Sapore prepara oferta por 42% da IMC, dona de redes Viena e Frango Assado
Sapore parte para a segunda tentativa de comprar uma participação na IMC. Operação é o primeiro passo para uma eventual fusão das empresas.
O empresário Daniel Mendez, dono da Sapore, empresa de refeições coletivas, não desiste. Depois de intensa negociação, um contrato de fusão alinhavado e desfeito meses depois, está nos ajustes finais de um novo plano para unir a sua companhia à International Meal Company (IMC), que possui o Viena e o Frango Assado.
Até meados da semana que vem, a Sapore deverá lançar uma oferta por 42,5% da IMC pagando, por ação, R$ 8,60. O Brasil Plural está contratado para estruturar a oferta pública de aquisição.
Para dar o novo lance, vai levantar cerca de R$ 540 milhões com três bancos: Bradesco, Banco do Brasil e Votorantim. Esse dinheiro deverá ser captado por meio de uma emissão de debêntures da Abanzai, holding que controla a Sapore. E é principalmente a estruturação dessa operação que está nos momentos finais. Ações da IMC serão dadas em garantia para os bancos em troca do crédito.
A oferta será voluntária - ou hostil. A IMC não tem hoje um controlador definido e não há nenhuma cláusula em seu estatuto que determine que a partir de um determinado percentual relevante da companhia, a oferta deva ser estendida a todos os demais acionistas.
Primeiro passo para a fusão
A ideia de Mendez é dar as cartas na IMC para, em seguida, concretizar a fusão com a Sapore. Uma nova proposta de fusão será levada para uma assembleia de acionistas da dona do Frango Assado. Mendez, com seus 42,5%, votará nessa assembleia - o formato da operação deverá seguir as orientações da CVM no Parecer 35, com a criação de um comitê independente para avaliar os termos da negociação.
A oferta a R$ 8,60 por ação representa um prêmio de pouco mais de 30% em relação à cotação atual da IMC em bolsa - os papéis da empresa fecharam o pregão desta quinta-feira em R$ 6,50. Nos últimos dias, a Sapore e seus assessores têm monitorado com muita atenção a evolução das cotações da IMC - os R$ 8,60 são o máximo que ela vai conseguir oferecer, em função de questões que envolvem a alavancagem dessa empresa. A preocupação da Sapore é que uma valorização das ações da IMC diminua a atratividade da sua oferta. É possível que a oferta seja suspensa com uma eventual disparada da ação. Nesta quinta-feira, a IMC divulgou o balanço e as ações desabaram, mas reduziram perdas no fim do pregão e fecharam em queda de 1,52%.
Leia Também
Segunda oferta é menor
Apesar do elevado prêmio em relação às cotações na B3 hoje, os R$ 8,60 da Sapore estão R$ 0,70 abaixo dos R$ 9,30 por ação que seriam oferecidos aos acionistas na fusão entre as companhias que chegou a ser anunciada em junho, mas foi abandonada em setembro pela IMC. A justificativa da empresa foi “questões relacionadas à auditoria” prévia à fusão. A Sapore alegou que poderia cobrar uma multa de R$ 30 milhões pela desistência da IMC do negócio.
As ações da IMC, no entanto, nunca se sustentaram nesse patamar de R$ 9, mesmo com o preço dado para a operação. Se o negócio for para a frente, uma dúvida é se o atual presidente da IMC, Newton Maia, permanecerá no posto. Ex-executivo do Advent, fundo de participações que chegou a ser o controlador da IMC, Maia foi responsável por uma reestruturação de sucesso na IMC nos últimos três anos. Na condição de uma oferta como essa, não negociada, será preciso acompanhar para saber como Maia e Mendez se relacionarão no dia a dia.
Parte dos acionistas apoiam o trabalho do executivo e acreditam que sem uma fusão a IMC tem um caminho de incremento de resultados à frente. Outras empresas já tiveram interesse na IMC, como a italiana Autogrill e a mexican Alsea, mas não fecharam negócio.
Outra parte dos acionistas estão descontentes com a pouca liquidez das ações e o fato de as cotações estarem patinando na B3 há meses. Faz parte da definição da oferta a ser lançada pela IMC a disposição prévia de acionistas relevantes da companhia concordarem em entregar os papéis.
Os meses em que tratou da fusão serviram para que Mendez ficasse ainda mais certo de que juntar Sapore e IMC será um grande negócio. A ele interessa principalmente também ter liquidez para seus negócios. A operação também será uma forma de transformar a Sapore numa companhia aberta. Na cabeça dele, as sinergias alcançadas pela união das empresas podem alcançar R$ 100 milhões. Elas virão de aspectos de logística, distribuição e cozinhas inteligentes - uma operação em desenvolvimento na IMC, mas que já é realidade na Sapore. A empresa de refeições coletivas de Mendez pode obter ainda um incremento para seu negócio de varejo, segmento em que ingressou no início do ano, com a marca Yurban, de comida fresca.
Procurada, a Sapore não se manifestou até o fechamento desta edição.
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção
No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa
Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767
Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros
Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje
Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira
Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana
Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana
JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho
Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos
A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”
Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso
A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão
Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA
Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje
O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores
A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer
Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025
Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário
A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital
Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?
Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários