O mistério do Boeing 737 Max 8
Poucas coisas são tão prejudiciais a um fabricante de aviões do que a queda de um dos seus exemplares. Se for um modelo relativamente novo, é uma tragédia sem tamanho
					Quem leu minha crônica “O Boeing derrubou a Boeing, que derrubou o Dow, que derrubou o Ibovespa”, publicada nesta coluna em 31 de outubro de 2018, sabe as consequências, no mercado de ações, para os papéis de uma indústria aeronáutica quando um dos modelos de sua fabricação sofre um acidente grave.
Principalmente quando se trata de um tipo de aeronave recém-lançado.
Pois bem, naquela ocasião um Boeing 737 Max 8 (voo 610 da Lion Air) mergulhou no mar de Java 12 minutos após decolar do Aeroporto Internacional Soekarno-Hatta, em Jacarta, Indonésia, com destino à cidade de Pangkal Pinang. Todos os 189 ocupantes do jato tiveram morte instantânea.
As ações da Boeing em Nova York caíram 7% no primeiro pregão após a tragédia.
Mas a queda não teve prosseguimento. Afinal de contas, a Boeing Company já lançara os 737-200, 300, 500, 700, 800 e 900, com enorme sucesso em cada uma das séries.
Agora o desastre se repetiu, como se fosse um macabro replay, desta vez envolvendo um Max 8 da Ethiopian Airlines, que despencou em direção ao solo apenas seis minutos após partir do aeroporto internacional da capital etíope, Adis Abeba, com destino a Nairobi, no Quênia.
Leia Também
Laika vai para o espaço: a verdadeira história da ‘astronauta caramelo’
Tal como acontecera na Indonésia, nenhum dos 157 tripulantes e passageiros sobreviveu.
Prejuízo
Poucas coisas são tão prejudiciais a um fabricante de aviões do que a queda de um dos seus exemplares. Se for um modelo relativamente novo (o primeiro voo do 737 Max, ainda em fase de testes, ocorreu em 29 de janeiro de 2016), é uma tragédia sem tamanho.
Agora, raciocinemos juntos, caro leitor: duas aeronaves idênticas caindo do mesmo modo num intervalo de cinco meses é uma verdadeira desgraça para quem as construiu. Pode (e deve) significar que o projeto tem algum erro de planejamento e concepção. Talvez uma simples resistência elétrica, quem sabe uma falha estrutural gravíssima.
Acredito que a Boeing Company, seja por iniciativa própria, seja por determinação da FAA (sigla em inglês para Administração Federal de Aviação), vai recolher todas os 737 Max 8 até que os investigadores descubram o que aconteceu nos dois voos e possam corrigir o que está errado. Isso pode levar muito tempo.
Existem mais de 350 Boeings exatamente iguais aos dois que caíram voando em diversas companhias aéreas espalhadas pelo mundo. Os pedidos em fila de espera somam 5.111.
Há algumas semanas, a Airbus anunciou que irá parar de fabricar, em 2021, o A-380, maior aeronave de passageiros existente no mercado. Motivos da decisão: a Emirates cancelou um pedido de 39 unidades; o Super Jumbo está vendendo um terço do que os franceses calculavam colocar no mercado.
Essa deliberação da Airbus impulsionou as ações de sua única concorrente, a Boeing Company, que inclusive está entre as 30 integrantes do índice Industrial Dow Jones da New York Stock Exchange, impulso esse que agora cairá (literalmente) por terra após o acidente na Etiópia.
Será um tombo dos grandes. E deverá ocorrer logo na abertura dos trabalhos de hoje da NYSE.
Por mais que sejam exaustivamente testados, modelos novos de aeronaves são sempre uma incógnita.
Para aqueles que se interessam pelo assunto, recomendo a leitura de Loud & Clear, de Robert J. Sterling, publicado em 1969 pela editora Doubleday & Company. Entre outras histórias intrigantes sobre a aviação comercial, Sterling narra o enigma do Electra.
