O investidor estrangeiro voltou a atuar na ponta de compra de moeda estrangeira no mercado futuro no pregão de quinta-feira. Considerando contratos de dólar de cupom cambial (DDI – juro em dólar) a compra líquida foi de US$ 848 milhões. Na quarta, os gringos tinham vendidos US$ 1,2 bilhão.
Com essa estratégia de venda e um dia e compra no outro o estoque de posição não apresenta grande variação. O estrangeiro carrega uma posição comprada, que pode ser vista como aposta de alta do dólar, de US$ 37,8 bilhões. No fim de setembro essa posição era de US$ 39,3 bilhões, entre maiores já registradas.
Na ponta contrária, bancos e fundos de investimentos venderam o equivalente a US$ 522 milhões e US$ 231 milhões, respectivamente, ontem. O estoque de posição vendida dos bancos é US$ 17,781 bilhões e dos fundos está em US$ 22,243 bilhões.
Sempre vale a ressalva de que a avaliação sobre possíveis perdas e ganhos com as posições é feita em tese, pois não sabemos a que preço a compra ou venda foi feita. Além disso, esses agentes podem ter posições em moeda estrangeira no mercado à vista e em derivativos de balcão. Bancos, por regra, não podem ter exposição cambial direcional.
Ibovespa futuro
No mercado de índice futuro o pregão foi de pouca movimentação, com as posições se mantendo praticamente as mesmas. Temos os fundos comprados em 60,2 mil contratos e os estrangeiros vendidos em 64,2 mil contratos.
Uma forma de ler as posições no Ibovespa futuro é como uma proteção (hedge) às oscilações no mercado à vista. Se investidor está comprado em bolsa no mercado à vista ele vai proteger essa exposição no mercado futuro vendendo contratos de Ibovespa.
No entanto, o mercado também opera o Ibovespa futuro com um ativo em si, podendo montar apostas de alta (comprado) ou de queda (vendido) no Ibovespa.