🔴 ONDE INVESTIR COM A SELIC A 14,75% AO ANO? CONFIRA AS RECOMENDAÇÕES GRATUITAMENTE

Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Clima político desfavorável pesa nos mercados

Pedido de impeachment contra Trump e discurso de Bolsonaro na ONU devem pesar no mercado financeiro

Olivia Bulla
Olivia Bulla
25 de setembro de 2019
5:42 - atualizado às 7:26
Tom de confronto do brasileiro e críticas de Trump à China tampouco ajudam

O pedido de impeachment contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o discurso do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia-Geral da ONU devem pesar no mercado financeiro hoje, um dia após esses acontecimentos. Por mais que não se acredite que Trump será retirado da Casa Branca antes das eleições de 2020 - caso não seja reeleito - e que a fala de Bolsonaro tenha recebido elogios de apoiadores, o estrago foi grande.

  • Veja mais: Investidores comuns estão aprendendo como antecipar o movimento das ações com um dos maiores analistas técnicos do país. VAGAS LIMITADAS. Corra. Entre aqui.

Afinal, o processo aberto ontem pela Câmara dos EUA tende a ser longo, deixando Wall Street mais vulnerável ao noticiário em torno da ameaça que teria sido feito por Trump ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de reter ajuda econômica ao país caso Kiev se recusasse em investigar o filho de Joe Biden, principal pré-candidato democrata na disputa presidencial, produzindo informações prejudiciais a ele.

Tal pedido viola a Constituição norte-americana, ao tentar recrutar um poder estrangeiro para interferir a seu favor na eleição. Uma transcrição do telefonema entre Trump e o presidente ucraniano deve ser divulgada hoje. O discurso de Trump na ONU tampouco ajudou, já que as críticas à China minam a esperança de sucesso nas negociações comerciais entre os dois países prevista para outubro, em Washington.

Com isso, o sinal negativo visto na sessão de ontem em Nova York se repete nesta manhã entre os índices futuros, após um pregão de fortes perdas na Ásia, em meio ao impacto da guerra comercial nas economias da região. Xangai caiu 1% e Hong Kong cedeu um pouco mais que isso, ao passo que Tóquio recuou 0,4%. Seul também teve queda de mais de 1%.

Na Europa, as principais bolsas também abriram no vermelho, em meio às esperanças enfraquecidas de um acordo entre EUA e China, enquanto o pedido de impeachment de Trump pesa no sentimento dos investidores. Nos demais mercados, o petróleo recua, enquanto o dólar ganha força.

Discurso para o público interno

Esse sinal negativo vindo do exterior tende a ser potencializado nos negócios locais, com os investidores reavaliando a leitura em relação ao discurso de Bolsonaro na ONU. Após relegaram a fala dele na sessão de ontem, a repercussão internacional mais negativa ao tom de confronto e com muita ideologia do presidente tende a pesar por aqui.

Leia Também

Afinal, o principal objetivo era que o presidente conseguisse melhorar a imagem do seu governo no exterior. Mas o que se viu foi um discurso voltado ao público interno, com viés ideológico do começo ao fim. Bolsonaro manteve a cartilha eleitoral e falou para a sua base, que lhe dá sustentação política, enquanto na ONU se espera um discurso com visão de mundo.

Em sua defesa, o presidente brasileiro negou agressividade e disse que fez um discurso “contundente”, buscando “restabelecer a verdade”. Mas para diplomatas, a fala de Bolsonaro foi imprópria, criando novos atritos e ampliando os já existentes, ao invés de atenuá-los. A expectativa, portanto, era de um tom mais conciliador, mas não foi bem assim - o que mantém a ameaça sob acordos comerciais e investimentos no Brasil.

Assim, a elevação da aversão ao risco no exterior combinada com o clima político mais desfavorável no Brasil e nos EUA tende a azedar o humor dos investidores por aqui, que já vinha ruim após a postergação da votação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para a próxima semana.

Previdência só na semana que vem

Ficou para a semana que vem o grande evento esperado para hoje. A votação do parecer da reforma da Previdência na CCJ foi adiada para a próxima terça-feira, já no primeiro dia de outubro, retardando o processo no plenário do Senado. Mas o calendário inicial, que prevê a aprovação da matéria no Congresso até o dia 10 do mês que vem, segue mantido.

