Eleição é momento de oportunidades para investidor em mercado emergente
Gestores e estrategistas acreditam que, independentemente de quem vença, haverá espaço para ganhos com aplicações
A primeira rodada das eleições presidenciais no Brasil neste domingo aponta para uma disputa entre extremos, afirma a agência de notícias Dow Jones Newswires em reportagem, mas a maior parte dos gestores de fundo e estrategistas espera que mesmo o candidato visto como o menos 'amigável do mercado' não será tão ruim quanto alguns temem. "Uma queda inicial do mercado pode ser uma 'oportunidade de compra', ressalta a DJ, citando como exemplo o no caso do México neste ano.
O mercado mexicano recuou com a eleição do populista Andreas Manuel Lopez Obrador, mas voltou a subir ao passo que os investidores decidiram que suas políticas não seriam tão ruins quanto se esperava.
Na reportagem, a DJ destaca que a eleição acontece em um momento crucial para o Brasil, "que ainda luta para sair de uma profunda recessão e precisa de grandes reformas para resolver o déficit fiscal, um dos maiores do mundo".
Embora os mercados em geral ignorem desdobramentos políticos, a Dow Jones aponta que esse provavelmente não será o caso do Brasil, com analistas e gestores de fundos dizendo que o resultado desse pleito poderá determinar o sentimento sobre as perspectivas para o País e, consequentemente, refletir nos 'valuations' do mercado.
A DJ destaca que as pesquisas de intenção de voto sugerem que a eleição no Brasil irá para o segundo turno. "No canto esquerdo estará Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), que diz que irá trazer de volta algumas das políticas do ex-presidente e fundador do partido Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba. No canto direito, o deputado Jair Bolsonaro (PSL), que é visto como mais 'amigável ao mercado' e a agenda econômica liberal que inclui corte fiscal, mas é conhecido por declarações controversas", descreve a Dow Jones.
Em nota a clientes citada na reportagem, o time de economistas brasileiros do JPMorgan diz que a batalha política entre extremos representa um obstáculo para o avanço das reformas necessárias, inclusive a da Previdência, dado que possivelmente irá gerar mais divisão do que consenso.
Leia Também
"Enquanto ambos provavelmente devem buscar moderar suas posições para atrair votos do centro no segundo turno, o país está bastante polarizado e nenhum dos possíveis resultados parece ser encorajador para uma agenda mais reformista de médio prazo" escreveram os economistas do JP. De acordo com a reportagem, JPMorgan e Citigroup têm recomendação 'overweight' (desempenho acima da média do mercado) para as ações brasileiras.
A agência de notícias reforça que ambos, Bolsonaro e Haddad, apoiam a reforma da Previdência, que é considerada crucial para a estabilização dos níveis da relação dívida/PIB do país, mas seus planos para implementá-la diferem bastante. Com isso, o time de analistas do Citigroup na América Latina apresentou uma lista de potenciais vencedores e perdedores em sua nota a clientes, dependendo do resultado das eleições.
Oportunidades independentemente de que vença
Se Bolsonaro vencer a disputa, o Citi considera que as estatais e empresas domésticas cíclicas como a gigante Petrobras, Banco de Brasil e Itaú Unibanco, devem apresentar um bom desempenho. O candidato também tem dito que pretende reduzir o prazo para licenciamento de projetos de pequenas hidrelétricas de energia eólica e solar, o que é bom para fornecedoras de equipamentos como a Weg.
Caso o vencedor seja Haddad, as estatais e empresas domésticas cíclicas possivelmente serão atingidas, dada a predisposição do candidato em assumir um posicionamento mais intervencionista.
Nesse caso, os estrategistas do Citi avaliam que serão favorecidas as exportadoras como a Vale, que são beneficiadas de um ambiente com real mais fraco, e companhias defensivas como AmBev ou Ultrapar Participações, bem como empresas do segmento de Educação como a Kroton Educacional. Construtoras também podem ser impactadas visto que a vitória de Haddad poderia ter impacto negativo na confiança do consumidor e elevar a taxa de juros real.
