‘As empresas estão retomando seus projetos’, diz presidente do Itaú BBA
Para Caio David, presidente da Itaú BBA, esse movimento já é nítido nos setores de energia e óleo e gás. No mercado imobiliário, embora a expansão ainda esteja concentrada em São Paulo, há sinais claros de retomada
Um dos maiores bancos de investimento do País, o Itaú BBA vê um novo ciclo de investimentos das empresas para 2020. “A maior demanda por crédito e o movimento no mercado de capitais são duas variáveis que acompanhamos de perto”, disse Caio David, em sua primeira entrevista desde que assumiu a presidência do Itaú BBA, em janeiro deste ano.
Para David, esse movimento já é nítido nos setores de energia e óleo e gás. No mercado imobiliário, embora a expansão ainda esteja concentrada em São Paulo, há sinais claros de retomada. Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista.
Qual o balanço que o sr. faz de 2019 e o que espera para 2020?
O ambiente econômico mudou. A gente tem uma perspectiva de crescimento da economia, principalmente para o próximo ano, que não se via há um bom tempo. Isso tem trazido um pouco mais de motivação, não só para os entes financeiros, mas também para os nossos clientes. As empresas estão, de fato, com uma agenda de desenvolvimento de seus negócios e mais projetos.
Quais os sinais que o banco vê de retomada desses projetos?
São duas variáveis que acompanhamos de perto. Primeiro, a demanda por crédito. Ela vem bem forte nas médias empresas e também no segmento corporate. Esses dois segmentos têm crescimento de dois dígitos. Quando a gente olha somente a originação (novas operações de crédito), ela vem ainda mais forte, um belo sinal de que a economia está ganhando tração. Quando se olha o mercado de capitais, a gente vê um pipeline crescente em renda fixa e variável, além de fusões e aquisições (M&A). Para o ano que vem, essa agenda de M&A pode ficar mais animadora.
Na divulgação do balanço do terceiro trimestre, o Itaú Unibanco afirmou que a demanda por crédito de grandes empresas também cresceu.
As grandes empresas vinham se financiando pelo mercado de capitais. Mas a gente viu também, neste último trimestre, uma maior demanda no mercado de crédito. Claro que, depois de uma involução a gente percebe alguma tração, ainda em patamares inferiores do que tínhamos na carteira.
Nas operações de fusões e aquisições para 2020, o sr. coloca na conta as privatizações?
Não. São operações de mercado. Temos 50 possíveis transações para o próximo ano. Tem de lembrar que a taxa de mortalidade é grande, mas mostra um movimento positivo.
Leia Também
Investidores estrangeiros retornam ao País com força?
Estive em Washington, na reunião do FMI, e pude perceber que diversos investidores já têm uma posição no Brasil. Talvez agora estão esperando o melhor momento para buscar oportunidades. Tem uma agenda de investidores que vai participar de concessões e privatizações.
O sr. tem uma projeção de quanto as privatizações podem movimentar?
A agenda de desinvestimento (do governo) soma mais de R$ 400 bilhões, incluindo cessão onerosa. Bancos de investimentos estão sendo contratados para atender a essa demanda. Olhando para um passado recente, este ano foi intenso. Ano que vem pode ser ainda melhor.
Por que será melhor?
Quando se vê taxa de juros nos patamares mais baixos da história, isso faz com que investimentos sejam transferidos da renda fixa para variável. Além disso, tem a agenda de privatização que vem fomentando possíveis transações no mercado. Isso é bem positivo.
Mas a economia como todo não tem crescido no ritmo esperado...
Nos anos recentes, o País teve muita participação de investimentos públicos, que ajudaram a fomentar o crescimento do PIB nacional. Vejo agora uma maior participação do setor privado. Pode ser um fomentador do crescimento econômico acima dos 2,5% nos próximos anos.
Quais setores da indústria que já estão reagindo?
Nos últimos trimestres, o setor de energia foi um grande demandador de crédito e de operações de mercado de capitais. Há uma reação do segmento de óleo e gás. O setor imobiliário tem apresentado sinais de aceleração, mas ainda muito concentrado em São Paulo, mas já é um bom sinal. Várias empresas do setor foram a mercado para captar recursos para investimentos. Estamos redesenhando nossa área dedicada ao mercado imobiliário, assim como a de agronegócios.
Como será a reorganização do setor do agronegócio?
Até o ano passado, o banco tinha basicamente uma cobertura voltada para as usinas e para os produtores rurais, mas não tínhamos uma visão integrada de toda a cadeia do agronegócio. Temos uma equipe dedicada para cobrir todas as empresas, desde o insumo e a própria comercialização do produto. Queremos dobrar o número de clientes atendidos (hoje são 405 clientes).
Mas que oportunidades o banco está vendo no setor?
É um dos setores que têm uma pujança tanto para o mercado de crédito como para o de capitais. O segmento passa por mudanças e adota uma das melhores tecnologias do mundo. Estamos entendendo que a tecnologia está mudando o setor.
Passamos por uma recessão e muitas empresas se endividaram. Essa fase mais crítica já passou?