Mesmo assim, o clima ameno para aprovar as novas regras para aposentadoria parece ter sido dissipado, com os parlamentares mostrando certa resistência para apreciar a matéria. O adiamento parece ter sido uma manifestação de solidariedade ao líder do governo no Senado, Fernando Bezerra, alvo de uma ação da Polícia Federal na semana passada.

A operação foi recebida no Congresso como uma declaração de guerra da PF e da força-tarefa da Lava Jato. E o recado não poderia ser mais claro. Deputados e senadores derrubaram ontem 18 dos 33 vetos assinados pelo presidente Jair Bolsonaro à lei de abuso de autoridade que atendiam a pedidos da PF e do ministro da Justiça, Sergio Moro.

O problema é que essa controvérsia entre os Poderes e a demora na conclusão da reforma da Previdência no Senado complicam a votação do pacote anticrime na Câmara e adiam a discussão sobre a reforma tributária no Congresso. A equipe econômica deve enviar uma proposta do governo até a semana que vem, propondo mudanças no sistema de impostos.

Agenda sem destaque

Já a agenda econômica desta quarta-feira está carregada, porém, sem destaques. Por aqui, saem dados sobre o custo e a confiança no setor da construção civil em setembro, às 8h. Depois, às 9h, é a vez do índice de preços ao produtor (PPI) em agosto. Na sequência, o Banco Central publica a nota sobre as operações de crédito no mês passado (10h30).

À tarde, o BC volta à cena para divulgar os dados parciais do fluxo de entrada e saída de dólares do país (14h30). No exterior, serão conhecidos os números sobre as vendas de imóveis residenciais novos nos EUA em agosto (11h), além dos estoques semanais de petróleo e derivados no país (11h30).

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
VOANDO LEVE

Último credor da Gol (GOLL4) aceita acordo e recuperação judicial nos EUA se aproxima do fim

8 de maio de 2025 - 12:17

Companhia aérea afirma que conseguirá uma redução significativa de seu endividamento com o plano que será apresentado

COM PÉ DIREITO

Bradesco (BBDC4) salta 15% na B3 com balanço mais forte que o esperado, mas CEO não vê “surpresas arrebatadoras” daqui para frente. Vale a pena comprar as ações do banco?

8 de maio de 2025 - 11:35

Além da surpresa com rentabilidade e lucro, o principal destaque positivo do balanço veio da margem líquida — em especial, o resultado com clientes. É hora de colocar BBDC4 na carteira?

PARA INGLÊS VER?

Trump anuncia primeiro acordo tarifário no âmbito da guerra comercial; veja o que se sabe até agora

8 de maio de 2025 - 9:56

Trump utilizou a rede social Truth Social para anunciar o primeiro acordo tarifário e aproveitou para comentar sobre a atuação de Powell, presidente do Fed

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Não há escapatória: Ibovespa reage a balanços e Super Quarta enquanto espera detalhes de acordo propalado por Trump

8 de maio de 2025 - 8:30

Investidores reagem positivamente a anúncio feito por Trump de que vai anunciar hoje o primeiro acordo no âmbito de sua guerra comercial

ALTAS EXPECTATIVAS

Itaú Unibanco (ITUB4) será capaz de manter o fôlego no 1T25 ou os resultados fortes começarão a fraquejar? O que esperar do balanço do bancão 

8 de maio de 2025 - 7:04

O resultado do maior banco privado do país está marcado para sair nesta quinta-feira (8), após o fechamento dos mercados; confira as expectativas dos analistas

TAG SUMMIT 2025

Duas ações para os próximos 25 anos: gestores apostam nestes papéis para sobreviver ao caos — e defendem investimentos em commodities

7 de maio de 2025 - 19:48

No TAG Summit 2025 desta quarta-feira (7), os gestores destacaram que a bolsa brasileira deve continuar barata e explicaram os motivos para as commodities valerem a pena mesmo em meio à guerra comercial de Trump

PAZ OU GUERRA?

