Os bancos e os investidores estrangeiros compraram o equivalente a US$ 918,6 milhões no pregão de segunda-feira em contratos de dólar futuro e cupom cambial (DDI, juro em dólar) na B3. E quem vendeu moeda foram os fundos de investimentos.
Com compra realizada ontem, a posição líquida vendida dos bancos caiu a US$ 16,6 bilhões, menor desde o começo do mês. Já os estrangeiros elevaram a posição comprada para US$ 37,5 bilhões.
Os fundos de investimentos mostravam posição líquida vendida de US$ 23 bilhões, um relevante aumento em comparação com os US$ 12,2 bilhões observados no começo no começo do mês.
Em tese, o comprado ganha com a alta do dólar e o vendido com a desvalorização da moeda americana. Sempre vale a ressalva de que a avaliação sobre possíveis perdas e ganhos com as posições é feita em tese, pois não sabemos a que preço a compra ou venda foi feita. Além disso, esses agentes podem ter posições em moeda estrangeira no mercado à vista e em derivativos de balcão. Bancos, por regra, não podem ter exposição cambial direcional.
Ibovespa Futuro
No mercado de índice futuro a mudança de posição se mostra pouco relevante. Os estrangeiros seguem carregando uma posição vendida em Ibovespa de 70.375 contratos. Enquanto os fundos de investimento locais estão comprados em 66.311 contratos.
Uma forma de ler as posições no Ibovespa futuro é como uma proteção (hedge) às oscilações no mercado à vista. Se investidor está comprado em bolsa no mercado à vista ele vai proteger essa exposição no mercado futuro vendendo contratos de Ibovespa.
No entanto, o mercado também opera o Ibovespa futuro com um ativo em si, podendo montar apostas de alta (comprado) ou de queda (vendido) no Ibovespa.