Brincadeiras, tempestades e tiros no Planalto Central
Relação entre Executivo e Legislativo se mostra binária: ou se chega à nova política prometida pelo presidente ou não teremos política alguma
Não recuar, não se render. Nós fizemos uma promessa. Nós juramos que vamos nos lembrar para sempre.
Esse é um trecho da letra “No Surrender” de Bruce Springsteen e já foi utilizada mais de uma vez pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para traduzir o lema de sua equipe nas reuniões.
Esse mesmo lema serve para embalar o que parece ser um interminável imbróglio entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que se arrasta desde a sexta-feira da semana passada.
A quarta-feira foi pródiga em troca de caneladas. Bolsonaro fala em “tempestade em copo d’água” sobre as reclamações quanto à articulação política, manda beijos aos congressistas em programa de TV e “cutuca” dizendo que Maia pode estar abalado por questões pessoais.
Maia não se faz de rogado e manda o petardo de volta, dizendo que Bolsonaro está “brincando de presidir” e que somos nós, os brasileiros, que estamos abalados, esperando desde janeiro que o Brasil comece a funcionar.
Informado da réplica do deputado, Bolsonaro diz que as declarações são irresponsáveis e que não são palavras de uma pessoa que conduz uma Casa.
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Encerrando o dia (ao menos até onde acompanhei), Maia fez um aceno de trégua. “Eu faço um apelo ao presidente que pare, chega, peça ao entorno para parar de criticar”. O entorno aqui é grande e inclui, certamente, Olavo de Carvalho que tem feito postagens deselegantes envolvendo Maia e partes pudendas.
Para o presidente da Câmara, o Brasil perde, a bolsa está caindo e a expectativa positiva dos investidores está ficando menor. E ele tem razão, esse atrito entre Executivo e Legislativo se soma a uma piora de ambiente externo lembrando ao povo dos 100 mil pontos que renda variável, varia...
Enquanto Bolsonaro e Maia trocavam chumbo, quem falava de tiros e balaços era o ministro Paulo Guedes, que ficou 5 horas na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, depois de ter cancelado sua participação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na terça-feira.
Guedes já disse ser “direto, rasgado e transparente” e foi isso mesmo que ele foi ao falar que não foi à CCJ pois iria tomar tiro nas costas de aliados, pedradas da oposição e da base e balaços de quem deveria fazer sua escolta.
“Algo está falhando entre nós”, resumiu o ministro. Mas antes, rendeu homenagens a Maia, que “está sendo construtivo com relação a minha pessoa”.
Guedes também foi direto ao falar que a aprovação da PEC que mudou regras orçamentárias em velocidade assustadora, para Brasília, foi sim uma demonstração de poder de uma Casa, uma exibição de poder político.
O ministro sempre faz uma pose de quem pouco sabe de política, dizendo que está chegando agora, ou que veio de Marte. Mas sabe muito bem que nada acontece de graça ali no Congresso, que mandou um recado alto e claro.
Segundo o ministro, há um choque de acomodação e é exatamente isso que estamos vendo, todo choque gera ruído, calor, desgaste e somente termina com um deslocamento.
De acordo com Guedes, o grupo que chega não sabe onde está a cadeira e o grupo que está aqui dentro fala que tem de conversar para poder sentar na janela.
Antes, Guedes já tinha dito que há uma dificuldade de comunicação, pois “há uma ruptura no sistema de alianças”, no que poder ser interpretado como o fim do "Presidencialismo de Coalizão", como falamos aqui.
Bolsonaro não vai se deslocar, recuar e muito menos se render. "Não vou jogar dominó com o Lula e o Temer no xadrez", teria dito o presidente, segundo a "Folha de S.Paulo", em frase que sintetiza o "no retreat, no surrender".
Guedes sabe disso e também não deve abandonar o barco. Isso só ocorrerá, segundo ele, se o presidente parar de apoiar as agendas que servem ao país e foram propostas por uma aliança de centro-direita ainda não compreendida, depois da hegemonia da centro-esquerda nos últimos 30 anos.
Como a reforma da Previdência se coloca como algo binário (chance de um novo país ou implosão da máquina pública), a relação entre Executivo e Legislativo também está se mostrando binária: ou se chega à nova política prometida pelo presidente ou não teremos política alguma.
Traduzindo para o mundo dos investimentos, os riscos são cada vez mais assimétricos. Contrastando grandes perdas com ganhos que tenderiam ao infinito.
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