Estilo madrugador de Lázaro Brandão ajudou a forjar a cultura do Bradesco
Depois de 75 anos dando expediente religiosamente a partir das 7 da manhã, “seu Brandão” manteve dedicação ao banco mesmo após deixar as funções executivas. Eu conto algumas ocasiões em que estive com o lendário banqueiro
A saída da presidência do conselho de administração do Bradesco, em outubro de 2017, representou uma grande mudança na rotina Lázaro de Mello Brandão, pelo menos para os padrões dele.
Depois de 75 anos dando expediente religiosamente a partir das 7 da manhã, “seu Brandão”, como era conhecido, anunciou o que pretendia fazer após deixar o cargo em uma entrevista coletiva na Cidade de Deus, onde fica a sede do banco em Osasco (SP).
“Agora eu posso começar a chegar no banco umas 7h15”, ele disse.
O tom era de brincadeira e na prática ele se permitiu "bater ponto" um pouco mais tarde, às 7h30. Mas a dedicação de Brandão ao banco permaneceu intacta depois que deixou exercer funções executivas.
As trajetórias do executivo – que faleceu nesta quarta-feira, aos 93 anos – e do Bradesco se confundem a ponto de ser praticamente impossível dissociar uma da outra. Ele entrou em 1942 como escriturário na Casa Bancária Almeida & Cia., instituição com sede em Marília (SP) que, no ano seguinte, se transformou no Banco Brasileiro de Descontos, atual Bradesco.
O estilo madrugador e reservado ajudou a forjar a cultura do Bradesco, que pode ser considerado muito mais um "banco de bancários" do que de banqueiros.
Leia Também
Depois daquela entrevista coletiva, estive com “seu” Brandão mais duas vezes. A primeira foi na entrevista que confirmou a escolha de Octavio de Lazari Junior para o cargo de presidente executivo do banco no lugar de Luiz Carlos Trabuco Cappi, que o sucedeu no conselho.
Na ocasião, perguntei reservadamente a ele como a instituição havia chegado ao nome de Lazari, que não era o mais cotado na linha sucessória por ter assumido uma cadeira na vice-presidência menos de um ano antes.
“A escolha era óbvia”, respondeu, em uma referência ao perfil de Lazari, que assim como ele trilhou toda a carreira dentro do Bradesco.
Assim como o atual presidente, Brandão passou por uma série de cargos até assumir o comando em 1981, sucedendo Amador Aguiar. Ele seguiu os passos do fundador do banco ao acumular a presidência do conselho de administração a partir de 1990.
Foi só uma década depois que Brandão deixou a principal função executiva do Bradesco, mas manteve-se à frente do conselho até os 91 anos de idade.
Na segunda oportunidade em que estive com "seu" Brandão eu já estava no Seu Dinheiro. Foi na reunião anual promovida pelo banco com analistas, em agosto do ano passado. Eu conto nesta matéria em detalhes como foi o evento, mas me chamou a atenção o fato de o executivo ter subido ao palco para falar e depois participar da sessão de perguntas e respostas, em um gesto que me pareceu não estar no script.
Mesmo sem uma função estatutária, o lendário banqueiro seguiu como presidente das empresas controladoras do Bradesco e uma espécie de "embaixador" do banco. E essa função exigiu inclusive mudanças em sua agenda espartana, ao participar em junho deste ano de um jantar com o presidente Jair Bolsonaro promovido pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, com 45 empresários de diferentes setores da economia.
Não sei como foi a agenda do "seu Brandão" no dia seguinte ao jantar com Bolsonaro, mas sou capaz de apostar que às 7h30 ele já estava a postos em sua mesa no prédio da diretoria do Bradesco na Cidade de Deus.
Caixa paga Bolsa Família nesta quarta (19) para NIS final 4; veja quem recebe
A ordem de pagamento do benefício para famílias de baixa renda é definida pelo último número do NIS
CDBs do Will Bank e do Banco Master de Investimento também serão pagos pelo FGC?
