Depois de subir 15% no ano, bolsa segue atrativa para investimento e pode atingir novos recordes
As estimativas dos analistas para o Ibovespa variam agora entre 110 mil e 116 mil pontos no fim do ano. Isso significa que você ainda pode ficar até 15% mais rico, se estiver disposto a correr o risco do investimento em renda variável
No fim do ano passado, eu conversei com especialistas das corretoras de três grandes bancos para saber quais eram as expectativas para a bolsa em 2019. E escrevi que você poderia ficar até 30% mais rico, de acordo com as projeções para o Ibovespa no fim deste ano. Passados seis meses, o que aconteceu?
Quem aplicou na bolsa no último dia do ano passado e aguentou os solavancos no meio do caminho hoje acumulou até o último dia 30 de junho um ganho de 14,88%. Bem mais do que os 3,02% do CDI, o índice de referência das aplicações de renda fixa.
A pergunta que você estar se fazendo agora é: ainda dá tempo de entrar na bolsa? E quem comprou lá atrás e ganhou dinheiro deve aproveitar para sair?
Onde investir no segundo semestre de 2019
Esta matéria faz parte de uma série de reportagens sobre onde investir no segundo semestre de 2019, com as perspectivas para os diferentes ativos. São eles:
- Tesouro Direto
- Ações (você está aqui)
- Renda fixa, além do Tesouro Direto
- Imóveis
- Fundos imobiliários
- Criptomoedas
- Câmbio
Eu voltei a conversar com os analistas do Bradesco BBI, Itaú BBA, Santander Corretora em busca das respostas. Mas já posso adiantar que sim, você ainda pode entrar na bolsa, apesar da boa alta já obtida no ano. E mesmo para quem já surfou na onda no primeiro semestre o mercado de ações continua atrativo.
Aliás, foi um semestre para ficar na memória. Foram vários recordes batidos, incluindo a marca de 100 mil pontos para o Ibovespa, o principal índice da B3, e a inédita marca de 1 milhão de pessoas físicas investindo diretamente em ações.
Leia Também
As estimativas dos analistas variam agora entre 110 mil e 116 mil pontos para o Ibovespa. Isso significa que você ainda pode ficar até 15% mais rico, se tiver entrado na bolsa nesta segunda-feira, ou até 32% caso tenha colocado dinheiro em ações no fim do ano passado.
Existem riscos? É claro, do contrário não se chamaria renda variável. Traduzindo em números os solavancos da bolsa, na mínima deste ano, alcançada no dia 17 de maio, o Ibovespa bateu nos 89.992 pontos. E apenas um mês depois cruzava a marca histórica dos 100 mil para alcançar no dia 24 de junho o recorde de 102.062 pontos.
Certo por linhas tortas
O cenário traçado pelos analistas acabou dando certo, mas por caminhos tortuosos. Quando conversei em dezembro passado com André Carvalho, chefe de análise de ações do Bradesco BBI, a expectativa era que nesta época do ano a economia fiscal com a reforma da Previdência já estaria definida, assim como a base de apoio ao governo Bolsonaro no Congresso. Nenhum desses pontos, contudo, se concretizou.
“A visibilidade hoje é bem menor do que a gente esperava, e a incerteza política deve se manter elevada”, disse o analista do Bradesco.
Isso significa que Carvalho está pessimista com a bolsa daqui para frente? Pelo contrário. Ele afirma que, apesar da dificuldade na tramitação da Previdência, o governo já conquistou uma vitória importante com a aprovação da MP que combate as fraudes na concessão de benefícios.
Nas contas do Bradesco BBI, só essa medida pode trazer uma economia de R$ 400 bilhões para os cofres públicos em dez anos. “Então não existe mais um cenário em que a reforma da Previdência não é aprovada. Pelo menos uma parte dela já foi”, afirma Carvalho.
Entre as ações recomendadas pelo analista estão as da B3 (B3SA3), que se beneficia do cenário de juros baixos. Ele também indica os papéis do Banco do Brasil (BBAS3), Lojas Renner (LREN3) e Energisa (ENGI11). Como forma de proteção, ele aponta os papéis da Vale (VALE3).
O Bradesco BBI refez as projeções para o desempenho da bolsa e agora estima que o Ibovespa pode fechar o ano em 116 mil pontos. Mas o analista não descarta um cenário ainda mais positivo, com o principal índice da B3 atingindo os 140 mil pontos em dezembro deste ano.
