio não seja pretexto para sanções ao Brasil
Em tom mais ameno, presidente disse em rede nacional que número de queimadas está “na média”, mas que governo atuará para conter os focos
O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, na noite desta sexta-feira, 23, em resposta a repercussão dos incêndios e desmatamento na Amazônia. O discurso durou pouco mais de quatro minutos.
Em tom mais ameno do que nos últimos dias, Bolsonaro disse que os incêndios não podem ser pretexto para sanções internacionais. "O Brasil continuará sendo, como foi até hoje, um país amigo de todos e responsável pela proteção de sua Floresta Amazônica", afirmou.
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Os incêndios na Amazônia ganharam repercussão internacional na quinta-feira, 22, após o presidente da França, Emmanuel Macron, dizer que o assunto precisa estar no topo da agenda da reunião do grupo das sete maiores economias do mundo (G-7) deste fim de semana.
No dia seguinte, a França disse que o presidente brasileiro estava mentindo quando minimizou as preocupações sobre a mudança climática na reunião do G-20 no Japão, em junho.
'Combate à criminalidade'
Em rede nacional, Bolsonaro buscou naturalizar a situação atual na Amazonia e disse que as queimadas das últimas semanas estão na média dos últimos 15 anos. "De todo modo, [...] não estamos satisfeitos com o que estamos assistindo. Vamos atuar fortemente para controlar os incêndios na Amazônia", disse o presidente.
De 1º de janeiro até a última terça-feira, 20, foram contabilizados 74.155 focos, alta de 84% ante o mesmo período de 2018, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Um pouco mais da metade (52,6%) desses focos têm ocorrido na Amazônia.
Bolsonaro disse que seu governo tem compromisso no combate à criminalidade, inclusive na área ambiental, e destacou o apoio oferecido aos estados da Amazônia Legal.
"Somos um governo com tolerância zero contra a criminalidade, e na área ambiental não será diferente. Por essa razão, oferecemos ajuda a todos os estados da Amazônia Legal", disse.
"Com relação àqueles que a aceitarem, autorizarei operação de garantia da lei e da ordem, uma verdadeira GLO [Garantia de Lei e da Ordem] ambiental. O emprego extensivo de pessoal e equipamentos das Forças Armadas, auxiliares e outras agências, permitirá não apenas combater as atividades ilegais, como também conter o avanço de queimadas na região".
O decreto de GLO, que autoriza o uso das Forças Armadas, vale para regiões de fronteira, terras indígenas, unidades federais de conservação ambiental e outras áreas da Amazônia Legal. Os governadores de Roraima e Rondônia foram os primeiros a solicitar ação dos militares federais em seus territórios.
Preservação
No pronunciamento, Bolsonaro disse ainda que o problema precisa ser tratado com "serenidade" e voltou a criticar manifestações dentro e fora do Brasil que, segundo ele, espalharam informações infundadas. "Espalhar dados e mensagens infundadas, dentro e fora do Brasil, não contribui para resolver o problema e se prestam apenas ao uso político e à desinformação".
Bolsonaro concluiu sua fala dizendo-se aberto ao diálogo, "com base no respeito, na verdade, e cientes da nossa soberania".
*Com Agência Brasil
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