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Marina Gazzoni

Marina Gazzoni

Diretora-Executiva do Seu Dinheiro e Money Times. Tem 20 anos de experiência em gestão, edição e reportagem de projetos de conteúdo de Economia, passando por Empiricus Research, G1/Globo, Folha, Estadão e IG. Tem MBA em Informação Econômico-Financeira e Mercado de Capitais e MBA em Marketing Digital. É planejadora financeira CFP® e mestranda na FGV (Inovação Corporativa).

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Should I stay or Should I go? O dia seguinte da Neon Pagamentos

Financeira teve operação suspensa em maio após a quebra de banco parceiro homônimo e viveu o desafio de acalmar – e reter – clientes desesperados

Marina Gazzoni
Marina Gazzoni
25 de setembro de 2018
5:56 - atualizado às 17:00
Pedro Conrade, CEO da Neon Pagamentos
Pedro Conrade, CEO da Neon Pagamentos - Imagem: Raphael Lopes/Seu Dinheiro

Uma coisa que eu aprendi nos meus primeiros anos como repórter de economia: um banco nunca deveria dar prejuízo, muito menos quebrar. Quando isso acontece, algo está muito errado e aí tem notícia. Na sexta-feira, 5 de maio, recebi um comunicado de que o Banco Neon sofreu uma liquidação extrajudicial do Banco Central. Sinal de alerta piscou na minha cabeça e mobilizei a equipe toda de economia do G1 para cobrir o caso.

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O Banco Neon, uma instituição mineira bem enrolada e com apenas uma agência, importava pouco para o mercado. O caso ganhou relevância porque colocou na berlinda os negócios da fintech homônima, a Neon Pagamentos, que na época dizia ter mais de 600 mil contas ativas. Por ser uma instituição pagamento – e não um banco- a Neon precisava de um parceiro habilitado no Banco Central para movimentar suas contas digitais. Como o banco parceiro se encrencou, a Neon Pagamentos teve suas operações suspensas na ocasião.

Ela foi uma das primeiras fintechs a oferecer um conta digital para os brasileiros. Com um serviço mais ágil, mais amigável e muito mais “cool” que o dos bancos tradicionais, conseguiu rapidamente uma boa carteira de clientes.

Dias depois de ter a operação suspensa, a Neon fechou uma parceria com o banco Votorantim e conseguiu restabelecer os serviços – exceto o cartão de crédito. A dúvida que ficou no ar era se o amor dos clientes – e especialmente, a confiança - sobreviveria à primeira crise.

Meses depois, já na equipe do Seu Dinheiro, pedi uma entrevista com o Pedro Conrade, presidente da Neon. Era um teste para aquele jovem líder de 26 anos. Um comportamento comum dos CEOs é falar quando tem notícia boa e, quando há um problema, se manifestar por meio de comunicados e da equipe de relações públicas.

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Conrade aceitou me receber na sede da Neon. Com um sorriso simpático no rosto, ele me disse que o incidente era “página virada” para a empresa.

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“Isso nem é mais assunto aqui dentro. Só lembro quando falo com jornalistas.”

E qual é o assunto hoje? “Como nós vamos crescer, melhorar a operação e trazer novos produtos”. Conrade disse que a Neon está trabalhando em uma solução de conta digital para as pequenas empresas e estratégias para crescer em ritmo de fintech – 10%, 20% ao mês. Está no forno também o lançamento do cartão de crédito do Neon. “Precisamos fazer uma integração financeira com o novo parceiro. Mas está na cara do gol”, afirmou.

Não quero ser banco

Logo depois do incidente com o Banco Neon, o Banco Central liberou para as fintechs a possibilidade de virar banco. Era a chance das fintechs de dar seu grito de independência.
Pedro Conrade diz que não tem interesse em transformar a Neon Pagamentos em banco. Para ele, a busca do registro é uma complexidade desnecessária, que só vai gastar energia da equipe. “É uma complexidade que não é o core. Uma startup morre na praia se fizer tudo ao mesmo tempo.”

