🔴 5 TÍTULOS DA RENDA FIXA ‘PREMIUM’ PARA INVESTIR AGORA –  CONHEÇA AQUI

Estadão Conteúdo

Na ponta do lápis

Corte de juro alivia o custo da dívida pública

Dívida é emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal

Montagem de meteoro no espaço em direção para baixo com o texto juros em cima; investimentos
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

O governo vai deixar de pagar R$ 418 bilhões de juros da dívida pública entre 2019 e 2022, segundo as novas estimativas feitas pelo Ministério da Economia e que serão apresentadas a investidores e agências internacionais de classificação de risco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A dívida pública é emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal. Ou seja, para pagar despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos. Este ano, deve fechar em R$ 5,31 trilhões, o equivalente a 73,1 % do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas do País.

Só neste ano, os números apontam uma economia de juros de R$ 68,9 bilhões. O maior valor será verificado em 2020 (R$ 120 bilhões), no ano seguinte será de R$ 109,4 bilhões e no último ano do mandato de Jair Bolsonaro, de R$ 119,3 bilhões.

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou ao jornal O Estado de São Paulo que a redução do custo está atrelada à queda da taxa básica de juros, a Selic, que está na mínima histórica (4,5% ao ano). Isso permite que o governo pague menos para se financiar no mercado.

No passado, o aumento da dívida pública brasileira estava relacionado, entre outros fatores, com o alto patamar da Selic, que chegou a atingir o pico de 45% ao ano (em 1999).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nos últimos anos, porém, o principal fator que tem impulsionado a dívida pública são os rombos nas contas públicas - que registraram déficit primário (despesas maiores do que receitas, sem contar juros da dívida pública) desde 2014.

Leia Também

Os números mostram que o custo médio da dívida pública está recuando principalmente por conta do processo de corte dos juros básicos da economia. Para 2019, caiu de 9,4% para 8,1%. Em 2020, estará em 7%, segundo a projeção do governo, ante uma estimativa anterior de 9,4%. Segundo Rodrigues, a agenda de reformas foi comprada pelo Congresso, o que permite "altíssimo retorno" a médio e longo prazos.

Nota

No curto prazo, o secretário destaca os seus efeitos positivos com a redução do risco de calote do País para um patamar abaixo de 100 pontos e a perspectiva positiva dada pela agência Standard & Poor's há poucos dias. Otimista, ele disse que é possível melhorar a nota do Brasil no ano que vem. "Teremos boas notícias", afirmou. O dinamismo maior da atividade econômica no ano que vem, segundo ele, vai ajudar nas contas públicas com o fortalecimento da arrecadação.

A dívida é um indicador acompanhado atentamente pelas agências de classificação de risco - que conferem notas aos países (o que funciona como uma recomendação, ou não, para investimentos).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Uma tendência crescente da dívida, em um cenário de ausência de reformas, pode gerar a piora na nota brasileira - com recomendação para que investidores estrangeiros retirem recursos do país.

Rodrigues evitou fazer projeções de quando as contas do governo passarão do vermelho para o azul. Ele destacou que, ao final de 2018, a previsão era de um rombo de 1,9% do PIB este ano. Mas, agora, os números apontam para um resultado negativo entre 1% e 1,1% do PIB (R$ 70 bilhões a R$ 80 bilhões menor). "É quase metade do estimado."

A previsão de déficit nominal (que inclui os gastos com juros) era de 7% do PIB e deve fechar o ano em 5,9%. O secretário ponderou que esse é o indicador mais importante para as contas públicas a ser perseguido pelo governo porque mostra o tamanho da necessidade de a União se financiar para pagar as suas contas.

As previsões de dívida bruta mostram uma queda já a partir de 2021, de 78,2% para 77,9% do PIB. O secretário antecipa que esse importante "termômetro" poderá ter uma pequena queda em alguns meses já a partir do ano que vem. "Achávamos que a dívida iria ultrapassar 80%, mas vai cair antes", diz Rodrigues.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ele ressalta que nem o governo e nem os analistas do mercado, nos relatórios de janeiro, previam a possibilidade dessa redução da dívida e melhora dos indicadores fiscais. "Foi zelo fiscal e a queda dos juros que permitiram. Não havia nenhum relatório que colocasse essa queda da dívida já em 2020", disse.

*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
Estica mais?

Teto de gastos pode sofrer golpe com parcelamento de dívidas públicas

6 de agosto de 2021 - 10:29

Em comunicado, o IFI afirma que o benefício de adiar o pagamento de parte das dívidas judiciais previstas para 2022 pode abalar a credibilidade do país

Segurando os gastos

Bolsonaro, sobre auxílio: nossa capacidade de endividamento está no limite

28 de maio de 2021 - 7:29

Além de justificar as decisões sobre os valores do programa social, presidente criticou Lula e descartou intervenção sobre os preços da carne

trajetória preocupante

Selic maior pode elevar dívida do Brasil em R$ 100 bilhões

3 de abril de 2021 - 10:52

Tesouro pode optar por mudanças na estratégia de emissões de papéis para suavizar o impacto nos próximos meses, diz economista

Aperto nas contas

Déficit do setor público chega a R$ 11,7 bi e dívida chega a 90% do PIB, diz BC

31 de março de 2021 - 12:10

Dados como dívida pública, dívida líquida, déficit e juros também foram divulgados pelo Banco Central

Fala, Guedes!