Derrota para o governo: Câmara arquiva MP 1.303 e livra investimentos de aumento de imposto de renda — bets também saem ilesas
Deputados retiraram a votação do texto da pauta e, com isso, a medida provisória perde a validade nesta quarta-feira (8)
Pesquisa Genial/Quaest mostra popularidade de Lula no maior patamar do ano após crise com EUA
Aprovação sobe a 48%, impulsionada por percepção positiva da postura do governo diante de tarifas impostas por Trump
Imposto de renda sobre CDB, Tesouro Direto, JCP e fundos ficará em 18% após avaliação por comissão do Congresso Nacional
Medida provisória 1.303/25 é aprovada por comissão mista do Congresso e agora segue para ser votada nos plenários da Câmara e do Senado
Lula e Trump finalmente se falam: troca de afagos, pedidos e a promessa de um encontro; entenda o que está em jogo
Telefonema de 30 minutos nesta segunda-feira (6) é o primeiro contato direto entre os líderes depois do tarifaço e aumenta expectativa sobre negociações
Lula e Trump: a “química excelente” que pode mudar a relação entre o Brasil e os EUA
Alexandre Pires, professor de relações internacionais e economia do Ibmec, analisa os efeitos políticos e econômicos de um possível encontro entre os dois presidentes
Com Tarcísio de Freitas cotado para a corrida presidencial, uma outra figura surge na disputa pelo governo de SP
Cenário nacional dificulta a nomeação de candidatos para as eleições de 2026, com impasse de Bolsonaro ainda no radar
Comissão do Senado se antecipa e aprova projeto de isenção de IR até R$ 5 mil; texto agora depende dos deputados
Proposta de isenção de IR aprovada não é a do governo Lula, mas também cria imposto mínimo para altas rendas, programa de renegociação de dívidas e prevê compensação a estados e municípios
Senado vota regulamentação dos novos impostos sobre consumo, IBS e CBS, nesta quarta-feira (24)
Proposta define regras para o novo comitê gestor do IBS e da CBS, tributos que vão substituir impostos atuais a partir de 2027
O que Lula vai dizer na ONU? Soberania e um recado sutil a Trump estão no radar
A expectativa é que o discurso seja calibrado para o público global, evitando foco excessivo em disputas políticas internas
Câncer de Bolsonaro: o que é o carcinoma de pele encontrado em duas lesões removidas
Ex-presidente recebeu alta após internação por queda de pressão, vômitos e tontura; quadro exige acompanhamento médico periódico
LCI e LCA correm o risco de terem rendimentos tributados, mas debêntures incentivadas sairão ilesas após negociações no Congresso
Relator da MP que muda a tributação dos investimentos diz que ainda está em fase de negociação com líderes partidários
“Careca do INSS”: quem é o empresário preso pela PF por esquema que desviou bilhões
Empresário é apontado como “epicentro” de fraudes que desviaram bilhões de aposentadorias
STF condena Bolsonaro a mais de 27 anos de prisão; saiba quais opções restam ao ex-presidente
Placar final foi 4 a 1 para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado
Aprovação de Lula sobe para 33% e chega ao maior nível desde dezembro de 2024, diz Datafolha
O índice de reprovação do petista ainda é um dos maiores entre presidentes desde a redemocratização a esta altura do mandato, mas, na comparação direta, Bolsonaro sai perdendo
Debêntures incentivadas devem continuar isentas de IR, mas LCI e LCA seguem na mira da MP que muda a tributação dos investimentos, diz jornal
Texto deve manter mudanças na alíquota única de IR para ativos tributáveis e na compensação de créditos tributários, pontos que despertam preocupação no mercado
Governo Trump sobe o tom contra o Brasil, e Itamaraty condena ameaças dos EUA de usar “poder militar”
O documento do Itamaraty foi publicado após a porta-voz da Casa Branca ser questionada sobre a possibilidade de novas sanções ao Brasil por conta do julgamento de Jair Bolsonaro
Bolsonaro era líder de organização criminosa que tentou golpe de Estado, diz Moraes — Dino acompanha o relator e vota por condenação
Ministros destacaram provas de uma trama articulada desde 2021 e pediram condenação dos sete réus. Dino, entretanto, vê diferentes níveis de culpa
O julgamento de Bolsonaro e o xadrez eleitoral com Lula e Tarcísio: qual é o futuro do Brasil?
O cientista político Rafael Cortez, da Tendências Consultoria, analisa o impacto da condenação de Jair Bolsonaro, a estratégia de Tarcísio de Freitas e as dificuldades de Lula em chegar com força para as eleições de 2026
Pedimos para a inteligência artificial da Meta produzir imagens de Lula, Trump, Bolsonaro, Alexandre de Moraes e outros — e o resultado vai te surpreender (ou não)
A inteligência artificial da Meta entregou resultados corretos em apenas duas das seis consultas feitas pela redação do Seu Dinheiro
STF encerra primeira semana do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados; confira os principais pontos do segundo dia
A sessão será retomada na próxima terça-feira (9), às 9 horas, com o voto do relator e ministro do STF, Alexandre de Moraes