Para esse melhor prognóstico se confirmar, é preciso que a Previdência avance no Congresso com uma economia de pelo menos R$ 700 bilhões. A aprovação da reforma deve levar o Banco Central a dar início a um novo corte da taxa básica de juros (Selic).

Juro em queda, bolsa em alta
A provável queda dos juros a partir da reforma por si só já representa um catalisador para a bolsa no segundo semestre, segundo Marcos Assumpção, responsável pela área de análise de ações para o Brasil do Itaú BBA. O banco projeta uma redução de 1,5 ponto percentual da Selic até dezembro, dos atuais 6,5% para 5% ao ano.
“Com a redução dos juros, a dívida da empresas fica mais barata e dá confiança para elas voltarem a investir”, disse o especialista do Itaú BBA, que projeta o Ibovespa em 110 mil pontos no fim de 2019.
A queda da Selic tem outro efeito positivo para a bolsa, que é o da migração de recursos de investidores que hoje estão na renda fixa e verão seu dinheiro render ainda menos se não fizerem nada.
Esse movimento, aliás, já vem acontecendo, como se pode observar da captação dos fundos de ações e do aumento de pessoas físicas na B3.
Na carteira recomendada do Itaú BBA está a companhia aérea Azul (AZUL4), que ganha em um cenário queda do dólar e do petróleo, além do cenário de menor competição após a quebra da Avianca. Assumpção também destaca papéis como os da incorporadora Cyrela (CYRE3) e a empresa de shoppings Multiplan (MULT3).
Está barato
Depois da alta acumulada neste ano, o Ibovespa passou a ser negociado pouco acima da média histórica, na avaliação entre o preço e o lucro (P/L) das companhias que compõem o índice. Isso significa, então, que a bolsa está cara?
“Não”, é a resposta de Ricardo Peretti, estrategista da Santander Corretora. Para ele, a bolsa tem todas as condições de ser negociada acima do patamar dos últimos anos.
Além de questões como a provável aprovação da reforma da Previdência, o aumento dos lucros das empresas listadas favorece a continuidade de trajetória de alta para as ações.
“Apesar do ruído político esse ciclo positivo de lucro funciona como um colchão para a bolsa”, diz Peretti.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A Santander Corretora projeta o Ibovespa em 115 mil pontos em dezembro deste ano. A instituição possui uma carteira com nove ações recomendadas, incluindo bancos como Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3), além de nomes "clássicos" como Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3).
Fora desse grupo, Peretti indica ações do setor elétrico como Equatorial (EQTL3) e Energisa (ENGI11) para quem tem preferência por empresas boas pagadoras de dividendos.
E os riscos?
A chance de o cenário projetado pelos analistas não se concretizar reside em três fatores. O primeiro, como você já deve imaginar, é uma não-aprovação da reforma da Previdência.
Essa possibilidade, embora esteja no radar, parece cada vez mais distante, ainda que os ruídos na tramitação do projeto continuem provocando instabilidade no mercado.
Do lado externo, são duas as ameaças. A primeira é a de um agravamento na guerra comercial entre Estados Unidos e China. O grande receio dos especialistas é que a disputa tarifária afete o crescimento global, o que provavelmente vai se refletir no apetite dos investidores pela bolsa.
O terceiro risco apontado pelos analistas com quem eu conversei é o de uma possível reversão da bolsa americana. Os principais índices de ações em Nova York vêm de um longo ciclo de altas e a grande pergunta do mercado é até onde vai o chamado "bull market".
Caso as bolsas lá fora sofram uma queda mais forte, como ocorreu no fim de 2018, é bem difícil que os mercados no Brasil passem ilesos. A avaliação, porém, é que esse balanço de riscos hoje é plenamente favorável ao investimento em bolsa.
Essa combinação de dados garante um corte da Selic em dezembro e uma taxa de 11,25% em 2026, diz David Beker, do BofA
A combinação entre desaceleração da atividade e arrefecimento da inflação cria o ambiente necessário para o início do ciclo de afrouxamento monetário ainda este ano.