“Se o presidente não confiar em meu trabalho, sou demissível em 30 segundos”, diz Guedes

2 de março de 2021 - 9:36

O ministro iniciou a gravação dizendo que, “aparentemente”, é um “desastre em comunicação”: “Vim para a política sem querer, nunca pensei em política”

Lá em cima

Mercado espera Selic subindo e inflação alta ainda para este ano

8 de fevereiro de 2021 - 10:42

Conforme divulgado no Boletim Focus nesta segunda-feira (8), a expectativa de crescimento do PIB caiu em relação à semana passada, enquanto o IPCA teve alta para o mesmo período

Resultado primário

Setor público tem o maior déficit primário para novembro desde 2016, diz BC

30 de dezembro de 2020 - 10:50

O resultado primário reflete a diferença entre receitas e despesas do setor público, antes do pagamento da dívida pública

Tesouro Nacional

Dívida pública cresce 3,22% em novembro e vai a R$ 4,788 trilhões

23 de dezembro de 2020 - 17:03

Tesouro divulgou o relatório da Dívida Pública Federal, que mostra aumento da participação dos títulos prefixados na composição da dívida brasileira

Na pandemia

Dívida bruta do governo geral fica em 90,7% do PIB em outubro, diz BC

30 de novembro de 2020 - 12:15

Dados divulgados nesta segunda-feira, 30, pelo Banco Central mostram que a Dívida Bruta do Governo Geral fechou outubro aos R$ 6,575 trilhões, o que representa 90,7% do Produto Interno Bruto (PIB). O porcentual, divulgado nesta segunda pelo Banco Central, é maior que os 90,5% de setembro. No melhor momento da série, em dezembro de 2013, […]

balanço do mês

Dívida Pública Federal sobe 2,47% em outubro e chega a R$ 4,6 trilhões

25 de novembro de 2020 - 16:18

Instituições financeiras foram as principais detentoras da Dívida Pública Federal interna, com 28,1% de participação no estoque

Críticas ao ministro

Para economistas, ideia de Guedes de vender reservas é “truque contábil”

21 de novembro de 2020 - 8:14

Ideia do ministro de usar a venda de reservas cambiais como um dos instrumentos para reduzir a dívida pública não foi bem recebida pelo mercado

Disparou

Dívida bruta do governo deverá encerrar o ano em 96% do PIB

30 de outubro de 2020 - 18:32

Endividamento cresceu 20,2 pontos por causa de pandemia.

EM SITUAÇÃO DELICADA

FMI vê País com a pior dívida entre emergentes

27 de outubro de 2020 - 8:25

Situação fiscal ruim do Brasil só é superada por países menores, como Angola, Líbia e Omã

Efeito covid-19

Setor público tem déficit primário de R$ 81 bilhões em julho, diz BC

31 de agosto de 2020 - 11:07

Déficit primário consolidado do mês passado ficou dentro do intervalo das estimativas de analistas do mercado financeiro

É para se preocupar?

Socorro do BC ao Tesouro é sinal de que títulos públicos estão mais arriscados?

31 de agosto de 2020 - 5:30

Com caixa no limite mínimo de segurança, o Tesouro precisou recorrer a recursos do Banco Central para honrar suas dívidas a vencer. Mau sinal para o investidor? É para sair vendendo os títulos? Entenda o que esse acontecimento significa para os seus investimentos.

De olho na questão fiscal

Lucro do BC pode reduzir em quase 10% dívida pública

20 de agosto de 2020 - 8:36

Ministério da Economia já sinalizou que quer os recursos e o BC, por sua vez, que o ano de 2020 é “especial” e, por isso, uma transferência seria justificável

socorro emergencial a estados

Tesouro regulamenta securitização de dívidas garantidas pela União

10 de agosto de 2020 - 16:10

A Secretaria do Tesouro Nacional publicou no Diário Oficial da União (DOU) os requisitos que Estados, Distrito Federal e municípios devem atender para a reestruturação de dívidas garantidas pela União para fins de securitização

O tamanho da conta

Conta da pandemia chega a R$ 700 bilhões

9 de agosto de 2020 - 13:30

Segundo levantamento do Estadão, pandemia deve custar isso só em 2020, o equivalente a quase 10% do PIB e a R$ 3,3 mil para cada brasileiro. Quantia seria suficiente para pagar o Bolsa Família por 21 anos

Novos números

Dívida pública federal cresce 3,27% e fecha junho em R$ 4,389 tri, diz Tesouro

29 de julho de 2020 - 16:43

A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 2,93% em junho fechou o mês em R$ 4,150 trilhões.

dados de hoje

Dívida pública federal cresce 2,17% e atinge R$ 4,250 trilhões em maio, diz Tesouro

24 de junho de 2020 - 15:54

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 24, pelo Tesouro Nacional. Em abril, o estoque estava em R$ 4,160 trilhões

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar