Com tensão no cenário externo, ouro supera ganhos da bolsa em maio
No entanto, o Ibovespa mantém a liderança no acumulado do ano e registra valorização de 10,40%, bem acima da alta de 3,79% do ouro
O ouro voltou a ocupar o topo do pódio dos investimentos em maio, à frente do Ibovespa, principal índice de ações do País. A commodity, uma opção de investimento normalmente conservadora, acumulou valorização de 1,36% no mês, enquanto o índice da B3, a Bolsa de São Paulo, subiu apenas 0,70%, segundo o ranking formulado pelo administrador de investimentos Fabio Colombo. O último mês em que o ouro roubou a cena foi dezembro do ano passado.
No acumulado do ano, contudo, o Ibovespa mantém a liderança e registra valorização de 10,40%, bem acima da alta de 3,79% do ouro.
Assim como outras commodities, a cotação do ouro à vista negociado na B3 está atrelada à variação do dólar, explica Colombo. Mas, como a moeda americana se manteve praticamente estável no mês, com leve alta de 0,11%, desta vez foi de fato a maior demanda que impulsionou o ativo. "O ouro é um refúgio. A preocupação com a desaceleração da economia mundial e com a guerra comercial entre Estados Unidos e China levaram a essa alta", afirma ele, se referindo às expectativas de um acordo entre as potências, que foram por água abaixo quando o presidente Donald Trump anunciou, no início de maio, o aumento das tarifas sobre produtos chineses.
Colombo acrescenta que, no cenário interno, as incertezas em relação à reforma da Previdência pesaram sobre as ações, sobretudo em meio aos protestos contra os cortes de verbas do Ministério da Educação. "Depois houve um contra-ataque com as manifestações a favor do governo e com o pacto entre os Poderes. Foi isso basicamente que movimentou o mercado por aqui."
Dois outros fatores, ambos envolvendo os americanos, vêm contribuindo para a busca do ouro, destaca Fernando Friedman, do Banco do Ourinvest: as sanções contra o Irã e, mais recentemente, a imposição de tarifas às importações do México. "As pessoas procuram um porto seguro para o dinheiro diante de medidas como essas, que trazem volatilidade e receio de retaliações", diz.
A previsão de queda dos juros em grandes economias, aponta Ricardo Kazan, sócio da Novus Capital, é outro elemento que impulsiona a commodity. Ele explica que, quanto maiores os juros, maior o custo de oportunidade para quem investe em ouro. "Quando os juros caem, como está acontecendo pela piora da atividade global, sem inflação, a tendência do ouro é subir", afirma.
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Além dos elementos que levam a oscilações no curto prazo, Kazan avalia que o aumento da demanda dos bancos centrais por ouro, principalmente a partir do ano passado, é um fator mais estrutural que vem elevando o preço.
Sem euforia
Para as pessoas físicas, o investimento em ouro pode fazer sentido, diz Kazan, sendo utilizado geralmente como um componente de proteção das carteiras. Mas explorar as oscilações para lucrar não é recomendável para amadores.
Sandra Blanco, consultora de investimentos da corretora Órama, explica que a boa performance do ouro não pode ser vista como oportunidade imediata de investimento. "Até porque, dessa maneira ele já chegaria atrasado, comprando em alta."
Ela destaca que o ativo vale mais como proteção contra riscos internacionais, logo, não vale correr para ele por inseguranças domésticas, relacionadas a incertezas políticas, por exemplo. Além disso, ele pode ser considerado um investimento mais sofisticado, que compõe carteiras de investimentos de quem tem montantes maiores. "São poucas negociações na Bolsa. Funciona para quem já tem um portfólio mais elaborado e não é uma boa solução para quem está começando a investir", recomenda Sandra.
Quem decidir incluir ouro em sua carteira pode ter dificuldades de investir diretamente no ativo, diz ela. Isso porque o lote padrão exige investimentos mais altos que, em geral, a pessoa física não pode ou não está disposta a aplicar e, comprando lotes fracionários, os custos podem ser maiores em relação ao valor investido. Nesse caso, uma opção pode ser investir por meio de fundos com foco em ouro, que podem ter acesso a negócios mais vantajosos.
Outra opção, diz ela, é investir por meio de fundos multimercados. "Eles acompanham os movimentos da economia e do mercado e podem investir alguma parcela dos recursos dessa maneira", explica Sandra.
Quem tem contas no exterior, lembra Kazan, pode acessar os ETFs (fundos negociados em Bolsa) para ter exposição ao ouro. Ele afirma que esses produtos são bastante procurados lá fora, mas que houve nos últimos meses uma queda na demanda por eles. "Se ela voltar, pode ser mais um fator a impulsionar o preço do ouro."
Liquidação
Na quarta-feira da semana passada, em caráter excepcional, a Bolsa realizou a liquidação de dois pregões, com valor total de R$ 20 bilhões: um referente ao dia 24 de maio e outro ao do dia 27, data em que a B3 virou a chave e reduziu em um dia a liquidação no mercado à vista de renda variável. Com o prazo caindo de três para dois dias, ou seja, com os investidores recebendo o pagamento antes, um dos efeitos é aumento da liquidez no sistema.
"Há redução de risco e custo operacional. Além da liberação de capital na estrutura de salvaguarda, há maior liquidez no sistema, o que significa oportunidade de novos negócios com esses recursos", diz a diretora de Liquidação da B3, Viviane Basso.
"Ao reduzir o prazo de liquidação em um dia, a B3 passa a se expor a um menor risco de crédito dos participantes e por um tempo menor", destacou a agência de classificação de riscos Moody's em relatório.
Depois de discutir com seus clientes o passo a passo da mudança, a B3 obteve em meados do mês de maio as aprovações dos reguladores para reduzir o ciclo de liquidação, tanto no Banco Central quanto na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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