Chora mais quem pode menos: os bastidores do encontro de EUA e China que pode colocar fim às tarifas

7 de maio de 2025 - 19:35

Representantes de Washington e de Pequim devem se reunir no próximo sábado (10) na Suíça; desfecho das conversas é difícil de prever até mesmo para Trump

RESULTADO DO BANCÃO

Mesmo com apetite ao risco menor, Bradesco (BBDC4) supera expectativas e vê lucro crescer quase 40% no 1T25, a R$ 5,9 bilhões

7 de maio de 2025 - 18:49

Além do aumento na lucratividade, o banco também apresentou avanços na rentabilidade, com inadimplência e provisões contidas; veja os destaques

AI FREEDOM

Vem coisa boa aí: Nvidia dispara com chance de revogação de restrições aos chips por Trump

7 de maio de 2025 - 18:24

Governo norte-americano estuda não aplicar a chamada regra de “difusão de IA” quando ela entrar em vigor, no próximo dia 15, animando o mercado de chips de inteligência artificial

CRIPTO HOJE

Bitcoin (BTC) sobrevive ao Fed e se mantém em US$ 96 mil mesmo sem sinal de corte de juros no horizonte

7 de maio de 2025 - 16:45

Outra notícia, que também veio lá de fora, ajudou os ativos digitais nas últimas 24 horas: a chance de entendimento entre EUA e China sobre as tarifas

FOGO ALTO OU BANHO-MARIA?

Não vai meter a colher onde não é chamado: Fed mantém taxa de juros inalterada e desafia Trump

7 de maio de 2025 - 15:10

Como era amplamente esperado, o banco central norte-americano seguiu com os juros na faixa entre 4,25% e 4,50%, mas o que importa nesta quarta-feira (7) é a declaração de Powell após a decisão

REJEIÇÃO À OPA

Conselho de administração da Mobly (MBLY3) recomenda que acionistas não aceitem OPA dos fundadores da Tok&Stok

7 de maio de 2025 - 12:25

Conselheiros dizem que oferta não atende aos melhores interesses da companhia; apesar de queda da ação no ano, ela ainda é negociada a um preço superior ao ofertado, o que de fato não justifica a adesão do acionista individual à OPA

COM PRESSÃO ALTA

Balanço fraco da RD Saúde (RADL3) derruba ações e aumenta pressão sobre rede de farmácias. Vale a pena comprar na queda? 

7 de maio de 2025 - 12:05

Apesar das expectativas mais baixas para o trimestre, os resultados fracos da RD Saúde decepcionaram o mercado, intensificando a pressão sobre as ações

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Bola de cristal monetária: Ibovespa busca um caminho em dia de Super Quarta, negociações EUA-China e mais balanços

7 de maio de 2025 - 8:16

Investidores estão em compasso de espera não só pelas decisões de juros, mas também pelas sinalizações do Copom e do Fed

MESMO COM TRUMP…

A exuberância americana continua: para gestores, empresas mais valiosas do mundo são dos EUA e valem o investimento

6 de maio de 2025 - 17:50

Especialistas afirmam durante o TAG Summit que as empresas americanas podem sair fortalecidas da guerra comercial travada pelo presidente norte-americano

PODCAST TOURO E URSOS #221

Copom deve encerrar alta da Selic na próxima reunião, diz Marcel Andrade, da SulAmérica. Saiba o que vem depois e onde investir agora

6 de maio de 2025 - 15:37

No episódio 221 do podcast Touros e Ursos, Andrade fala da decisão de juros desta quarta-feira (7) tanto aqui como nos EUA e também dá dicas de onde investir no cenário atual

BALDE DE ÁGUA FRIA?

Balanço da BB Seguridade (BBSE3) desagrada e ações caem forte na B3. O que frustrou o mercado no 1T25 (e o que fazer com os papéis agora)?

6 de maio de 2025 - 13:07

Avaliação dos analistas é que o resultado do trimestre foi negativo, pressionado pela lucratividade abaixo das expectativas; veja os destaques do balanço

OBRIGADO, TRUMP!

Selic em alta atrai investidor estrangeiro para a renda fixa do Brasil, apesar do risco fiscal

6 de maio de 2025 - 12:58

Analistas também veem espaço para algum ganho — ou perdas limitadas — em dólar para o investidor estrangeiro que aportar no Brasil

DESTAQUES DA BOLSA

É recorde: Ações da Brava Energia (BRAV3) lideram altas do Ibovespa com novo salto de produção em abril. O que está por trás da performance?

6 de maio de 2025 - 10:49

A companhia informou na noite passada que atingiu um novo pico de produção em abril, com um aumento de 15% em relação ao volume visto em março

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Expectativa e realidade na bolsa: Ibovespa fica a reboque de Wall Street às vésperas da Super Quarta

6 de maio de 2025 - 8:22

Investidores acompanham o andamento da temporada de balanços enquanto se preparam para as decisões de juros dos bancos centrais de Brasil e EUA

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar