Amazon expande, passa ter estoque próprio e venda direta no Brasil
Com novas operações, gigante norte-americana tenta fazer frente a grandes empresas no Brasil, como a B2W e Magazine Luiza

A Amazon está lançando um novo capítulo de sua história no Brasil e deixando gigantes do setor por aqui em estado de alerta.
A partir desta terça-feira, 22, a companhia passará a vender e entregar eletrônicos, produtos de limpeza, beleza, ferramentas entre outros. Mas o que realmente muda? Bastante coisa.
Até então, esses produtos já eram comercializados na Amazon brasileira, mas em um formato de market place, em que a companhia vendia e, em grande parte, os produtos eram entregues por parceiros.
Agora, a empresa ficará responsável por todo o processo, podendo proporcionar padrões ainda mais altos desses serviços, como já o faz nos EUA, por exemplo.
Longo caminho
E mesmo que a gigante do e-commerce ainda tenha um longo caminho à frente para bater concorrentes locais, como a B2W e Magazine Luiza, o anúncio já foi suficiente para derrubar as ações das duas companhias ontem.
Para armazenar os produtos, a Amazon dispõe de um centro de distribuição de 40 mil metros quadrados, o equivalente a seis campos de futebol.
Leia Também
"Os clientes começavam a nos pedir isso. É uma transição, uma evolução", afirmou o presidente da Amazon no Brasil, Alex Szapiro, ao "Estado de S. Paulo". "Não vamos parar por aqui", acrescenta.
Para o presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP, Pedro Guasti, o movimento da Amazon aproxima a operação brasileira do padrão internacional em quantidade de itens ofertados e prazos de entrega. É uma evolução "ainda tímida, mas planejada e consciente", comentou ao "Estado de S. Paulo".
Ao ter os produtos em seu próprio estoque, a companhia consegue negociar melhor com fornecedores e administrar preços de forma mais competitiva, destaca.
Foco no frete
Um dos destaques da Amazon na nova proposta está no frete. A empresa vai oferecer frete grátis para compras acima de R$ 149, no caso de entregas padrão, que podem demorar em torno de uma semana, por exemplo.
Ao mesmo tempo, oferece para capitais do Sul e Sudeste entrega rápida em até um dia e, neste caso, há um custo.
Numa simulação feita para um endereço na capital paulista, uma compra de itens de beleza realizada durante a manhã seria entregue no dia seguinte ao custo de R$ 10,90.
A Amazon não revela os valores investidos no novo centro de distribuição, que fica em Cajamar, na Região Metropolitana de São Paulo. O espaço alugado pertence à operadora de galpões logísticos Prologis.
Durante a visita ao local, a reportagem encontrou uma área de armazenagem com aspecto bastante tradicional, com processos de estocagem e empacotamento majoritariamente manuais, embora auxiliados por máquinas. Segundo a assessoria da companhia, há etapas do processo que são mais eficazes quando feitos por seres humanos do que por robôs.
Próximos passos
O novo centro de distribuição da Amazon vai atender apenas os produtos comprados e vendidos pela empresa. Por enquanto, a gigante não vai prestar os serviços de armazenamento e entrega para os seus vendedores de marketplace, o chamado Fulfillment by Amazon.
Segundo Guasti, esse seria um passo natural para a empresa no Brasil pela frente. É algo que concorrentes nacionais já fazem. Questionado, Szapiro evitou comentar sobre o tema.
*Com Estadão Conteúdo
Os cinco bilionários que mais perderam dinheiro neste ano em meio ao novo governo Trump – e o que mais aumentou sua fortuna
O ano não tem sido fácil nem para os ricaços; a oscilação do mercado tem sido fortemente influenciada pelas decisões do novo governo Trump, em especial o tarifaço global proposto por ele
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Por que o Mercado Livre (MELI34) vai investir R$ 34 bilhões no Brasil em 2025? Aporte só não é maior que o de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3)
Com o valor anunciado pela varejista online, seria possível comprar quatro vezes Magalu, Americanas e Casas Bahia juntos; conversamos com o vice-presidente e líder do Meli no Brasil para entender o que a empresa quer fazer com essa bolada
Mercado Livre (MELI34) vai aniquilar a concorrência com investimento de R$ 34 bilhões no Brasil? O que será de Casas Bahia (BHIA3) e Magalu (MGLU3)?
