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Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Mercado se prepara para festas de fim de ano

Rali em Nova York e do Ibovespa antecede pausa para as festividades de Natal e ano-novo, que devem enxugar liquidez do mercado financeiro nos próximos dias

Olivia Bulla
Olivia Bulla
20 de dezembro de 2019
5:34 - atualizado às 6:22
Antes, porém, investidores recebem números do IPCA-15 e do PIB dos EUA hoje

As bolsas brasileira e em Nova York abrem o pregão de hoje novamente em nível recorde - com seus principais índices acionários acumulando valorização ao redor de 30% no ano - em meio ao otimismo do mercado doméstico com a evolução da economia brasileira e à confiança de Wall Street no progresso das negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Porém, o último dia da última semana cheia de 2019 deve ser marcado por uma liquidez reduzida, com muitos investidores já se preparando para as festas de fim de ano.

Antes, porém, as atenções se voltam para os indicadores econômicos, em dia de agenda econômica carregada, no Brasil e no exterior. Os destaques de hoje ficam com a prévia deste mês da inflação oficial ao consumidor brasileiro (IPCA-15), às 9h, e a terceira e última leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no trimestre passado, às 10h30.    

Por aqui, o IPCA-15 deve vir “salgado”, com uma alta mensal próxima a 1%, em meio à pressão vinda dos preços das carnes. Ainda assim, a taxa acumulada em 12 meses deve seguir confortavelmente abaixo do alvo perseguido pelo Banco Central para o ano, de 4%. E esse cenário benigno da inflação mantém a porta aberta para novos cortes na Selic.  

Porém, por mais que o BC não tenha encerrado o ciclo de queda neste mês, nem a ata da reunião de dezembro do Comitê de Política Monetária (Copom) nem o Relatório de Inflação (RI) referente ao quarto trimestre, divulgados nesta semana, indicam que haverá algum ajuste residual no juro básico em 2020. Para tanto, recomenda-se cautela.    

Por isso, o IPCA-15 deve ajustar as expectativas em relação ao rumo da Selic, com os investidores vendo menos espaço para estímulos adicionais no início do ano que vem e já enxergando um ciclo de aperto monetário à frente, o que tem ajudado a estabilizar o dólar. Afinal, a história da inflação começa a preocupar, em meio à perspectiva de aceleração do crescimento econômico.

Hoje é dia de PIB

Já o PIB dos EUA deve mostrar a economia norte-americana saudável, com um crescimento de 2,0%. A leitura anterior mostrou expansão de 2,1%, enquanto a primeira estimativa registrou alta de 1,9%. Juntamente com os números do PIB, saem os dados sobre a renda pessoal e os gastos com consumo, além do índice de preços PCE. 

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Enquanto aguardam os números efetivos, os índices futuros das bolsas de Nova York oscilam na linha d’água, em meio à expectativa de que os dados do PIB irão definir a direção para o dia. Na Ásia, a sessão foi igualmente sem brilho, com Xangai escorregando -0,4% e Tóquio caindo 0,2%, enquanto Hong Kong ficou de lado.    

As principais bolsas europeias também caminham para uma abertura sem rumo único. Nos demais mercados, o barril do petróleo tipo WTI orbita acima de US$ 60, ao passo que o dólar está de lado em relação às moedas rivais e o rendimento (yield) do título norte-americano de 10 anos se sustenta ao redor de 1,9%.

A curva implícita de juros futuros dos EUA está no nível mais íngreme (steepest) em mais de um ano, mostrando como perdeu força o temor de recessão no país. Ainda no mercado de bônus, destaque para os papéis de longo prazo da Índia, após o BC local (RBI) sinalizar uma operação para estimular o crescimento do crédito. 

Já o BC da China (PBoC) manteve inalterada as taxas de referência para empréstimo de curto e longo prazo. A taxa básica de juros de um ano, que passou a ser considerada a taxa referencial, ficou em 4,15%, enquanto à taxa atrelada aos empréstimos de cinco anos ou mais permaneceu em 4,80%. 

Como pano de fundo, prevalece a sensação de que a fase um do acordo comercial entre EUA e China removeu boa parte das incertezas para o cenário econômico em 2020, com o crescimento global devendo receber um impulso do comércio exterior. Esse sentimento fez os investidores se divertirem no mercado de ações antes dos feriados. 

Dia de agenda cheia

A agenda econômica doméstica traz também os índices de confiança da construção civil e do consumidor em dezembro, às 8h, além do relatório do Tesouro sobre a dívida pública (10h) e da nota do BC sobre o setor externo (10h30), ambos referentes ao mês de novembro. Também sai pesquisa CNI-Ibope sobre avaliação do governo (14h30).  

Já no exterior, o calendário norte-americano traz ainda a leitura revisada do índice de confiança do consumidor em dezembro, às 12h. No mesmo horário, sai a prévia deste mês da confiança do consumidor na zona do euro. Logo cedo, será conhecido o dado revisado do PIB do Reino Unido no terceiro trimestre deste ano.

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