Electra 2
Para pessoas como eu, que voaram por décadas em aviões da ponte aérea Rio/São Paulo, o quadrimotor turboélice Electra 2 sempre foi sinônimo de conforto e segurança.
Durante 17 anos, entre março de 1975 e dezembro de 1991, o Electra 2 fez milhares de voos entre as duas capitais, sem que ocorresse sequer um acidente.
O que pouca gente sabe é que o Electra em seu início (Electra 1) foi um avião amaldiçoado.
Dois Electra 1 da empresa norte-americana Braniff, ao entrarem em zonas de turbulência, sofreram pane estrutural irrecuperável. Um deles perdeu uma das asas e o outro simplesmente se desintegrou. Todos os passageiros e tripulantes morreram.
O conselho da FAA estava reunido, para decidir se mandavam recolher todos os Electras (havia centenas deles espalhados pelo mundo), quando chegou a notícia de que o voo 508 da LANSA, voando entre duas cidades peruanas, se desmanchou no ar, matando 91 de seus 92 ocupantes.
Juliane Koepcke, a adolescente que sobreviveu, deve ser imortal. Após a queda, coberta de feridas, safou-se sozinha, caminhando pela selva até encontrar a civilização.
Todas as aeronaves Electra foram proibidas de sair do chão até que se descobrisse a causa dos acidentes. Um piloto de provas da Lockheed, usando paraquedas e pilotando num cockpit equipado de assento e teto ejetores, decolou inúmeras vezes e saiu voando pelos céus americanos em busca de tempestades.
Achou uma extremamente severa, na qual uma das asas se separou da fuselagem.
O Electra 2, que tanto voou entre São Paulo e o Rio, é o resultado dos reforços que fizeram nas junções das asas com a fuselagem. Deu certo. Durante aqueles 17 anos não houve nenhum incidente grave.
Enquanto a Boeing não descobrir o que aconteceu na Indonésia e na Etiópia, a empresa estará sob ameaça de sofrer sérias perdas financeiras.
Talvez isso influencie hoje o comportamento das ações da Embraer, já que a Boeing Company possui 80% da divisão de jatos comerciais da fabricante brasileira. Mas não vejo nenhum razão para maiores temores. Pelo menos não na Bolsa brasileira.
O mesmo não posso dizer da matriz norte-americana.
Sorteios das Loterias Caixa têm novo horário a partir de hoje (3); veja como ficam os sorteios da Mega-Sena e outros jogos
Mudança em horário de sorteio das loterias começa a valer nesta segunda-feira (3); prazos para apostas também foram atualizados
Maré baixa para fundos de infraestrutura isentos de IR, dados de PMI, e o que mais o investidor precisa saber hoje
Rentabilidade das debêntures incentivadas, isentas de IR, caiu levemente mês passado, mas gestores se preocupam com ondas de resgates antecipados; investidores também estão de olho em dados econômicos internacionais e na fala de dirigente do Fed
Decisão do Copom, balanço da Petrobras (PETR4) e mudança de horário das bolsas — confira a agenda econômica da semana
A temporada de resultados pega fogo aqui e lá fora, enquanto a política monetária também dá o tom dos mercados no exterior, com decisão na Inglaterra, discursos do BCE e ata do BoJ
Horário de verão na bolsa? B3 vai funcionar por uma hora a mais a partir desta segunda-feira (3); entenda a mudança
A Bolsa de Valores brasileira ajusta o pregão para manter sincronia com os mercados de Nova York, Londres e Frankfurt. Veja o novo horário completo
Mega-Sena começa novembro encalhada e prêmio acumulado já passa dos R$ 40 milhões
Se a Lotofácil e a Quina entraram em novembro com o pé direito, o mesmo não pode ser dito sobre a Mega-Sena, que acumulou pelo terceiro sorteio seguido
Quina desencanta e faz 19 milionários de uma vez só, mas um deles vai ficar bem mais rico que os outros
Depois de acumular por 14 sorteios seguidos, a Quina pagou o maior prêmio das loterias sorteadas pela Caixa na noite de sábado, 1º de novembro
