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Vinícius Pinheiro

Vinícius Pinheiro

Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances O Roteirista, Abandonado e Os Jogadores

Ideias de investimento

É hora de ter menos CDI e mais fundos de ações e multimercados na carteira, diz One Partners

Conversei com os sócios da empresa de assessoria financeira responsável por administrar R$ 3 bilhões de recursos de clientes milionários e trago cinco ideias de alocação para sua carteira de investimentos

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
5 de dezembro de 2019
5:45 - atualizado às 19:55
taxa de juros
Imagem: Shutterstock

A queda da taxa básica de juros (Selic) para as mínimas históricas deixou milhares de “viúvas do CDI” pelo caminho. Como a vida boa de rentabilidade alta, liquidez diária e volatilidade zero ficou para trás, está na hora de aumentar a alocação da carteira de produtos com maior risco, como fundos de ações e multimercados.

A avaliação é da One Partners, responsável pela gestão de R$ 3 bilhões de recursos de clientes milionárias ("wealth management"). A empresa de assessoria financeira foi fundada por Bernardo Parnes, ex-presidente do Deutsche Bank no Brasil, e conta com um time de nomes experientes no mercado.

Para saber como os ricos estão investindo e que estratégias se enquadram aos demais “mortais”, estive na semana passada com Sergio Penchas e Ricardo Valente, sócios responsáveis pela área de gestão de fortunas.

Antes de se juntar à One Partners, Penchas passou mais de duas décadas no Grupo Safra, incluindo o comando do Banque Jsafra Sarasin Monaco. Foi no Safra que Penchas conheceu Valente, que também atuou como gestor de fundos na Credit Suisse Hedging Griffo.

Acabei saindo da conversa com cinco ideias de como você pode alocar a sua carteira de investimentos, que você confere logo abaixo. Mas antes trago um pouco do panorama geral da One Partners para os mercados.

Assim como ocorreu em outros momentos da economia, o Brasil se encontra na contramão do resto do mundo, segundo Penchas. A diferença é que desta vez estar na direção contrária é uma boa notícia, já que a economia global passa por uma fase de desaceleração e riscos geopolíticos.

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Com o controle da inflação, a melhora nas contas externas e a aprovação da reforma da Previdência, o país tirou da frente os principais fatores que travavam a economia. “O que falta agora é crescer”, diz.

Apesar do cenário positivo, ele não espera que o Brasil consiga se desconectar do que acontece lá fora. Por isso, o investidor habituado ao ganho fácil do CDI vai ter que se acostumar com mais volatilidade na carteira. E isso significa não só tomar mais risco, mas entender os riscos que está correndo. Leia a seguir o que pensam os gestores em cinco classes de investimentos:

1 - Mais fundos de ações e multimercados

Com a melhora no cenário macroeconômico e a queda dos juros, a One Partners reduziu a parcela da carteira dos clientes atrelada ao CDI.

“Conforme os juros no Brasil se firmarem em patamares baixos, o investidor deve deixar de pensar a rentabilidade das carteiras em percentual do CDI”, diz Penchas.

O dinheiro que estava antes majoritariamente em títulos públicos pós-fixados já vinha sendo alocado em fundos de ações e multimercados. “Agora com a Selic a 5% a mudança é mais forte”, diz.

Penchas pondera que sempre convém manter um percentual em recursos com liquidez e sem risco, seja para a reserva de emergência ou para aproveitar alguma oportunidade eventual de mercado.

2 - Concentre em até cinco gestores

Na hora de investir em fundos de ações e multimercados, a recomendação é selecionar poucos e bons gestores – no máximo cinco em cada categoria. Com raras exceções, a maior parte dos fundos opera basicamente nos mesmos mercados: juros, bolsa e moedas.

“Existem poucas alternativas no mercado local com liquidez e tamanho, então quem começa a diversificar muito acaba caindo na média”, diz Valente.

Os fundos até podem investir no exterior, mas os produtos voltados ao grande público contam com uma restrição legal de 20% aplicado fora do país, então a possibilidade de fazer algo diferente é ainda menor.

Na hora de escolher um fundo, o sócio da One Partners diz que entender e acreditar na estratégia do gestor é mais importante do que se guiar pela rentabilidade recente.

3 - Crédito privado de boas empresas

O solavanco no mercado de crédito privado no Brasil – sobre o qual nós contamos aqui e aqui – acabou criando uma oportunidade para o investidor comprar títulos de dívida emitidos por empresas, como debêntures, com foco em bons nomes, segundo Penchas.

Trata-se de uma nova realidade, já que antes a One Partners preferia investir nos papéis das mesmas empresas emitidos no exterior em dólar e depois fazer o swap, ou seja, converter a rentabilidade para reais.

“Mas hoje você encontra papéis da Petrobras no mercado brasileiro pagando 100 pontos acima da NTN-B (Tesouro IPCA) líquido de imposto”, diz.

4 - Dólar

Para quem tem menos acesso a opções de investimento no mercado externo, a melhor forma de se proteger contra eventuais problemas é ter uma parcela de dólares na carteira, de acordo com os sócios da One Partners.

“Quando a coisa vai mal, o dólar vai embora”, diz Penchas, ao ponderar que a alta recente foi uma exceção e ocorreu apesar do cenário para o país ser positivo.

Penchas afirma, contudo, que a moeda norte-americana está cara nos patamares atuais. Ou seja, a alocação deve ser realmente tomada mais como um seguro do que como uma alternativa de alocação.

Entre as moedas, aliás, a preferência do gestor é mais pela libra, que para ele ficou barata diante das incertezas provocadas pelo Brexit.

5 - Fundos de previdência

Para quem tem horizonte de longuíssimo prazo os fundos de previdência privada são imbatíveis, segundo o sócio da One Partners.

Eles escapam da incidência do come-cotas, a tributação semestral que recai sobre os fundos de investimento tradicionais, e ainda pode sair com um alíquota de imposto de 10% depois de dez anos.

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