E esse dólar, hein? Quem me fez a pergunta foi o motorista do Uber que peguei hoje de manhã para ir a um evento com gestores de fundos promovido pelo Santander. As pautas de economia afetam a vida de todo mundo, mas poucas chamam tanto a atenção quanto o câmbio.
Uma boa forma de saber o que fazer nessas horas é descobrir o que os profissionais responsáveis por investir bilhões em recursos estão fazendo. E dois dos mais renomados gestores de fundos brasileiros estão comprados em dólar.
Hoje a moeda norte-americana fechou em novo recorde aos R$ 4,2586, em alta de 0,44%, mesmo com nova atuação do Banco Central. Já a bolsa se recuperou do tombo de ontem e fechou em alta.
A posição de Rogério Xavier, da SPX Capital, já é conhecida do mercado. O gestor disse hoje que vê o chamado câmbio de equilíbrio do país na casa de R$ 4,30. Ou seja, acima da cotação atual.
Ele voltou a dizer que não espera a entrada de recursos estrangeiros para a bolsa ou para a renda fixa no Brasil. E recomendou que todos na plateia tivessem uma parcela da carteira em dólar.
Mas a novidade do dia não veio do gestor da SPX, e sim de Carlos Woelz, da Kapitalo Investimentos. A gestora responsável por R$ 17 bilhões em recursos tinha uma visão mais otimista para o câmbio.
Mas uma mudança recente em um indicador importante fez o gestor também adotar uma posição comprada em dólar. Eu conto para você nesta matéria o que fez ele mudar de ideia.
Devagar, mas andando
Os investidores no mercado estão céticos quanto às chances do governo de aprovar o amplo pacote fiscal enviado no começo do governo. Mas não é que as medidas estão andando? Pelo menos foi essa a conclusão dos analistas da XP Investimentos, que foram conferir o andamento do Plano Mais Brasil. Ainda assim, as votações só devem sair mesmo em 2020, e alguns pontos do programa ganharam mais corpo que outros, como conta o Eduardo Campos.
Mais um round perdido
O Itaú sofreu uma derrota na batalha que trava com o Cade, que investiga se o maior banco privado brasileiro se valeu de armas proibidas na chamada guerra das maquininhas de cartão. Os conselheiros do órgão de defesa da concorrência rejeitaram o recurso contra a decisão que suspendeu uma promoção lançada pela Rede, a empresa de maquininhas da instituição. Confira os detalhes da decisão.
Aumentou a pena
Por falar em derrota, o ex-presidente Lula teve a condenação mantida em segunda instância no caso do sítio de Atibaia. Os desembargadores do TRF-4 também decidiram aumentar a pena de 12 anos e 11 meses de prisão para 17 anos e um mês. O pedido de anulação da sentença feito pela defesa do petista foi negado. Lula seguirá em liberdade, mas foi condenado ainda ao pagamento de R$ 870 mil.
Sobre as falas de Guedes
Paulo Guedes fez barulho ontem com duas declarações: a primeira foi a necessidade de nos acostumarmos com um dólar mais alto. E a segunda, ao dizer que “não se assustem se alguém pedir o AI-5”. A primeira fala repercutiu no meio econômico e a segunda, no mundo político. O Felipe Miranda disseca ambas as afirmações do ministro do ponto de vista da economia e dos investimentos na coluna de hoje.