Bolsa sobe 1,63% apesar do exterior e dólar fecha abaixo de R$ 3,70
Anúncio de medidas de estímulo econômico na China animaram mercados emergentes, e otimismo na reta final da corrida eleitoral continuou dando o tom por aqui; lá fora, bolsas caíram com pessimismo em relação à Itália e ao Brexit
O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira (22), apesar do mau humor e da volatilidade no exterior. O dólar, por sua vez, teve forte queda e fechou abaixo de R$ 3,70, patamar que vinha sendo difícil de furar.
O principal índice da bolsa brasileira subiu 1,63%, aos 85.596 pontos. O dólar caiu 0,73%, a R$ 3,6879.
Além do otimismo em torno do resultado das eleições presidenciais, que deve consagrar presidente o candidato favorito do mercado, os mercados brasileiros foram animados pelo anúncio de novos estímulos econômicos feito pelo governo chinês.
Como mola propulsora do crescimento do mundo emergente, a China entusiasmou seus pares ao divulgar um plano de cortes de impostos de forma a impulsionar a confiança e o consumo das famílias e garantir seu crescimento de 6,5% em 2018.
A partir de 1º de janeiro de 2019, os contribuintes chineses terão direito a uma dedução anual de 12 mil yuans (US$ 1.732) para cada filho no período da pré-escola até a pós-graduação, segundo regras preliminares reveladas no último sábado.
Com isso, as ações da Petrobras fecharam em alta de 2,70% (PETR3) e 2,35% (PETR4), apesar da queda nos preços do petróleo. Já a Vale (VALE3), subiu 3,25%, ajudada ainda pela alta no preço do minério.
Leia Também
As siderúrgicas também brilharam. A Usiminas (USIM5) registrou maior alta do Ibovespa, fechando com valorização de 7,73%. Metalúrgica Gerdau (GOAU4), Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3) também subiram, respectivamente, 4,61%, 4,50% e 2,04%.
A Eletrobrás fechou em alta de 4,36% (ELET3) e 2,18% (ELET6). Amanhã começa o prazo para a entrega das propostas de aquisição da sua distribuidora Amazonas Energia. O leilão está marcado para as 15h desta quinta-feira (25).
O dólar operou abaixo dos R$ 3,70 nesta segunda após o desmonte de posições compradas por parte de algumas tesourarias de instituições financeiras, bem como exportadores e importadores estrangeiros, otimistas com a provável eleição de Bolsonaro.
Este cenário também derrubou os juros futuros, que precificam a manutenção da Selic em 6,50% ao ano na próxima reunião do Copom, marcada para a semana que vem. O DI para janeiro de 2021 caiu de 8,524% para 8,34%; já o DI para janeiro de 2023 recuou de 9,643% para 9,41%.
O mercado confia que o capitão reformado do Exército será capaz de implementar reformas e adotar medidas mais liberais para a economia.
Construtoras em alta
As construtoras, principalmente aquelas mais voltadas para os segmentos de média e alta renda, continuaram seu movimento recente de alta em razão das apostas dos investidores em uma queda nas taxas de juros e consequente barateamento do crédito imobiliário.
A Cyrela (CYRE3) fechou em alta de 4,61%, uma das maiores altas do Ibovespa. Fora do índice, a Tecnisa (TCSA3) subiu 7,26%, a Eztec (EZTC3) avançou 9,88%, a Rossi (RSID3) teve alta de 19,33%, a BR Brokers (BBRK3) ganhou 7,37% e Helbor (HBOR3) valorizou 10,87%.
A Gafisa (GFSA3), por outro lado, recuou 2,60% com a perspectiva de greve em seus canteiros de obra no dia 25 de outubro.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil (Sintracon), a Gafisa demitiu 60% do corpo funcional em todo o País e propôs o parcelamento das verbas rescisórias, mas não honrou os pagamentos. O sindicato afirma ainda que ações trabalhistas, na ordem de R$ 9,5 milhões, tiveram os pagamentos suspensos.
A perspectiva de juros baixos também beneficiou as ações do setor de consumo. Via Varejo (VVAR11) subiu 7,32% e B2W (BTOW3) teve alta de 4,58%.
Braskem e Smiles na indefinição
As maiores quedas do Ibovespa hoje ficaram por conta de Braskem (BRKM5), que caiu 1,75%, e Smiles (SMLS3), com recuo de 1,58%. Segundo analistas ouvidos pelo "Broadcast", serviço de notícias em tempo real do "Estadão", ambas as ações passaram por realização de lucros depois das altas recentes.
Eles lembram, ainda, que as duas empresas passam por momentos de indefinição. No caso da Braskem, a Odebrecht, controladora juntamente com a Petrobras, negocia a venda de sua participação para a holandesa LyondellBasell.
Já a Smiles caiu quase 40% na segunda-feira passada, antes de subir 20% nos pregões seguintes. O motivo da desvalorização inicial foi o anúncio feito pela sua controladora Gol de que iria incorporar o programa de fidelidade e unificar as bases acionárias das duas companhias, sem esclarecer as condições para os minoritários.
Eleições e balanços
Nesta semana, o mercado deverá ser embalado pela expectativa em torno do segundo turno das eleições no próximo domingo (28) e por uma série de pesquisas de intenção de voto a serem divulgadas.
Os investidores também estarão de olho em eventuais anúncios de nomes para compor a equipe de um provável governo de Jair Bolsonaro, nas suas propostas para a economia e no desenrolar das denúncias de disparo de mensagens em redes sociais e pelo WhatsApp para beneficiar o candidato de forma ilegal.
O mercado parece ter ignorado as declarações de Eduardo Bolsonaro em vídeo feito em julho, mas que viralizou no fim de semana, sobre fechar o Supremo Tribunal Federal (STF).
No cenário corporativo, começa a temporada de balanços no Brasil. Na quarta-feira saem os resultados de Vale, Fibria, Weg, ViaVarejo e Localiza. Na quinta, temos Ambev. Nos Estados Unidos, a divulgação de resultados prossegue com Caterpillar, Microsoft, Boeing, Alphabet, Amazon, Intel, AB Inbev e Total.
Exterior de mau humor
As bolsas de Nova York abriram em alta, animadas por um rali na bolsa chinesa, depois de Pequim revelar um plano de corte de impostos. A principal bolsa do país asiático fechou em alta 4,10% no primeiro pregão da semana. O plano chinês vai ficar em consulta pública até 4 de novembro.
Pequim propôs ainda alterar suas leis corporativas para oferecer mais incentivos para que as empresas listadas comprem de volta suas ações, além de aumentar os limites para o número de ações que podem ficar com as empresas.
No entanto, o fôlego inicial foi perdido e os índices americanos começaram a desacelerar os ganhos e até a operar no campo negativo, por conta de preocupações em relação à Europa. A volatilidade foi grande, e as bolsas fecharam com desempenho misto: o Dow Jones caiu 0,50%, aos 25.317 pontos; o S&P 500 recuou 0,43%, aos 2.755 pontos; e a Nasdaq subiu 0,26%, aos 7.468 pontos.
As bolsas europeias fecharam em queda. A Itália tinha até hoje para alterar seu plano orçamentário de 2019, que prevê déficit de 2,4% do PIB no ano que vem e desagradou as autoridades da União Europeia na semana passada.
No entanto, o primeiro-ministro italiano defendeu o plano nesta segunda-feira. Em coletiva de imprensa realizada após o horário limite para submissão da resposta à UE, ele foi questionado sobre o que faria se a Comissão Europeia rejeitasse o orçamento, ao que respondeu "sentaremos à mesa para discuti-lo". A repórteres, o premiê deixou implícito que não foram feitos quaisquer ajustes no plano.
Também existem temores de que a premiê britânica Theresa May seja obrigada a renunciar diante da sua dificuldade em chegar a um acordo para o Brexit.
O dólar se valorizou frente ao euro e à libra, apresentando desempenho misto ante moedas emergentes.