Aposta bilionária deve ser usada para dobrar a logística no país e consolidar vantagem sobre concorrentes locais e globais. Como fica o setor de e-commerce como um todo?
Inteligência artificial autônoma abala modelos de negócios das big techs; Google é a que tem mais a perder, mas não é a única, diz Itaú BBA
Diante do desenvolvimento acelerado de agentes autônomos de inteligência artificial, as big techs já se mexem para não perder o bonde
Taxa sobre taxa: Resposta da China a Trump aprofunda queda das bolsas internacionais em dia de ata do Fed
Xi Jinping reage às sobretaxas norte-americanas enquanto fica cada vez mais claro que o alvo principal de Donald Trump é a China
Mercado Livre (MELI34) anuncia investimento de R$ 34 bi no Brasil e mostra que não tem medo das varejistas asiáticas — e nem das tarifas de Trump
Gigante do e-commerce fará o maior investimento da história da companhia no Brasil — e CEO explica por que não se assusta com Trump ou concorrência asiática
Magazine Luiza (MGLU3) cai mais de 10% após Citi rebaixar a ação para venda — e banco enxerga queda ainda maior pela frente
Entre os motivos citados para o rebaixamento, o Citi destaca alta competitividade e preocupação com o cenário macro
O rombo de trilhões de dólares: sete magníficas desabam junto com NY — ainda há esperança para as maiores empresas do mundo?
Só na última sexta-feira (04), as sete magníficas perderam juntas US$ 800 bilhões em valor de mercado; BTG responde se ainda há esperanças
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
Amazon faz proposta para comprar TikTok, aos ‘45 minutos do segundo tempo’; que outros gigantes já apareceram nessa partida?
A data de 5 de abril foi definida pelo governo de Donald Trump para que a chinesa ByteDance chegasse a uma solução para a rede social
Trump-palooza: Alta tensão com tarifaço dos EUA força cautela nas bolsas internacionais e afeta Ibovespa
Donald Trump vai detalhar no fim da tarde de hoje o que chama de tarifas “recíprocas” contra países que “maltratam” os EUA
Os bilionários de 2025 no Brasil e no mundo — confira quem subiu e quem caiu na lista da Forbes
Lista de bilionários bate recorde, reunindo 3.000 nomes que, juntos, somam US$ 16,1 trilhões, com Musk, Zuckerberg e Bezos liderando o ranking
Shopee quer bater de frente com Mercado Livre e Amazon no Brasil — mas BTG faz alerta
O banco destaca a mudança na estratégia da Shopee que pode ser um alerta para as rivais — mas deixa claro: não será nada fácil
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
O e-commerce das brasileiras começou a fraquejar? Mercado Livre ofusca rivais no 4T24, enquanto Americanas, Magazine Luiza e Casas Bahia apanham no digital
O setor de varejo doméstico divulgou resultados mistos no trimestre, com players brasileiros deixando a desejar quando o assunto são as vendas online
Ato falho relevante: Ibovespa tenta manter tom positivo em meio a incertezas com tarifas ‘recíprocas’ de Trump
Na véspera, teor da ata do Copom animou os investidores brasileiros, que fizeram a bolsa subir e o dólar cair
O rugido do leão: Ibovespa se prepara para Super Semana dos bancos centrais e mais balanços
Além das decisões de juros, os investidores seguem repercutindo as medidas de estímulo ao consumo na China
Ibovespa tem melhor semana do ano e vai ao nível mais alto em 2025; Magazine Luiza (MGLU3) e Natura (NTCO3) destacam-se em extremos opostos
Boa parte da alta do Ibovespa na semana é atribuída à repercussão de medidas adotadas pela China para impulsionar o consumo interno
Magazine Luiza (MGLU3) vai acelerar oferta de crédito em 2025 mesmo com juros em alta, diz Fred Trajano
O CEO do Magalu afirma que, diante de patamares controlados de inadimplência e níveis elevados de rentabilidade, “não há por que não acelerar mais o crédito”