Bancões voltam a fazer dinheiro com seu principal negócio: dar crédito
Saldo dos financiamentos no Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander encerrou setembro em R$ 2,2 trilhões, uma alta de 7,3% em 12 meses. É importante ficar de olho no crédito porque provavelmente é daí que os bancos vão manter os seus lucros bilionários em alta – e fazer a alegria dos acionistas na bolsa
Depois de um longo inverno, os grandes bancos brasileiros voltaram a ser… bancos. Ou melhor, voltaram a fazer o que se espera deles, que é ganhar dinheiro com a concessão de crédito. Pelo menos foi o que os resultados do terceiro trimestre mostraram.
O saldo dos financiamentos nos balanços de Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander atingiu R$ 2,227 trilhões em setembro. Isso representa uma alta de 1,6% no trimestre e de 7,3% nos últimos 12 meses. O crescimento seria ainda maior não fosse o BB, que ainda segue em marcha lenta.
É importante ficar de olho no desempenho do crédito porque provavelmente é daí que os bancões vão manter os seus lucros bilionários em alta - e fazer a alegria dos acionistas na bolsa.
A margem financeira, linha do balanço onde entram as receitas com crédito (descontado o custo de captação), somou R$ 56,4 bilhões no terceiro trimestre nos quatro bancos.
Trata-se de uma alta de 2,2% quando se compara com o mesmo período do ano passado uma reversão da trajetória de queda que vinha até o trimestre anterior.
Durante a crise, os bancos fecharam a torneira dos financiamentos com o aumento dos calotes - e ainda jogaram as taxas nas alturas. Mas a queda da Selic colocou pressão para a redução dos spreads bancários. Isso significa que, para manter os resultados em alta, os bancos precisam emprestar mais.
Leia Também
Conselho do BRB elege novo presidente após afastar o antigo em meio à liquidação do Banco Master e prisão de Daniel Vorcaro
“Achamos que o crédito continuará crescendo até mais vigorosamente no futuro”, disse o presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, na teleconferência com jornalistas para comentar o balanço.
O Santander teve a vantagem de sair na frente, mas resta saber como o banco vai reagir ao avanço dos concorrentes maiores. Em entrevista na estreia do Seu Dinheiro, o presidente do banco, Sergio Rial, deu a receita: buscar clientes na base da pirâmide e no interior do país.
Rentabilidade
No terceiro trimestre, o resultado somado dos quatro grandes de capital aberto foi de R$ 18,4 bilhões. O número, que representa um avanço de 12% em relação ao mesmo período do ano passado, ficou 6% acima das projeções do mercado, de acordo com a Bloomberg.
Além do lucro, os bancões entregaram uma rentabilidade maior no trimestre. O Itaú se mantém tranquilo na liderança nesse quesito, mas a briga pelo segundo lugar entre Santander e Bradesco ficou ainda mais acirrada.
O Banco do Brasil segue na lanterna, mas vem melhorando o índice a cada trimestre na tentativa de reduzir a distância para os concorrentes privados.
De onde vieram os lucros?
A melhora no crédito representa principalmente uma sinalização para o futuro, mas o grosso dos resultados deste trimestre veio mesmo da melhora da inadimplência. As despesas de provisão para calotes os quatro bancos recuaram 22% na comparação com o período de julho a setembro do ano passado.
A expectativa é que os bancos ainda tenham alguma gordura para queimar nesse quesito, o que pode ajudar a melhorar os lucros dos próximos trimestres.
"Pelas novas safras de crédito que nós observamos devemos continuar tendo melhoria nessa linha", afirmou a jornalistas o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari.
Taxas e tarifas
Com o crédito devagar, quase parando, durante a crise, os bancos buscaram ampliar as fontes de receita com prestação de serviços. Ou seja, com a cobrança de taxas e tarifas na conta corrente e em cartões, por exemplo.
Para os bancos, as receitas com serviços ainda trazem a vantagem de não consumir capital, o que torna a atividade potencialmente mais rentável.
O cenário só não é melhor para os bancos porque foi justamente daí que começaram a surgir os focos de concorrência mais evidentes de empresas independentes e de tecnologia financeira (fintechs).
Em meio à competição acirrada nos negócios de maquininhas de cartões e nas plataformas de investimento, os bancos tiveram de derrubar suas taxas na tentativa de defender seu mercado.
Outro caminho adotado é o da diversificação. O Itaú tem sido o mais atuante nessa vertente, com a compra da participação no capital da XP Investimentos e a entrada no negócio de benefícios com a aquisição de 11% da Ticket Serviços, além da associação com o PayPal em serviços de pagamento digital.
Black Friday: Apple chega a 70% OFF, Samsung bate 60%; quem entrega os melhores descontos?
