Magazine Luiza, Eletrobras, JBS e mais 13 empresas movimentam a última semana da temporada de balanços
Agenda de divulgação dos resultados do segundo período do ano vai chegando ao fim, mas o investidor ainda vai contar com números muito importantes

Rápida como cavalos de corrida, a temporada de balanços do segundo trimestre de 2019 vai chegando ao fim nesta semana. Mas isso não significa que os investidores vão ter uma semana parada, sem grandes novidades. Muito pelo contrário!
Do varejo ao processamento de carnes, 16 empresas listadas na carteira do Ibovespa vão publicar seus números nos próximos dias. Logo de cara, Magazine Luiza, Eletrobras, Cosan, Yduqs (ex-Estácio) e Rumo devem soltar seus balanços nesta segunda-feira (12). Na terça (13), é a vez de Itaúsa, Equatorial, Bradespar, brMalls e Qualicorp. Fechando a temporada na quarta-feira (14) teremos Embraer, JBS, Sabesp, Marfrig, Kroton e Ultrapar.
Trouxe para você as expectativas dos analistas do mercado financeiro para as principais métricas financeiras das companhias. É a chance de você ficar por dentro da situação de cada empresa e estar preparado para saber se os resultados finais foram bons ou ruins.
Magazine Luiza: um foguete cheio de combustível
Já consagrada uma das queridinhas do mercado, o Magazine Luiza está com tudo quando o assunto é investimento. A empresa enfrentou uma batalha daquelas para conseguir comprar a rede de artigos esportivos Netshoes. Depois de uma série de contra-ataques com a Centauro, o Magalu conseguiu vencer a disputa com uma oferta de US$ 115 milhões.
E não parou por aí! A companhia anunciou no fim de maio uma parceria com o Carrefour para a venda de eletroeletrônicos. Um passo enorme para a empresa que busca expandir sua atuação dentro do varejo brasileiro. Não foi à toa que o lucro líquido de R$ 132 milhões no primeiro trimestre do ano em grande parte foi influenciado por um verdadeiro "boom" no setor de e-commerce.
Leia Também
Para o segundo trimestre de 2019, no entanto, o Magalu deve apresentar alguns recuos em seus resultados financeiros. Pelo menos é o que esperam os analistas de mercado consultados pela Bloomberg. Segundo eles, o lucro líquido da empresa deve fechar em R$ 110,7 milhões, abaixo dos R$ 140,7 milhões registrados no mesmo período do ano anterior. A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) deve fechar em R$ 294,2 milhões, também em ligeira queda no comparativo anual. A receita líquida, em contrapartida, deve pular para acima dos R$ 4 bilhões.
E fica a dica para você que pensa em adquirir ações do Magazine Luiza nos seus próximos investimentos: tem gente no mercado apostando alto no desempenho dos papéis. E não poderia ser para menos: desde o fim de 2015, as ações ordinárias da companhia acumulam ganhos de mais de 18.000% e só neste ano já avançaram na casa dos 30%.
Eletrobras: um gigante em espera
Ela foi um dos grandes destaques da temporada de balanços do primeiro trimestre ao anunciar uma alta de 178% em seu lucro líquido (R$ 1,347 bilhão), mas para o próximo período deve pisar no freio e entregar resultados bem mais modestos.
De acordo com projeções de mercado, a estatal de energia deve apresentar um lucro líquido de R$ 374 milhões - bem abaixo dos R$ 2,7 bilhões de lucro no segundo trimestre de 2018 -, um Ebitda de R$ 1,7 bilhão (contra R$ 5,2 bilhões um ano antes) e uma receita líquida de R$ 6,7 bilhões, quase a metade dos R$ 12,2 bilhões apurados em 2018.
Mas quem olha somente para os números não consegue enxergar todo o contexto em que a Eletrobras se insere. A companhia está em compasso de expectativa para que sua privatização seja concluída. O governo já mudou de tática para conseguir se desfazer da empresa e prometeu para agosto o modelo de capitalização.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque autorizaram que a empresa desse início a estudos aprofundados sobre sua privatização. A ideia é que ela ocorra por meio de um aumento de capital social, diluindo a participação do governo dentro das ações. Na prática, o governo vende sem necessariamente vender.
