Empresas trocam financiamento do BNDES por investidores
Empresários passaram a encontrar no financiamento privado condições de empréstimos mais favoráveis, com juros menores e maior liquidez
Em cinco anos, as empresas conseguiram reduzir quase à metade a dependência por financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com juros mais baixos e maior liquidez, elas encontraram no apetite de investidores o espaço para substituir os empréstimos do banco de fomento por emissões de títulos e de ações no mercado interno e externo.
Levantamento feito pelo Centro de Estudos de Mercado de Capitais (Cemec) mostra que de 2013 para cá a participação do banco estatal caiu de 20% para 12,9% no total da dívida das empresas. O movimento é resultado da queda brusca dos desembolsos do banco. Em 2013, a instituição liberou R$ 190 bilhões, o maior volume da série elaborada pelo Cemec. Em termos de comparação, no período de 12 meses até setembro deste ano, o montante foi de apenas R$ 64 bilhões.
No mesmo intervalo, as emissões de títulos e ações no mercado de capitais subiram de R$ 140 bilhões para R$ 226 bilhões. "Em 2018, apesar da economia deprimida, o volume captado no mercado de capitais já é superior ao maior desembolso do BNDES, em 2013", diz Carlos Antonio Rocca, diretor do Cemec - instituição que se associou à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Ele explica que esse movimento é reflexo de algumas mudanças significativas na economia brasileira. A primeira dela vem do próprio BNDES, que hoje vive uma nova política operacional. No passado, diz Rocca, os juros subsidiados desestimulavam as empresas a buscar outras fontes de financiamento, já que a mais barata vinha do banco de fomento.
Com a mudança nos juros da instituição e queda da taxa Selic no País, as condições se tornaram mais favoráveis. De um lado, as empresas precisavam lançar papéis no mercado para investirem ou para refinanciar débitos mais caros - algumas vezes do próprio BNDES.
Retorno
Do outro lado, havia uma série de investidores que buscavam se arriscar mais por maiores retornos nas aplicações, já que a rentabilidade dos títulos públicos, que sempre reinaram entre os investimentos dos brasileiros, caiu com a Selic - hoje em 6,5% ao ano, explica o presidente do Comitê de Finanças Corporativas da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Sergio Goldstein.
Leia Também
As condições do mercado internacional também ajudaram as empresas brasileiras na emissão de títulos. No primeiro semestre, os juros externos estavam baixos e a demanda por novos papéis era alta, afirma o diretor do Citibank, Eduardo Freitas.
Nesse cenário, destaca ele, muitas companhias aproveitaram para antecipar financiamentos que estavam para vencer. Segundo o Cemec, a participação do mercado externo na dívidas das empresas subiu de 25,5%, em 2013, para 40% em setembro deste ano.
"Esse movimento foi decorrente tanto dos juros baixos no exterior como das oscilações do câmbio no mercado interno", explica Rocca. Na avaliação dele, o mercado de capitais reagiu fortemente nos últimos anos e tem potencial para continuar nesse ritmo daqui para frente, especialmente se os juros continuarem baixos e o BNDES mantiver a política atual. "O que se espera de um banco estatal é que ele atue em áreas em que o mercado privado não consegue atender, como inovação, pequenas e médias empresas e infraestrutura."
Para o BNDES, a queda de desembolsos nos últimos anos é resultado especialmente da falta de investimentos.
O município brasileiro com maior número de etnias indígenas é uma selva… de pedra
Censo 2022 do IBGE revela qual é a cidade com a maior diversidade de povos indígenas em todo o Brasil
Do tarifaço ao feliz aniversário: como um breve encontro entre Lula e Trump desviou Brasil de rota de colisão com os EUA
Em julho, a Casa Branca aplicou um tarifaço de até 50% e elevou a tensão ao rotular o processo contra Bolsonaro de “caça às bruxas”. Três meses depois, um cumprimento relâmpago, e um “parabéns”, abriu uma fresta para um acerto comercial
Como saber se você teve sua senha do Gmail vazada em ataque a mais de 183 milhões de contas — e o que fazer
Um dos maiores vazamentos de dados da história expôs mais de 183 milhões de contas de e-mail, incluindo endereços do Gmail; veja como saber se a sua senha foi comprometida e o que fazer.
