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Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Análise

Qual impacto do churrasco na Selic?

Alta no preço da carne ainda não teria força para barrar queda da Selic, mas reforça discurso de cautela do Banco Central

Eduardo Campos
Eduardo Campos
22 de novembro de 2019
15:01
Churrasco carne
Imagem: Shutterstock

O aumento no preço da carne está em evidência no noticiário da semana e isso mexe no nosso bolso de duas formas. Uma é fato: o churrasco já está mais caro e deve ficar ainda mais caro até o fim do ano, pode culpar os chineses. A outra, mais indireta, é como isso pode influenciar a taxa básica de juros, a Selic.

Com relação a esse segundo ponto ainda não há consenso, principalmente com relação às decisões de juros de 2020. Por ora, mesmo com carne, energia e gasolina podendo pressionar um pouco para cima os preços, segue válida a mensagem reforçada pelo próprio Banco Central (BC) de que há espaço para novo corte de meio ponto do juro em dezembro, de 5% para 4,5% ao ano. O que entra em discussão mais acirrada é se há espaço para ir abaixo disso.

Esse cenário para inflação serve para reforçar a mensagem de cautela já dada pelo BC em sua última reunião, quando os membros do Copom disseram entender "que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela em eventuais novos ajustes no grau de estímulo" e que eles "também refletiram sobre a sensibilidade de variáveis macroeconômicas à política monetária, uma vez que faltam comparativos na história brasileira para o atual grau de estímulo".

Antes de seguir adiante, do ponto de vista prático, Selic em 4,5% ou 4% não muda muita coisa na avaliação dos nossos investimentos. O investidor terá de prestar atenção para o juro real, taxa nominal descontada da inflação, que oscila na linha de 1% ao ano e pode cair mais. A depender de tributação e taxas de administração, alguns tipos de investimento estão com retorno zero ou mesmo negativo. Pagar 100% do CDI não quer dizer nada. Poupança então, que paga 70% da Selic, praticamente já era, é perda real quase certa como a colega Julia Wiltgen mostra nessa matéria aqui - Com Selic a 5%, poupança tem retorno real negativo e renda fixa pode virar “perda fixa”.

Efeito secundário

A atuação do BC se pauta na evolução das projeções e expectativas de inflação e atividade. Assim, o que importa no âmbito da política monetária não é o choque de preços em si, mas se essa alta pontual da carne vai contaminar outros preços e se perpetuar ao longo do tempo. O chamado efeito secundário.

Nos últimos anos, o BC fez uma série de estudos para avaliar, justamente, o impacto do choque de alimentos e outros choques sobre a inflação. Entre os estudos, um nos diz que os choques tendem a se refletir nos núcleos da inflação, que tentam captar a tendência de preços, e que choques de alimentos são mais relevantes para a trajetória no núcleo de inflação no Brasil que em outros países emergentes.

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Por ora, os núcleos de preços, que tiram variações atípicas ou alguns itens mais voláteis, continuam “confortáveis”, rodando na linha de 2,5% a 2,6% em 12 meses. É o comportamento desses indicadores que será observado cada vez mais de perto. Assim como se a inflação corrente terá algum impacto sobre as expectativas com relação a 2020 e 2021. O Focus nos mostra IPCA de 3,6% no próximo ano e de 3,75% em 2021.

Além dos alimentos, temos outros vetores que inspiram essa postura mais cautelosa do BC. Entre eles, o dólar, que se mantém firme ao redor dos R$ 4,20, e a própria retomada da atividade, que está se firmando. Hoje mesmo, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) registrou que a utilização da capacidade instalada na indústria é a maior desde novembro de 2014.

Em termos gerais, quanto mais aquecida a atividade, maior a capacidade que as empresas têm em repassar aumento de custos, como o dólar, para os preços.

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