O último “boa noite” de William Bonner: relembre os momentos marcantes do apresentador no Jornal Nacional
Após 29 anos na bancada, William Bonner se despede do telejornal mais tradicional do país; César Tralli assume a partir de segunda-feira (3)
O que falta para a CNH sem autoescola se tornar realidade — e quanto você pode economizar com isso
A proposta da CNH sem autoescola tem o potencial de reduzir em até 80% o custo para tirar a habilitação no Brasil e está próxima de se tornar realidade
Doces ou travessuras? O impacto do Halloween no caixa das PMEs
De origem estrangeira, a data avança cada vez mais pelo Brasil, com faturamento bilionário para comerciantes e prestadores de serviços
Bruxa à solta nas loterias da Caixa: Mega-Sena termina outubro encalhada; Lotofácil e Quina chegam acumuladas ao último sorteio do mês
A Mega-Sena agora só volta em novembro, mas a Lotofácil e a Quina têm sorteios diários e prometem prêmios milionários para a noite desta sexta-feira (31).
Caixa encerra pagamentos do Bolsa Família de outubro nesta quinta (31) para NIS final 0
Valor médio do benefício é de R$ 683,42; Auxílio Gás também é pago ao último grupo do mês
Não é só o consumidor que sofre com golpes na Black Friday; entenda o que é a autofraude e seus riscos para o varejo
Com o avanço do e-commerce e o aumento das transações durante a Black Friday, cresce também o alerta para um tipo de golpe cometido por consumidores
O que muda com a aprovação da MP do setor elétrico na Câmara? Confira os principais pontos
A Câmara dos Deputados aprovou, em votação simbólica, o texto principal da MP 1.304, que define novas diretrizes para o setor elétrico. Alguns pontos considerados mais polêmicos foram destacados e votados em separado
Mais da metade das empresas na América Latina está bastante exposta a riscos climáticos, cada vez mais extremos, diz Moody’s
Eventos extremos estão aumentando, intensificando os prejuízos, e tornam as empresas um risco crescente de crédito.; Seguros não são o suficiente para proteger as companhias
Ele começou lavando pratos e hoje é o dono da empresa mais valiosa da história
De lavador de pratos a bilionário da tecnologia, Jensen Huang levou a Nvidia a se tornar a empresa mais valiosa do mundo, ultrapassando os US$ 5 trilhões com a revolução da inteligência artificial
A Argentina vive seu momento “Plano Real”, e poucos parecem estar botando fé nisso, diz gestora
Segundo a gestora RPS Capital, a Argentina tem todos os elementos que colaboraram para o boom dos ativos brasileiros depois do Plano Real
Jogo do bicho na Netflix: como a expansão das bets abalou a maior loteria ilegal do mundo
Do Barão de Drummond ao “tigrinho”, a história do jogo que ensinou o Brasil a apostar e perdeu espaço para as bets
Trump e Xi divulgam acordos comerciais, redução de tarifas e trégua sobre terras raras
O aperto de mão mais aguardado pelo mercado finalmente aconteceu e presidentes dos EUA e da China firmaram acordos sobre compras de commodities e energia, terras raras e tarifas, mas não houve decisão sobre o TikTok
Quina acumula e pode pagar muito mais que a Mega-Sena hoje — e a Timemania mais ainda
Além da Lotofácil, da Quina e da +Milionária, a Caixa sorteou na véspera os números da Lotomania, da Dupla Sena e da Super Sete
Teimosia ou simplicidade? Lotofácil 3525 deixa dois apostadores mais perto do primeiro milhão
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta quinta-feira (30) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3526
Bolsa Família e Auxílio Gás: veja quem recebe nesta quinta-feira (30)
Programa do governo federal atinge 18,9 milhões de famílias em outubro, com gasto total de R$ 12,88 bilhões.
Hora de investir na China: Nord Investimento indica dois ETFs para você se expor às empresas do país asiático
Investir diretamente na China não é fácil, mas os ETFs estão tornando o acesso mais prático e eficiente, segundo o analista Christopher Galvão
O que você precisa saber sobre a licença menstrual aprovada pela Câmara
Câmara aprova afastamento remunerado de até dois dias por mês para mulheres com sintomas graves durante o ciclo menstrual; proposta segue para o Senado
Elon Musk lança IA “anti-woke” para concorrer com Wikipedia — e essa é apenas a mais recente da coleção de polêmicas do homem mais rico do mundo
Elon Musk acaba de lançar o Grokpedia, uma ferramenta de IA que promete ser uma alternativa “anti-woke” à Wikipedia, mas as polêmicas em torno do bilionário não param por aí
Contas laranja: depois de ataques hacker históricos e bilionários, bancos tentam limitar rotas de fuga para dinheiro roubado
Após nova invasão digital no sistema financeiro, Febraban endurece regras e amplia a blindagem contra o uso criminoso de contas bancárias