Depois de conversa entre Lula e Trump, tarifaço se mantém, e negociações entre Brasil e EUA ainda podem levar semanas
Presidentes do Brasil e dos EUA saíram otimistas de encontro no domingo, mas tarifaço foi mantido, e acordo deve demorar semanas para sair
Decisões de juros dominam a agenda econômica em semana de balanços e de Pnad no Brasil
Os bancos centrais dos EUA, Japão e da Zona do Euro vão decidir sobre a política monetária nos países. Além disso, bancos, big techs norte-americanas e a Vale são destaques da temporada de balanços nesta semana
É dia de pagamento: Caixa libera Bolsa Família de outubro para NIS final 6
Programa do governo federal alcança 18,9 milhões de famílias em outubro, com desembolso de R$ 12,88 bilhões
Embraer (EMBR3) sente o peso do tarifaço de Trump e vê riscos de atrasos e cancelamentos entrarem no radar
O CEO da fabricante de aeronaves afirmou que nenhum cancelamento ocorreu até o momento, mas, no atual cenário, pode ocorrer no médio prazo
Empresa de saída da B3, Tesouro IPCA+ com taxa de 8% e Oi (OIBR3) de cara com a falência: veja o que bombou no Seu Dinheiro esta semana
Entenda as matérias de maior audiência de segunda-feira passada (20) para cá e fique por dentro dos principais assuntos da semana
Fim do tarifaço contra o Brasil? Lula se reúne com Trump, que fala em ‘negociação rápida’; equipes econômicas vão debater soluções ainda hoje
Além do tarifaço, Lula também discutiu sobre crise na Venezuela e sanções contra autoridades brasileiras
João Fonseca na final do ATP 500 da Basileia: veja o horário e onde assistir
João Fonseca derrotou o espanhol Jaume Munar neste sábado (25) na semifinal do ATP 500 da Basileia e agora enfrenta Alejandro Davidovich Fokina na disputa pelo título
Menos é mais: Ganhador da Mega-Sena 2932 embolsa prêmio de mais de R$ 96 milhões com aposta simples
Não foi só a Mega-Sena que contou com ganhadores na categoria principal: a Lotofácil teve três vencedores, mas nenhum deles ficou milionário
Vai fazer a prova do docente? Veja tudo o que precisa saber antes de fazer a prova
Avaliação será aplicada neste domingo (26), em todo o país; entenda a estrutura da prova e quem pode participar
Bet da Caixa ameaçada? Lula cobra explicações do presidente do banco
Com o incômodo de Lula, o andamento da nova plataforma de apostas online do banco pode ser cancelado
Trump confirma encontro com Lula e diz que avalia reduzir tarifas ao Brasil “sob certas circunstâncias”
O republicano também lembrou da breve conversa com o presidente brasileiro nos bastidores da ONU, em Nova York
Mega-Sena sorteia quase R$ 100 milhões hoje — mas não é a única com prêmio milionário; confira os sorteios deste sábado
A Mega-Sena está encalhada há sete sorteios. Timemania, Lotofácil, Quina, Dia de Sorte e +Milionária também voltam a correr hoje
João Fonseca x Jaume Munar no ATP 500 da Basileia: veja horário e onde assistir
João Fonseca encara o espanhol Jaume Munar neste sábado (25) pela semifinal do ATP 500 da Basileia; partida define quem vai à final do torneio suíço
“Brasil não precisa se defender”, diz CEO da COP30 sobre exploração de petróleo na Margem Equatorial; entenda o que o governo quer do encontro
A gestão do evento adotou medidas rigorosas para reestruturar a participação do setor privado e de outras instituições na Agenda de Ação da COP30, segundo a executiva
De desistência em desistência, João Fonseca avança à semifinal no ATP 500 da Basileia, tem melhor colocação de sua história e garante bolada
Após vitória com desistência de Shapovalov, João Fonseca chega à semifinal do ATP 500 da Basileia, conquista seu melhor ranking na carreira e garante prêmio de quase R$ 850 mil
É tudo fachada? Arranha-céu cheio de bilionários e famosos corre risco de colapso
Refúgio de bilionários onde mora Jennifer Lopez corre risco de desabamento. Entenda o que causou a crise no arranha-céu
Usiminas (USIM5) cai até 8% com prejuízo inesperado, mas possíveis dividendos melhoram humor do acionista
Empresa registrou um prejuízo de 3,5 bilhões no terceiro trimestre após revisões de ativos que os analistas não esperavam