Por ora, a dica é ficar de olho nos resultados desse trimestre para saber se de fato essa redução de lucro vai se concretizar.
JBS: a líder da bolsa
Se tivesse que dar atenção especial a uma ação do setor de frigoríficos dentro do Ibovespa, com certeza ela seria JBS ON. A empresa é uma das líderes quando o assunto é valorização em 2019 e ainda promete muitas alegrias para seus investidores. Os próprios analistas do Itaú BBA indicaram o papel em julho para quem pensa em colocar uma graninha no setor de carnes.
Mas vamos falar de números. Nos primeiros três meses do ano, a JBS mais que dobrou o seu lucro líquido, fechando o período em R$ 1,09 bilhão. Tudo graças ao câmbio favorável. Mas será que esse feito vai se repetir no segundo trimestre? No que depender das estimativas de mercado, sim. E muito!
O lucro líquido da empresa deve fechar em R$ 1,4 bilhões, bem acima do prejuízo de R$ 818 milhões que amargou no mesmo período de 2018, época da greve de caminhoneiros. Já a geração de caixa e a receita líquida devem apresentar alta mais modesta, alcançando R$ 4,5 bilhões e R$ 50,1 bilhões respectivamente.
Raspando o tacho
Para encerrar essa maratona, deixo com você as principais projeções das empresas listadas no Ibovespa que também divulgam seus balanços nesta semana.
Reviravolta na Eletrobras (ELET3): Marcelo Gasparino fica fora, Juca Abdalla e Carlos Márcio entram para o conselho
Candidatos indicados pela administração da elétrica formam maioria no conselho depois da votação realizada nesta terça-feira (29) — a primeira grande reformulação desde a privatização
Petrobras (PETR4): produção de petróleo fica estável em trimestre marcado pela queda de preços
A produção de petróleo da estatal foi de 2,214 milhões de barris por dia (bpd) entre janeiro e março, 0,1% menor do que no mesmo período do ano anterior, mas 5,5% maior na comparação trimestral
Santander (SANB11), Weg (WEGE3), Kepler Weber (KEPL3) e mais 6 empresas divulgam resultados do 1T25 nesta semana – veja o que esperar, segundo o BTG Pactual
De olho na temporada de balanços do 1º trimestre, o BTG Pactual preparou um guia com suas expectativas para mais de 125 empresas listadas na bolsa; confira
Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) anunciam R$ 322 milhões em dividendos
Distribuição contempla ações ordinárias e ADRs; confira os detalhes
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Yudqs (YDUQ3) e Cogna (COGN3) vão distribuir R$ 270 milhões em dividendos; veja quem mais paga
A maior fatia dos proventos é da Yudqs, que pagará R$ 150 milhões em proventos adicionais no dia 8 de maio
Valendo mais: Safra eleva preço-alvo de Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3). É hora de comprar?
Cenário mais turbulento para as empresas não passou despercebido pelo banco, que não alterou as recomendações para os papéis
Eletrobras (ELET3): eleição do conselho pega fogo e conselheiro excluído usa o LinkedIn como palco da disputa
Marcelo Gasparino vem divulgando na plataforma informações sobre o processo de eleição e recebeu a terceira advertência da empresa
Weg (WEGE3), Azul (AZUL4) e Embraer (EMBR3): quem “bombou” e quem “moscou” no primeiro trimestre do ano? BTG responde
Com base em dados das prévias operacionais, analistas indicam o que esperam dos setores de transporte e bens de capital
Lojas Renner (LREN3): XP eleva recomendação para compra e elenca quatro motivos para isso; confira
XP também aumenta preço-alvo de R$ 14 para R$ 17, destacando melhora macroeconômica e expansão de margens da varejista de moda
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Cade admite Petlove como terceira interessada, e fusão entre Petz e Cobasi pode atrasar
Petlove alega risco de monopólio regional e distorção competitiva no setor pet com criação de gigante de R$ 7 bilhões
Consórcio formado por grandes empresas investe R$ 55 milhões em projeto de restauração ecológica
A Biomas, empresa que tem como acionistas Itaú, Marfrig, Rabobank, Santander, Suzano e Vale, planeja restaurar 1,2 mil hectares de Mata Atlântica no sul da Bahia e gerar créditos de carbono
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal