Ibovespa fecha estável, mas perde 3,14% na semana
Depois de operar em baixa durante quase todo o dia, bolsa fecha em leve alta com boas notícias vindas do México

Depois de altos e baixos e de chegar a perder 1,86% na mínima do dia, o Ibovespa conseguiu nadar para a superfície e colocar só o nariz para fora da linha d'água. O índice fechou praticamente estável, subindo 0,02%, aos 85.641 pontos. Já o dólar à vista, que também passou o dia bastante instável, fechou em queda de 0,25%, a R$ 3,7385.
Assim como o restante da semana, o dia foi de noticiário local fraco, sem grandes novidades que pudessem motivar uma recuperação mais forte das perdas vistas nos últimos três pregões. Na semana, o Ibovespa acumulou queda de 3,14%.
As desejadas notícias sobre reforma da Previdência e os nomes para a equipe econômica do novo governo não vieram. E o mercado anda incomodado com a falta de novidades e de traquejo político do governo eleito.
Essa indefinição interna tem deixado a bolsa brasileira à mercê dos humores internacionais e também se refletiu na cotação do dólar, que na semana acumula alta de 1,10% perante o real.
¡Arriba!
Hoje, o Ibovespa operou em queda durante boa parte do dia, acompanhando as perdas nas bolsas de NY, que caíram durante todo o pregão.
O leve fôlego no fim do dia deveu-se à maior valorização das ações dos bancos, que têm grande peso no índice, devido a uma notícia vinda do México.
Leia Também
O presidente eleito Andrés Manuel López Obrador negou que haverá mudanças nas operações bancárias por meio de uma modificação no marco legal econômico, financeiro e fiscal do país.
Com isso, as ações do BB (BBAS3) subiram 2,22%, os papéis do Itaú (ITUB4) avançaram 1,26%, e os do Santander (SANB11) ganharam 1,91%.
Juros futuros fecharam com sinais mistos
A instabilidade também foi vista nos juros futuros, que fecharam sem sinal único. Os de curto e médio prazos terminaram a sessão em queda, e os longos, em leve alta.
O DI para janeiro de 2021 caiu de 8,223% para 8,16%, e o DI para janeiro de 2023 subiu de 9,443% para 9,47%.
Para a baixa dos juros de prazo mais curto influenciou o maior otimismo com o cenário de inflação e taxa Selic. O Itaú divulgou hoje revisões para ambos os indicadores. Em 2018, a previsão para o IPCA passou de 4,50% para 4,20%; em 2019, caiu de 4,30% para 4,20%. Já a Selic de 2019 foi revisada de 8,00% para 6,50%.
Para profissionais da área de renda fixa, o recuo do dólar, dos preços da gasolina nas refinarias e a entrada em vigor da bandeira amarela nas tarifas de energia vão contribuir para a inflação vir menor neste ano, o que alivia os juros.
Já os juros de longo prazo refletem os temores dos investidores em relação à capacidade de o novo governo tocar as reformas necessárias para o nosso equilíbrio fiscal.
Trying too hard
As ações da Vale (VALE3) e da Bradespar (BRAP4), holding que investe nos papéis da mineradora, tiveram dois dos maiores tombos do Ibovespa nesta sexta, fechando em queda de 4,16% e 4,45%, respectivamente.
A Vale recuou junto com suas concorrentes internacionais, em razão de novos temores em relação à economia chinesa, já que Pequim estaria "se esforçando demais" para manter o crescimento, com medidas como estabelecer cotas mínimas, para os bancos, de empréstimos para o setor privado.
A maior queda do índice foi a das ações da Kroton (KROT3), que fecharam com recuo de 4,61%, ampliando as perdas de ontem.
Apesar do lucro acima do esperado no terceiro trimestre, conforme divulgado nesta sexta, a empresa teve queda na receita líquida em razão de venda de ativos, redução no número de alunos e recuo no ticket médio no ensino presencial.
Outra queda significativa foi a das ações da JBS (JBSS3), que fecharam em baixa de 3,21% com a notícia da prisão de executivos da J&F, a holding que controla a companhia, incluindo o presidente Joesley Batista.
Natura é destaque de alta
As ações da Natura (NATU3) tiveram a maior alta do Ibovespa nesta sexta, com a divulgação de resultados fortes para o terceiro trimestre pela companhia. Em relatório, o BTG Pactual destacou o crescimento das vendas e a expansão da margem no período. Os papéis fecharam com ganho de 8,81%.
Outra valorização significativa foi a das ações da Copel (CPLE6), que fecharam em alta de 4,04%, em reação aos resultados trimestrais, com lucro acima das previsões.
Abilio vende ações do Carrefour
Fora do Ibovespa, as ações do Carrefour (CRFB3) fecharam em baixa de 6,69%. A Península, empresa de investimentos da família de Abilio Diniz, vendeu um bloco de 50,5 milhões de ações da companhia nesta sexta, arrecadando R$ 805 milhões com a operação.
Com isso, a empresa reduziu sua participação no Carrefour de 11,46% para 8,91%.
Segundo um profissional de mercado ouvido pelo "Broadcast", serviço de notícias em tempo real do "Estadão", a operação causa estranheza, principalmente por acontecer menos de 48 horas depois de a rede varejista divulgar resultados do terceiro trimestre considerados acima das expectativas.
Economia aquecida
As bolsas americanas operaram em baixa durante todo o pregão, o que contribuiu para o mau humor por aqui. O Dow Jones fechou em queda de 0,77%, aos 25.989 pontos; o S&P500 caiu 0,92%, aos 2.781 pontos; e a Nasdaq recuou 1,65%, aos 7.406 pontos.
No início do pregão, as bolsas de NY ainda ecoavam a reunião do Fed de ontem. Embora o comunicado do banco central americano tenha mantido um tom neutro, o mercado interpretou que pode haver uma nova alta de juros em dezembro e talvez um aperto monetário maior no ano que vem, o que sacrifica os ativos de risco.
A inflação ao produtor (PPI) dos EUA, divulgada hoje, foi de 0,6% em outubro, acima das expectativas de 0,3%. Foi a maior alta mensal desde setembro de 2012. O núcleo do PPI, que exclui alimentos e energia, veio em 0,5%, também acima das projeções de 0,2%.
Uma inflação acima do esperado sugere um aquecimento na economia americana que pode motivar o Fed a subir mais os juros.
No fim da tarde, declarações duras do diretor do Conselho de Comércio da Casa Branca, Peter Navarro, sobre as relações comerciais entre EUA e China pioraram ainda mais o humor das bolsas de Nova York.
Navarro afirmou que, se houver um acordo entre Washington e Pequim no comércio, será nos termos do presidente americano, Donald Trump.
"Se Wall Street estiver envolvida e continuar a se insinuar nessas negociações, haverá um cheiro podre em torno de qualquer acordo que seja consumado, porque terá o aval do Goldman Sachs e de Wall Street", afirmou Navarro.
O fato de ter citado especificamente o banco mostra ainda tensões internas em Washington, já que Gary Cohn, ex-diretor do Goldman, foi diretor do Conselho Econômico Nacional. A retórica inflamada de Navarro piorou o humor dos investidores.
As bolsas europeias também terminaram o dia em baixa, em razão do resultado da reunião do Fed e da questão fiscal na Itália, que pretende manter seu plano orçamentário deficitário para 2019, mesmo desagradando à União Europeia.
*Com Estadão Conteúdo
Dólar mais barato do que em casas de câmbio: estas 7 contas digitais te ajudam a ‘escapar’ de impostos absurdos e qualquer brasileiro pode ‘se dar bem’ com elas; descubra qual é a melhor
Analisamos sete contas em dólar disponíveis no mercado hoje, seus prós e contras, funcionalidades e tarifas e elegemos as melhores
Bitcoin (BTC) não sustenta sétimo dia seguido de alta e passa a cair com inflação dos EUA; Ravecoin (RNV) dispara 63% com proximidade do The Merge
O ethereum (ETH) passa por um período de consolidação de preços, mas o otimismo é limitado pelo cenário macroeconômico
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
Os rumos das moedas: quais devem ser os próximos passos do dólar, do euro e do real
Normalmente são os mercados emergentes que arcam com o peso de um dólar forte, mas não é o que ocorre dessa vez
Você trocaria ações da sua empresa por bitcoin? Michael Saylor, ex-CEO da Microstrategy, pretende fazer isso com o valor de meio bilhão de dólares
Desde o começo do ano, o bitcoin registra queda de mais de 50% e as ações da Microstrategy também recuam 52%
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
Inter, C6, Avenue, Wise, Nomad… saiba qual é a melhor conta em dólar – e veja os prós e contras de cada uma
Analisamos sete contas em dólar disponíveis no mercado hoje, seus prós e contras, funcionalidades e tarifas e elegemos as melhores
Práticas e acessíveis, contas em dólar podem reduzir custo do câmbio em até 8%; saiba se são seguras e para quem são indicadas
Contas globais em moeda estrangeira funcionam como contas-correntes com cartão de débito e ainda oferecem cotação mais barata que compra de papel-moeda ou cartão pré-pago. Saiba se são para você
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje
Esquenta dos mercados: Dia de payroll mantém bolsas no vermelho, enquanto Ibovespa surfa onda da nova pesquisa Datafolha
Sem maiores indicadores para o dia ou agenda dos presidenciáveis, o Ibovespa fica à mercê do cenário exterior
Esquenta dos mercados: Cautela volta a prevalecer nas bolsas do exterior e ‘onda vermelha’ continua; Ibovespa reage ao Orçamento para 2023
Sem maiores indicadores do dia para a agenda dos presidenciáveis, o Ibovespa fica à mercê do cenário exterior
Esquenta dos mercados: Inflação derrete bolsas no exterior com perspectiva de juros elevados; Ibovespa aguarda dados de desemprego hoje
Na nova rodada da pesquisa Genial/Qaest, os candidatos Lula e Bolsonaro mantiveram suas posições, mesmo com o início da campanha
Esquenta dos mercados: Busca por barganhas sustenta alta das bolsas pela manhã, mas crise energética e cenário externo não ajudam; Ibovespa digere pesquisa Ipec
No Brasil, a participação de Roberto Campos Neto em evento é o destaque do dia enquanto a bolsa digere o exterior
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais amanhecem no vermelho antes da semana de emprego nos EUA; Ibovespa digere debate presidencial
No Brasil, os números do Caged e da Pnad Contínua também movimentam a bolsa local esta semana
Esquenta dos mercados: Dia mais importante de Jackson Hole se junta a dados de inflação e pressiona bolsas internacionais; Ibovespa reage à sabatina de Lula
Sem maiores indicadores para o dia, os investidores acompanham a participação de Roberto Campos Neto e Paulo Guedes em eventos separados
Esquenta dos mercados: É dada a largada em Jackson Hole e as bolsas internacionais tentam emplacar alta; Ibovespa acompanha números de emprego hoje
No panorama doméstico, a sequência de sabatinas do dia do Jornal Nacional tem como convidado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Esquenta dos mercados: Ibovespa aguarda dados de inflação hoje enquanto exterior espera por início de Jackson Hole
A expectativa é de que ocorra uma deflação nos preços na leitura preliminar de agosto; será a segunda queda seguida