Lotofácil entra em novembro com o pé direito a faz um novo milionário no Nordeste
Ganhador ou ganhadora Lotofácil 3528 poderá sacar o prêmio a partir de amanhã, quando vai mudar o horário dos sorteios das loterias da Caixa
De hacker a bilionário: o único não herdeiro na lista de ricaços brasileiro antes dos 30 da Forbes construiu seu patrimônio do zero
Aos 28 anos, Pedro Franceschi é o único bilionário brasileiro abaixo dos 30 que construiu sua fortuna do zero — e transformou linhas de código em um império avaliado em bilhões
Caixa abre apostas para a Mega da Virada 2025 — e não estranhe se o prêmio chegar a R$ 1 bilhão
Premiação histórica da Mega da Virada 2025 é estimada inicialmente em R$ 850 milhões, mas pode se aproximar de R$ 1 bilhão com mudanças nas regras e aumento na arrecadação
Quina acumula de novo e promete pagar mais que a Mega-Sena hoje — e a Timemania também
Além da Lotofácil e da Quina, a Caixa sorteou na noite de sexta-feira a Lotomania, a Dupla Sena e a Super Sete
Lotofácil fecha outubro com novos milionários em São Paulo e na Bahia
Cada um dos ganhadores da Lotofácil 3527 vai embolsar mais de R$ 2 milhões. Ambos recorreram a apostas simples, ao custo de R$ 3,50. Próximo sorteio ocorre hoje.
Na máxima histórica, Ibovespa é um dos melhores investimentos de outubro, logo atrás do ouro; veja o ranking completo
Principal índice da bolsa fechou em alta de 2,26% no mês, aos 149.540 pontos, mas metal precioso ainda teve ganho forte, mesmo com realização de ganhos mais para o fim do mês
Como é e quanto custa a diária na suíte do hotel de luxo a partir do qual foi executado o “roubo do século”
Usado por chefes de Estado e diplomatas, o Royal Tulip Brasília Alvorada entrou involuntariamente no radar da Operação Magna Fraus, que investiga um ataque hacker de R$ 813 milhões
Galípolo sob pressão: hora de baixar o tom ou manter a Selic nas alturas? Veja o que esperar da próxima reunião do Banco Central
Durante o podcast Touros e Ursos, Luciano Sobral, economista-chefe da Neo Investimentos, avalia quais caminhos o presidente do Banco Central deve tomar em meio à pressão do presidente Lula sobre os juros
A agonia acabou! Vai ter folga prolongada; veja os feriados de novembro
Os feriados de novembro prometem aliviar a rotina: serão três datas no calendário, mas apenas uma com chance de folga prolongada
Uma suíte de luxo perto do Palácio da Alvorada, fuga para o exterior e prisão inesperada: o que a investigação do ‘roubo do século’ revelou até agora
Quase quatro meses após o ataque hacker que raspou R$ 813 milhões de bancos e fintechs, a Polícia Federal cumpriu 42 mandados de busca e apreensão e 26 de prisão
Essa combinação de dados garante um corte da Selic em dezembro e uma taxa de 11,25% em 2026, diz David Beker, do BofA
A combinação entre desaceleração da atividade e arrefecimento da inflação cria o ambiente necessário para o início do ciclo de afrouxamento monetário ainda este ano.
O último “boa noite” de William Bonner: relembre os momentos marcantes do apresentador no Jornal Nacional
Após 29 anos na bancada, William Bonner se despede do telejornal mais tradicional do país; César Tralli assume a partir de segunda-feira (3)
O que falta para a CNH sem autoescola se tornar realidade — e quanto você pode economizar com isso
A proposta da CNH sem autoescola tem o potencial de reduzir em até 80% o custo para tirar a habilitação no Brasil e está próxima de se tornar realidade
Doces ou travessuras? O impacto do Halloween no caixa das PMEs
De origem estrangeira, a data avança cada vez mais pelo Brasil, com faturamento bilionário para comerciantes e prestadores de serviços