A Apple entra com 70% OFF, pagamento dividido e entrega rápida; a Samsung equilibra o duelo com 60% OFF, mais categorias e descontos progressivos
Do Rio de Janeiro ao Amapá, ninguém escapou do Banco Master: fundos de pensão se veem com prejuízo de R$ 1,86 bilhão, sem garantia do FGC
Decisão do Banco Central afeta 18 fundos de previdência de estados e municípios; aplicações feitas não têm cobertura do FGC
Lotofácil vacila e Dia de Sorte faz o único milionário da noite; Mega-Sena encalha e volta só no sábado
Lotofácil acumula pelo terceira vez nos últimos cinco concursos e vai para último sorteio antes de pausa para o feriado com R$ 5 milhões em jogo
A B3 também vai ‘feriadar’? Confira o que abre e o que fecha no Dia da Consciência Negra
Bolsa, bancos, Correios, rodízio em São Paulo… desvendamos o que funciona e o que não funciona no dia 20
Caixa paga Bolsa Família nesta quarta (19) para NIS final 4; veja quem recebe
A ordem de pagamento do benefício para famílias de baixa renda é definida pelo último número do NIS
CDBs do Will Bank e do Banco Master de Investimento também serão pagos pelo FGC?
Ambas são subsidiárias do Banco Master S.A., porém somente o braço de investimentos também foi liquidado. Will Bank segue operando
Qual o tamanho da conta do Banco Master que o FGC terá que pagar
Fundo Garantidor de Créditos pode se deparar com o maior ressarcimento da sua história ao ter que restituir os investidores dos CDBs do Banco Master
Liquidação do Banco Master é ‘presente de grego’ nos 30 anos do FGC; veja o histórico do fundo garantidor
Diante da liquidação extrajudicial do Banco Master, FGC fará sua 41ª intervenção em três décadas de existência
Investiu em CDBs do Banco Master? Veja o passo a passo para ser ressarcido pelo FGC
Com a liquidação do Banco Master decretada pelo Banco Central, veja como receber o ressarcimento pelo FGC
Debate sobre renovação da CNH de idosos pode baratear habilitação; veja o que muda
Projetos no Congresso podem mudar regras da renovação da CNH para idosos, reduzir taxas e ampliar prazos para motoristas acima de 60 anos
Loterias turbinadas: Bolas divididas na Lotofácil e na Lotomania acabam em 10 novos milionários
Prêmio principal da Lotofácil será dividido entre 14 apostadores, mas só 7 ficaram milionários; Lotomania teve 3 ganhadores, que ainda se deram ao luxo de deixar dinheiro na mesa
Banco Master recebe nova proposta de compra, desta vez de consórcio integrado por investidores dos Emirados Árabes Unidos
Transação está sujeita à aprovação do Banco Central e do Cade e envolveria a compra da totalidade das ações do fundador do Master, Daniel Vorcaro
Disparada do Ibovespa não é mérito do Brasil, mas tropeção dos EUA, diz Mansueto Almeida, do BTG
Economista-chefe do BTG acredita que o Brasil continua empacado com os mesmos problemas e potencial verdadeiro do Ibovespa só será destravado após melhora fiscal
Ibovespa sem freio: Morgan Stanley projeta índice aos 200 mil pontos no fim de 2026, mas há riscos no radar
Apesar da avaliação positiva, o Morgan Stanley vê o aumento das preocupações com o cenário fiscal no país como maior risco para o desempenho do Ibovespa
Black Friday da Samsung: celulares, TVs e eletrodomésticos com até 55% de desconto; veja os destaques
Ar-condicionado, TV, robô aspirador e celulares Galaxy entram na Black Friday da Samsung com descontos e condições especiais de pagamento
Quanto Pelé valeria hoje? A projeção do ChatGPT que supera Mbappé, Haaland e Neymar no mercado global
Simulação mostra o óbvio: o Rei do Futebol teria o maior valor de mercado da história — e poderia quebrar todos os tetos de transferência do futebol moderno.
Lotofácil ‘final zero’ promete R$ 12 milhões em premiações hoje
Além do concurso com ‘final zero’, a Lotofácil acumulou na última rodada. Enquanto isso, de todos as loterias com sorteios programados para a noite de hoje (17), somente uma promete prêmio inferior a R$ 1 milhão.
Feriado no Brasil, mas sem descanso para o mercado: Payroll, ata do Fomc, IBC-Br e balanço da Nvidia estão na agenda econômica
O calendário dos próximos dias ainda conta com discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), do Banco da Inglaterra (BoE) e do Banco Central Europeu (BCE)
Com Pix, empresas e consumidores brasileiros economizaram R$ 117 bilhões em cinco anos
Levantamento elaborado pelo Movimento Brasil Competitivo mostrou que somente entre janeiro e setembro de 2025, foram R$ 38,3 bilhões economizados
Isenção de 10% para café e carne é um alívio, mas sobretaxa de 40% continua a ser entrave com EUA
A medida beneficia diretamente 80 itens que o Brasil vende aos EUA, mas a sobretaxa continua a afetar a maior parte dos produtos brasileiros