Ambas são subsidiárias do Banco Master S.A., porém somente o braço de investimentos também foi liquidado. Will Bank segue operando
Qual o tamanho da conta do Banco Master que o FGC terá que pagar
Fundo Garantidor de Créditos pode se deparar com o maior ressarcimento da sua história ao ter que restituir os investidores dos CDBs do Banco Master
Liquidação do Banco Master é ‘presente de grego’ nos 30 anos do FGC; veja o histórico do fundo garantidor
Diante da liquidação extrajudicial do Banco Master, FGC fará sua 41ª intervenção em três décadas de existência
Investiu em CDBs do Banco Master? Veja o passo a passo para ser ressarcido pelo FGC
Com a liquidação do Banco Master decretada pelo Banco Central, veja como receber o ressarcimento pelo FGC
Debate sobre renovação da CNH de idosos pode baratear habilitação; veja o que muda
Projetos no Congresso podem mudar regras da renovação da CNH para idosos, reduzir taxas e ampliar prazos para motoristas acima de 60 anos
Loterias turbinadas: Bolas divididas na Lotofácil e na Lotomania acabam em 10 novos milionários
Prêmio principal da Lotofácil será dividido entre 14 apostadores, mas só 7 ficaram milionários; Lotomania teve 3 ganhadores, que ainda se deram ao luxo de deixar dinheiro na mesa
Banco Master recebe nova proposta de compra, desta vez de consórcio integrado por investidores dos Emirados Árabes Unidos
Transação está sujeita à aprovação do Banco Central e do Cade e envolveria a compra da totalidade das ações do fundador do Master, Daniel Vorcaro
Disparada do Ibovespa não é mérito do Brasil, mas tropeção dos EUA, diz Mansueto Almeida, do BTG
Economista-chefe do BTG acredita que o Brasil continua empacado com os mesmos problemas e potencial verdadeiro do Ibovespa só será destravado após melhora fiscal
Ibovespa sem freio: Morgan Stanley projeta índice aos 200 mil pontos no fim de 2026, mas há riscos no radar
Apesar da avaliação positiva, o Morgan Stanley vê o aumento das preocupações com o cenário fiscal no país como maior risco para o desempenho do Ibovespa
Black Friday da Samsung: celulares, TVs e eletrodomésticos com até 55% de desconto; veja os destaques
Ar-condicionado, TV, robô aspirador e celulares Galaxy entram na Black Friday da Samsung com descontos e condições especiais de pagamento
Quanto Pelé valeria hoje? A projeção do ChatGPT que supera Mbappé, Haaland e Neymar no mercado global
Simulação mostra o óbvio: o Rei do Futebol teria o maior valor de mercado da história — e poderia quebrar todos os tetos de transferência do futebol moderno.
Lotofácil ‘final zero’ promete R$ 12 milhões em premiações hoje
Além do concurso com ‘final zero’, a Lotofácil acumulou na última rodada. Enquanto isso, de todos as loterias com sorteios programados para a noite de hoje (17), somente uma promete prêmio inferior a R$ 1 milhão.
Feriado no Brasil, mas sem descanso para o mercado: Payroll, ata do Fomc, IBC-Br e balanço da Nvidia estão na agenda econômica
O calendário dos próximos dias ainda conta com discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), do Banco da Inglaterra (BoE) e do Banco Central Europeu (BCE)
Com Pix, empresas e consumidores brasileiros economizaram R$ 117 bilhões em cinco anos
Levantamento elaborado pelo Movimento Brasil Competitivo mostrou que somente entre janeiro e setembro de 2025, foram R$ 38,3 bilhões economizados
Isenção de 10% para café e carne é um alívio, mas sobretaxa de 40% continua a ser entrave com EUA
A medida beneficia diretamente 80 itens que o Brasil vende aos EUA, mas a sobretaxa continua a afetar a maior parte dos produtos brasileiros
Banco do Brasil (BBAS3) e mais um balanço ‘para se esquecer’, dificuldades da Cosan (CSAN3) e histórias da Praia do Cassino
Investidores estiveram atentos aos números do Banco do Brasil e também acompanharam a situação da Cosan nas mais lidas da última semana
COP30: Marcha Mundial pelo Clima reúne 70 mil pessoas nas ruas de Belém
Ativistas reivindicam acordos e soluções efetivas de governos na COP30
‘Pet 2.0’: clonagem animal vira serviço de R$ 263 mil; ricos e famosos já duplicam seus pets
Clonagem de animais começou nos anos 1990 com a ovelha Dolly e agora é usada para reproduzir pets falecidos, preservação de espécies e melhoramento de rebanho
Negociações na COP30 entre avanços e impasses: um balanço da cúpula do clima até agora
Em Belém, negociadores tentam conciliar a exigência de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, com o impasse no financiamento climático e o risco de adiar as metas de adaptação para 2027