*Com Estadão Conteúdo
O pior ficará em 2024? Com queda de 47% no ano, ação da Kora (KRSA3) sobe após conclusão de reperfilamento da dívida
Depois de se debruçar nos últimos meses na operação, a companhia agora tem os instrumentos necessários para fortalecer sua estrutura de capital e também a liquidez
Quando até a morte é incerta: Em dia de agenda fraca, Ibovespa reage ao IBC-Br em meio a expectativa de desaceleração
Mesmo se desacelerar, IBC-Br de outubro não altera sinalizações de alta dos juros para as próximas reuniões
A Selic subiu, o dólar disparou e chegou a hora de fazer alguns ajustes no portfólio – mas sem exageros
Muitas vezes os investidores confundem “ajustes” com “mudança completa” e podem acabar sendo pegos no contrapé, perdendo muito dinheiro com aquilo que acreditavam ser uma estratégia defensiva
Dólar vai acima de R$ 7 ou de volta aos R$ 5,20 em 2025: as decisões do governo Lula que ditarão o futuro do câmbio no ano que vem, segundo o BTG
Na avaliação dos analistas, há duas trajetórias possíveis para o câmbio no ano que vem — e a direção dependerá quase que totalmente da postura do governo daqui para frente
Suzano (SUZB3) revisa estimativas de custos devido à alta do dólar e da inflação e ações caem na B3 durante Investor Day
O CEO da empresa de papel e celulose, Beto Abreu, disse que investidores não deveriam esperar por uma grande aquisição da companhia nos próximos anos
Depois do adeus de Campos Neto com alta da Selic, vem aí a decisão dos juros nos EUA — e o mercado diz o que vai acontecer por lá
Novos dados de inflação e emprego da maior economia do mundo deixam mais claro qual será o próximo passo do Fed antes da chegada de Donald Trump na Casa Branca; por aqui, Ibovespa recua e dólar sobe
Ninguém escapa da Selic a 12,25%: Ações do Carrefour (CRFB3) desabam 10% e lideram perdas do Ibovespa, que cai em bloco após aperto de juros pelo Copom
O desempenho negativo das ações brasileiras é ainda mais evidente entre as empresas cíclicas e companhias que operam mais alavancadas
Happy Hour garantido para os acionistas da Ambev (ABEV3): Gigante das cervejas vai distribuir R$ 10,5 bilhões em dividendos e JCP
A chuva de proventos da Ambev deve pingar em duas datas. Os JCP serão pagos em 30 de dezembro deste ano, enquanto os dividendos serão depositados em 7 de janeiro de 2025
Alupar (ALUP11) anuncia recompra de ações: o que isso significa para investidores da empresa de energia elétrica?
Programa de aquisição de units representa a 1,17% do capital social da empresa
Caça ao tesouro (Selic): Ibovespa reage à elevação da taxa de juros pelo Copom — e à indicação de que eles vão continuar subindo
Copom elevou a taxa básica de juros a 12,25% ao ano e sinalizou que promoverá novas altas de um ponto porcentual nas próximas reuniões
Hapvida (HAPV3) sobe na B3 em meio a estimativas sobre novos reajustes nos planos de saúde — mas esse bancão ainda prefere outras duas ações do setor
Em contas preliminares do BTG Pactual, os planos de saúde individuais devem passar por um aumento de cerca de 5,6% nos preços para o ciclo 2025-26
Hidrovias do Brasil (HBSA3) pede autorização para vender 20% dos ativos e ações sobem na B3. Vale a pena embarcar nessa agora?
Companhia viu lucro virar prejuízo no terceiro trimestre, já anunciou aumento de capital e papéis já acumulam mais de 26% de perdas no ano
CSN (CSNA3) atualiza projeções de investimento e faz proposta por uma das maiores operadoras logísticas do Brasil
A companhia pretende adquirir 70% da Tora Transportes, mas ações caem na B3 em reação aos novos planos da siderúrgica
Stuhlberger à procura de proteção: lendário fundo Verde inicia posição vendida na bolsa brasileira e busca refúgio no dólar
Com apostas em criptomoedas e dólar forte, o Verde teve desempenho consolidado mensal positivo em 3,29% e conseguiu bater o CDI em novembro
Dividendos parcelados: Petrobras (PETR4) vai dividir remuneração do 3T24 aos acionistas — e ainda é possível ter direito aos JCP e proventos
No total, a gigante do petróleo vai depositar R$ 17,12 bilhões em dividendos referentes ao terceiro trimestre de 2024; veja os detalhes da distribuição
Encontros e despedidas: Ibovespa se prepara para o resultado da última reunião do Copom com Campos Neto à frente do BC
Investidores também aguardam números da inflação ao consumidor norte-americano em novembro, mas só um resultado muito fora da curva pode mudar perspectiva para juros
Por que os R$ 70 bilhões do pacote de corte de gastos são “irrelevantes” diante do problema fiscal do Brasil, segundo o sócio da Kinea
De acordo com Ruy Alves, gestor de multimercados da Kinea, a desaceleração econômica do Brasil resultaria em uma queda direta na arrecadação, o que pioraria a situação fiscal já deteriorada do país
BB Investimentos vê Ibovespa em 153 mil pontos no fim de 2025 e recomenda as melhores ações e FIIs para o ano que vem
Relatório mostra as principais indicações dos analistas e dá um panorama do cenário macro no Brasil e no mundo
Gol (GOLL4) sobe mais de 10% na bolsa com plano de recuperação nos Estados Unidos e reforço financeiro de R$ 11 bilhões
Companhia aérea apresentou no U.S. Bankruptcy Court um plano inicial de reestruturação como parte do processo de Chapter 11, iniciado em janeiro
Azzas 2154 (AZZA3) enxuga portfólio, e ações sobem na B3: a estratégia ganhou mesmo a aprovação do mercado?
Menos de um ano após a fusão entre Arezzo e Grupo Soma, a companhia decidiu descontinuar marcas como Dzarm e Reversa