Vejo pela qualidade de nossa carteira de crédito. Durante a recessão, empresas de diversos setores tiveram oportunidade de reestruturar o seu passivo. A taxa de juros no atual patamar permite que as empresas acessem o mercado de capitais. Diria que hoje a saúde financeira das empresas está boa e percebemos isso nos movimentos que elas estão fazendo. É, sim, um novo ciclo de taxa de juros e inflação baixa e que dá mais liquidez para que as companhias façam mais investimentos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Banco Central se precipitou com a liquidação do Banco Master? TCU dá 72 horas para o regulador se explicar
O Tribunal de Contas da União requer esclarecimentos do Banco Central sobre a decisão de liquidar o Banco Master; entenda
Inflação da ceia de Natal 2025 surpreende e reforça a importância de pesquisar preços
Estudo da FGV aponta variação quase nula nos itens natalinos em 12 meses; alimentos básicos recuam, proteínas seguem em alta e presentes voltam a encarecer após dois anos de alívio
Prazo para quitar a segunda parcela do décimo terceiro (13º) termina hoje; saiba como calcular
Data limite se encerra nesta sexta-feira (19); empresas que atrasarem podem ser multadas; valor é depositado com descontos de INSS e Imposto de Renda
Loterias da Caixa batem na trave às vésperas da Mega da Virada e prêmios sobem ainda mais
A noite de quinta-feira (18) foi movimentada no Espaço da Sorte, com sorteios da Lotofácil, da Mega-Sena, da Quina, da Timemania e da Dia de Sorte
Bolsa Família: Caixa paga benefício para NIS final 8 nesta sexta (19)
Pagamento segue o calendário de dezembro e beneficiários do Bolsa Família podem movimentar valor pelo Caixa Tem ou sacar nos canais da Caixa
À medida que Banco Central recolhe cédulas clássicas de R$ 2 a R$ 100, as mais raras podem alcançar mais de R$ 5 mil no mercado
Enquanto o Banco Central recolhe as cédulas da primeira família do real, a escassez transforma notas antigas em itens disputados por colecionadores, com preços que já ultrapassam R$ 5 mil
MEI: ultrapassou o limite de faturamento em 2025? Veja o que fazer para se manter regularizado
Microempreendedores individuais podem ter uma receita anual de até R$ 81 mil
Entre o relógio e as malas: o que dizem as novas regras de check-in e check-out em hotéis
Portaria do Ministério do Turismo já está em vigor; norma fixa tempo mínimo de estadia, critérios de limpeza e exige clareza nos horários
Esses números nunca deram as caras na Mega da Virada; veja quais são
Histórico da Mega da Virada revela números que não apareceram em nenhuma edição do concurso especial da Caixa
Bola dividida na Lotofácil termina com 4 novos milionários; Mega-Sena e Timemania disputam quem paga mais
Prêmio principal da Lotofácil será dividido entre 4 apostadores; Timemania e Mega-Sena sorteiam nesta quinta-feira R$ 68 milhões e R$ 58 milhões, respectivamente
Caixa libera Bolsa Família para NIS final 7 nesta quinta-feira (18)
Benefício cai na conta hoje para milhões de famílias; valor pode ser movimentado pelo Caixa Tem sem necessidade de saque
Trabalhadores dos Correios entram em greve em 9 estados; entenda os motivos da paralisação
Após acordos prorrogados e negociações travadas, trabalhadores dos Correios entram em greve; Correios dizem que agências seguem abertas
Final da Copa do Brasil 2025: veja o horário e onde assistir a Corinthians x Vasco
Corinthians x Vasco iniciam nesta quarta-feira (17) a decisão da Copa do Brasil 2025, em duelo que vale uma das maiores premiações do futebol sul-americano
Fim da patente do Ozempic: quando as canetas emagrecedoras vão ficar mais baratas?
Decisão do STJ abre caminho para concorrentes do Ozempic, mas especialistas dizem que a queda de preços das canetas emagrecedoras deve ser gradual
Enel fora de São Paulo? Empresa pode ter ‘carta na manga’ contra as acusações após Ministério pedir fim da concessão; veja
Segundo o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a concessionária não tem mais condições de operar no estado depois de diversas crises, mas processo de encerramento do contrato ainda demora
Câmara aprova texto-base do projeto que reduz benefícios tributários e aumenta impostos de bets, fintechs e JCP
Os deputados agora analisam um destaque que visa retirar da proposta o aumento de impostos sobre o juro sobre o capital próprio, de 15% para 17,5%
Renegados? Veja os números que menos saíram na Mega da Virada
Histórico da Mega da Virada mostra os números que menos saíram no sorteio especial da Caixa
Teimosia faz um novo milionário na Quina em dia de bola na trave na Lotofácil, na Mega-Sena e na Timemania
Quina foi a única loteria da Caixa a pagar um valor milionário ontem, mas os prêmios de consolação da Mega-Sena, da Timemania, da Lotofácil e da Dia de Sorte deixam pouca margem para reclamação
Bolsa Família paga parcela de dezembro hoje para NIS final 6; veja o calendário do programa
Depósito do bolsa família ajuda a reforçar o orçamento em um mês de despesas maiores.Veja quem recebe e como consultar o valor
Queda da Selic em janeiro e juros a 11,5% em 2026: Fábio Kanczuk, ex-BC, diz que Copom “tirou todas as amarras” para iniciar ciclo de cortes
Segundo ele, o afrouxamento deve acontecer em janeiro do ano que vem, momento no qual o dólar estará sendo negociado abaixo de R$ 5,40