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Os clientes saíram ou ficaram?

“O número de contas canceladas foi irrisório. Muito pouco mesmo e já superamos isso”, disse Conrade. Ele afirmou que a empresa conseguiu ainda mais clientes este ano e atingiu 1 milhão de contas abertas.

O fato é que, como a Neon não cobra taxas, o número de contas abertas não é o indicador mais relevante. O que importa mesmo é quantas pessoas mantêm dinheiro nas contas digitais e qual o volume disponível. E essa informação o Neon não abre, nem o Banco Central.

“Quando tudo aconteceu, pensei: ‘ferrou, 95% das pessoas vão tirar o dinheiro’. No domingo já sabia que não iam tirar mais. As pessoas estavam torcendo pelo banco. Se tivéssemos demorado mais de uma semana (para fechar com o Votorantim), teria talvez perdido 95%”, conta Conrade.

Como a Neon não abre os números de saques, pedi para os repórteres Fernando Pivetti e Luis Ottoni procurarem os clientes insatisfeitos para saber deles como está hoje a relação com o banco. Ele ouviram 5 pessoas que se manifestaram contra o banco no site Reclame Aqui na época do bloqueio. Veja o que eles fizeram e seus relatos:

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  • Um cancelou a conta;
  • Dois sacaram o dinheiro, mas ainda são clientes da Neon;
  • Dois voltaram a usar os serviços do banco e elogiaram o atendimento – mas um deles ainda tem medo de comprar CDBs.

Matheus Amaral,19 (estudante) - São Paulo/SP

"O dinheiro que eu tinha aplicado ficou bloqueado. Eu fiquei um tempo com medo de perder o dinheiro até que a Neon avisou que tinha a garantia do FGC. Assim que liberaram o dinheiro, eu saquei da conta. Mas a minha conta continua aberta."

Mariana Ghizini Bougeard, 40 (administradora de dados) - Florianópolis/SC

“Tive problemas com depósito feito no mesmo dia da liquidação e que não tinham sido efetivado. Resolveram em uma semana. Confesso que fiquei um pouco contrariada, mas não pensei em encerrar a conta. Procurei o Neon porque queria uma conta que não cobrasse taxas. Quando chegar meu cartão vou parar de utilizar os cartões dos outros bancos que tenho conta.”

Marcelo Cielo, 29 (artista visual e designer) - São Paulo/SP

"Aguardava o pagamento de um freela e fiquei desesperado. Tudo foi resolvido através do aplicativo. Eu tinha investimento em CDB e logo que liberaram o resgate tirei de lá. Em relação a minha conta, estou bem tranquilo. Mas fiquei receoso com o investimento em CDB."

João Claudio, 20 - auxiliar administrativo – Aricanduva/MG

"Essa foi a minha primeira conta em um banco e usava para pagamentos. Alguns boletos não foram pagos e só soube quando fui cobrado, com juros. Ainda tenho a conta aberta, mas estou usando outro banco, uma marca grande, porque fiquei com o pé atrás com eles."

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Giovanny Melo, 23 anos - analista de Suporte - Ribeirão Preto (SP)

"Fiquei em pânico quando comecei a ler as notícias na internet falando que o banco tinha quebrado. Tinha investimentos em CDBs e tentei sacar tudo imediatamente, mas não consegui. Assim que liberaram minha conta, transferi todos os meus investimentos para outro banco. A princípio tinha decidido deixar minha conta aberta e só usar em situações emergenciais. Agora acabei fechando. Não confio mais."

Empresa resistiu, mas com trauma

"O relato dos clientes deixa claro que muitos ficaram traumatizados, embora ainda mantenham a porta aberta para uma nova relação com o banco. Afinal, que brasileiro não tem alguma reclamação sobre o serviço bancário? O incidente até pode ter atrasado um pouco os planos do Neon, mas está longe de ter decretado a morte precoce da empresa."

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