Estrangeiro volta a comprar dívida pública brasileira
No trimestre compra líquida foi de R$ 42,5 bilhões, com estoque indo a R$ 460 bilhões. Para o Tesouro, movimento capta otimismo com reformas

Mesmo que de forma tímida o estrangeiro segue ampliando sua participação na dívida pública brasileira. Agora em março, o estoque foi a R$ 460,88 bilhões, maior volume nominal desde junho de 2016.
No trimestre, a compra líquida soma R$ 42,5 bilhões, depois de fechar 2018 com aquisição de apenas R$ 2,08 bilhões. No primeiro trimestre do ano passado ocorreu modesta saída de R$ 1,16 bilhão. As cifras não animam, mas olhando em perspectiva, 2017 fechou com redução de R$ 11,50 bilhões, depois dos R$ 70 bilhões retirados em 2016.
Segundo o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Luis Felipe Vital, a expectativa é de que um fluxo "positivo e constante" ocorra após a aprovação da agenda de reformas, em especial a reforma da Previdência.
Para Vital, esse movimento inicial de compra se dá muito pelo otimismo com a possibilidade de aprovação da reforma.
As compras do não residente se concentram em papéis prefixados, com prazos superiores a cinco anos.
Em termos percentuais, o gringo responde por 12,2% da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFI), que subiu 0,87% em março, para R$ 3,764 trilhões. Entre 2014 e 2015, a participação rondava os 20%, mas a perda do grau de investimento mudou o padrão.
Leia Também
Os maiores financiadores da dívida brasileira são os fundos de investimentos, carregando R$ 1,025 trilhão, ou 27,24%, posição que está consolidada desde o fim de 2017. Na sequência temos as instituições de Previdência, com R$ 908 bilhões, ou 24,15%, e, por fim, os bancos, com R$ 840 bilhões, ou 22,33%.
Ambiente em março
Segundo Vital, o mês de março foi marcado por um cenário externo mais negativo, com preocupações com crescimento global e isso pesou no mercado. “A percepção de risco de emergentes foi negativa”, disse.
Agora em abril, explicou Vital, observamos dados econômicos mais positivos sobre atividade na China e Estados Unidos, que acabam reduzindo a preocupação com crescimento global. “Observamos queda na percepção de risco para emergentes.”
No ambiente interno, Vital lembrou que o mês começou com pouco mais de incerteza, mas elas se dissiparam como o encaminhamento da reforma pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), resultando em redução de volatilidade e do patamar das taxas de juros.
Carregando a montanha
O Tesouro também atualiza mensalmente o custo de carregar esses trilhões de dívida. O custo médio acumulado em 12 meses foi de 9,36% em março, avançando de 9,32% em fevereiro.
Essa alta capta o aumento da inflação, que foi maior em março desde ano em comparação com março do ano passado. Esse movimento deve continuar a acontecer, já que a expectativa é de que tenhamos alguns meses de inflação maior no comparativo anual.
A inflação é um dos principais indexadores da dívida pública, assim como a taxa Selic. Então, quanto maior a inflação e maior o juro, mais “cara” a dívida brasileira. Para dar uma ideia, o custo da dívida chegou a ultrapassar 16% no fim de 2015 e começo de 2016. Aqui as taxas de juros reais também importam.
Já o custo médio de emissão em mercado caiu pelo 30º mês consecutivo e marcou 7,27% no mês passado, menor valor da série histórica iniciada em 2010. O custo de emitir uma NTN-B fechou o mês em 9,36%, acima dos 8,88% de fevereiro. Para dar um parâmetro, no fim de 2015 esse custo passava dos 17%.
