O namoro do mercado financeiro com o governo de Jair Bolsonaro nunca pareceu estar tão forte.
E o principal fator que continua carregando esse otimismo é a reforma da Previdência, que, ao que tudo indica, tem tudo para ser aprovada ainda neste semestre.
Um relatório da XP Investimentos divulgado nesta sexta-feira, 1º, ouviu 87 investidores institucionais, que incluem gestores de recursos e consultores.
Desses, 53% apostam que o governo atual deve aprovar uma reforma mais ampla da Previdência daquela apresentada no governo Michel Temer.
No Congresso, a expectativa parte para 79%. O relatório levantou quais devem ser as principais tendências caso a reforma acabe não acontecendo por alguma razão.
Dólar
Os entrevistados acreditam que a moeda norte-americana deve chegar no fim de 2019 cotada a R$ 3,60 se a reforma apresentada for igual a de Temer ou a R$ 3,30 se o tamanho acabar superando. Sem aprovação, a moeda deve saltar para R$ 4,20.
Bolsa
Com uma reforma igual à de Temer, a expectativa é que o Ibovespa atinja 110 mil pontos. Se for maior, o número salta para 125 mil. Sem a reforma, os analistas preveem que a bolsa não vá muito além dos 75 mil pontos.
Juros
Já em relação aos juros, a expectativa é que, com uma reforma equivalente à de Temer, a Selic se mantenha em 6,5%. Se for maior, deve chegar a 6%. Caso a reforma não seja aprovada ou fique empacada, os analistas estimam uma taxa de 7,75%.