Até quando Galípolo conseguirá segurar os juros elevados sem que Lula interfira? Teste de fogo do chefe do BC pode estar mais próximo do que você imagina
Para Rodrigo Azevedo, Carlos Viana de Carvalho e Bruno Serra, uma das grandes dúvidas é se Galípolo conseguirá manter a política monetária restritiva por tempo suficiente para domar a inflação sem uma interferência do governo
Felipe Miranda: O que me anima para 2025
Se fosse para dar uma recomendação pragmática e direta para 2025, seria: mantenha uma sólida posição de caixa (pós-fixados), uma exposição razoável ao dólar, algum hedge em ouro e um pezinho nas criptomoedas
Alemanha em crise: presidente dissolve parlamento e partidos se preparam para embate nas eleições antecipadas de 23 de fevereiro
Maior economia da Europa enfrenta cenário econômico desafiador e governo luta para recuperar controle após colapso de sua coalizão
Tesouro Direto atrai segundo maior valor da história apesar do aumento do risco fiscal; confira os títulos preferidos do investidor
Em meio ao aumento das tensões no mercado, emissão líquida de títulos do Tesouro Direto atingiu R$ 2,46 bilhões em novembro
Contrário ao bitcoin (BTC), FMI fecha acordo bilionário com El Salvador para reduzir importância da criptomoeda — mas Bukele mantém aposta em ativos digitais
Acordo deve disponibilizar US$ 1,4 bilhão e abrir portas para mais US$ 3,5 bilhões em recursos ao país que vem sofrendo com dívidas, mas a estratégia do bitcoin não foi abandonada
Tesouro IPCA+ agora oferece retorno anual de 7% acima da inflação em todos os vencimentos com temor fiscal e alta do dólar
Nesta quarta-feira (18), as taxas operam em alta com a expectativa de conclusão pela Câmara e pelo Congresso das votações do pacote fiscal e leis orçamentárias
Investimentos de presente de Natal: Tesouro Direto e B3 lançam gift card, cartão que permite presentear com títulos públicos
Cartão pré-pago permite comprar qualquer tipo de título público para dar de presente a outra pessoa; veja como funciona
Os juros vão subir ainda mais? Quando a âncora fiscal falha, a âncora monetária precisa ser acionada com mais força
Falta de avanços na agenda fiscal faz aumentar a chance de uma elevação ainda maior dos juros na última reunião do Copom em 2024
Você precisa fazer alguma coisa? Ibovespa acumula queda de 1,5% em novembro enquanto mercado aguarda números da inflação nos EUA
Enquanto Ibovespa tenta sair do vermelho, Banco Central programa leilão de linha para segurar a alta do dólar
Tesouro Direto registra o maior valor mensal em vendas de títulos públicos – mas operações voltam a ser interrompidas
Vendas de títulos públicos do Tesouro Direto ultrapassou o recorde de março de 2023 e vem atraindo investidores pequenos, com preferência em papéis de curto prazo
Inteligência artificial pode alavancar crescimento global, mas não é bala de prata; veja o que mais deveria ser feito, segundo a diretora do FMI
Antecipando-se às reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional na semana que vem, Kristalina Georgieva falou da necessidade de regular a IA, fazer reformas e ter cautela com a dívida pública
Prazo para resgatar “dinheiro esquecido” em contas bancárias termina hoje; veja como sacar e o que fazer caso perca o prazo
O recolhimento do “dinheiro esquecido” em instituições financeiras é uma medida da lei que trata sobre a reoneração gradual da folha de pagamentos
Prazo para resgate de “dinheiro esquecido” em contas bancárias termina amanhã; veja como sacar e o que fazer caso perca o prazo
O recolhimento do “dinheiro esquecido” em instituições financeiras é uma medida da lei que trata sobre a reoneração gradual da folha de pagamentos
Greve volta a paralisar venda de títulos públicos do Tesouro Direto nesta terça-feira (15); resgates serão mantidos?
Esta é a terceira vez que a greve dos servidores do Tesouro Nacional paralisa as operações do Tesouro Direto em menos de um mês
O “moody” de Rogério Xavier sobre o Brasil: “eu tenho dado downgrade a cada notícia”; saiba o que pensa o gestor da SPX
Na avaliação do sócio-fundador da SPX, gastos parafiscais de R$ 100 bilhões sustentam PIB acima do esperado, mas fazem dívida correr o risco de “explodir”
Títulos públicos como garantia e investimento coletivo: as novidades do Tesouro Direto nos próximos meses
Segundo coordenador-geral do Tesouro Direto, novos títulos públicos não estão na pauta no curto prazo, mas haverá novidades em outras frentes
Reality show do Tesouro Direto colocará 100 mulheres para aprender a investir e a lidar melhor com suas emoções e finanças
Participantes da competição “Garota do Tesouro” serão testadas em suas habilidades de criação de riqueza e deverão compartilhar conhecimentos financeiros com seus seguidores
Por que não haverá venda de títulos do Tesouro Nacional hoje? Órgão responde
Servidores reivindicam a inclusão de reajustes salariais para o órgão na LDO e no Orçamento de 2025, cujos projetos tramitam no Congresso
Campos Neto vê exagero dos mercados na precificação dos riscos fiscais; veja o que o presidente do Banco Central disse dessa vez
Durante evento do Banco Safra, nesta terça-feira (24), RCN também falou sobre perspectiva em relação à economia norte-americana e os impactos das queimadas no Brasil nos preços
Tesouro Direto não venderá títulos públicos na próxima terça-feira (24) devido a greve de servidores; resgates estão mantidos?
A categoria reivindica a inclusão de reajustes salariais para o órgão na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 e no Orçamento de 2025, cujos projetos tramitam no Congresso